Manuel Jacinto S. Maurício, ex-furriel
de Engenharia, mora na Ericeira
.
O Manuel Maurício, com as suas 65
primaveras, comemoradas no dia 29 de Janeiro de 2013.
Presentemente o Maurício encontra-se na situação de reformado, tendo
exercido a profissão de professor do Ensino Básico.
É pai de um filho e avô de um neto.
Um grande amplexo do Maurício para
todos os Dulombianos.
Ericeira
Ericeira
é uma vila turística situada a 35
km a noroeste do centro de Lisboa, a 18 km de Sintra e a 8 km de Mafra. É uma freguesia
portuguesa do concelho de Mafra.
O Maurício chegou a Dulombi no dia 17 de Junho de 1970 com a missão de
construir o aquartelamento de Dulombi, projectado com duas casernas, um
edifício de comando, um depósito de géneros, um refeitório, uma messe, uma
central eléctrica, quatro postos de sentinela mais conhecidos por torreões,
assim como o saneamento básico incluindo fossa séptica com três compartimentos.
Quando chegou a Dulombi já lá se encontrava o soldado Franco
pertencente ao Batalhão de Engenharia, o qual já tinha dado início às
construções, visto que uma cópia do projecto do aquartelamento já se encontrava
na Companhia.
O soldado Franco era um militar oriundo do Algarve e estava a cumprir a
2.ª Comissão devido a problemas disciplinares por ter tido um grave acidente com
uma viatura do exército. Tendo sido condenado a prisão militar, esta foi
substituída por uma segunda Comissão. Na altura deveria ter cerca de 27 anos e
era pedreiro, como profissão militar. O Franco, aparece em fotos nos seguintes
posts: 242, 285, 404 e 405.
Chegado a Dulombi, o Maurício deu início efectivo a todo o projecto,
recrutando pessoal nativo. Este pelotão de pessoal nativo era constituído por
cerca de 20 a
40 indivíduos, dependendo das necessidades temporais. Havia duas classes de
contratados: os serventes e os pedreiros.
O pessoal nativo contratado para as obras.
Nesta foto podem ver-se 22 elementos trabalhadores nativos,
uns pedreiros e outros serventes. Ainda se visualizam 2 elementos brancos, talvez o Franco e o Domingos Pires.
Os serventes tinham como missão retirar areia e cascalho das
proximidades de Dulombi, fazer os blocos para a construção de edifícios e
ajudar os pedreiros nas suas tarefas. Era um trabalho árduo e mal pago.
Ganhavam cerca de 30 pesos por dia.
Os pedreiros eram os operários melhor remunerados. Tinham como missão
construir os edifícios erguendo as paredes, fazer o chão, executar a rebocagem
com massa das casernas e outros edifícios, entre outras funções especializadas.
Ganhavam entre 40 a
60 pesos por dia, conforme a sua experiência.
Os valores mensais pagos aos nativos eram definidos pelo Maurício.
Foto de 09-11-1970: os serventes, recolhendo areia para um
Unimog
Os pedreiros,
rebocando as paredes de uma caserna, com a supervisão do Maurício. Em 1.º plano encontra-se o Vítor Rodrigues.
De salientar
que o Maurício dependia directa e hierarquicamente do Batalhão de Engenharia
447, através do alferes da Zona.
O batalhão de
Engenharia foi criado em 1 de Julho de 1964, como unidade da guarnição normal
da Guiné, tendo integrado todos os elementos de engenharia existentes na Guiné,
nomeadamente a Companhia de Engenharia 447, mobilizada no Regimento de
Engenharia 1 (Pontinha – Lisboa), que era constituída por, além do Comando, 1
Pelotão de Equipamento Mecânico, 2 Pelotões de Sapadores e 1 Pelotão de
Pontoneiros, sendo este pelotão que garantia a ligação fluvial por barco em
diversos pontos. Destacou elementos para colaborar na execução e/ou reparação
das estruturas de aquartelamentos (edifícios, electrificação, depósitos de
água), construção de estradas e formação de pessoal local nas especialidades de
pedreiro, carpinteiro, canalizador, electricista e operador de máquinas de
terraplanagem. Foi extinto em 14 de Outubro de 1974 com a entrega das
instalações e equipamento.
O Manuel
Maurício tinha como funções:
- Requisitar
pessoal.
- Estipular
vencimentos, que eram pagos através da secretaria de Dulombi.
- Coordenar
todo o trabalho inerente às obras.
- Requisitar
materiais e ferramentas.
O furriel
Maurício era coadjuvado pelo 1.º cabo Domingos Manuel Pires, que além desta
função, exercia as funções de carpinteiro.
O Manuel
Maurício desembarcou em Bissau no dia 14 de Junho de 1970, seguindo para
Dulombi passados três dias. Permaneceu em Dulombi até finais de Outubro de
1971, regressando à base do Batalhão de Engenharia, aquartelado em Bissau.
Regressou à
Metrópole no dia 12 de Julho de 1972
Furriel Maurício
Ao fundo, a
construção do edifício dos Comandos
Os pedreiros já
levantaram as paredes e os carpinteiros trabalham na construção do telhado.
(Foto de 10-12-1970)
A bordo do Carvalho
Araújo
Em pé, de óculos
escuros, é o José da Silva Fernandes, furriel de engenharia de Galomaro.
Uma caserna em
construção
Construção do
edifício da Messe
Legenda da foto: “Estou agarrado ao aguadeiro da obra,
vendo-se um condutor e vêem-se também blocos da obra e um aspecto da tabanca ao
fundo”.
Nota do autor: o
condutor é o Calado.
Legenda
da foto: “
Aspecto do trabalho do pessoal
de engenharia”.
Sobre um abrigo vendo-se ao fundo a construção de uma caserna
Acidente
no trabalho: A equipa de enfermagem, constituída pelos enfermeiros Santos e Cunha, entram em acção. O
condutor Rodrigues assiste ao tratamento.
Furriel
Maurício, soldado Franco e uma bajuda de Dulombi
Descascando
batatas…
Coz. Machado, "Bolinhas", coz. Torre, coz. Euclides, desconhecido, fur. Maurício, Terraço e Miguel Teixeira
Na
“pega de cernelha” do bezerro
Forcados:
Cozinheiros Torre e Euclides e furriel Maurício.
Rabejador:
Padeiro José Ribeiro (falecido)
“Colocando na caixa do correio as tão desejadas notícias”
Furriéis Maurício e
Leandro
Aspecto do café
Borges
Furrieis Maurício e Barbosa em ameno passeio de jeep.
Dia do aniversário do
Furriel Maurício…
Cantas bem mas não me embalas, diz o cond. Luís Maria ao fur. Maurício. Ao lado, Vieira e "Fafe", assistem.
NOTA - O
Manuel Maurício Também pode ser visualizado nos seguintes Posts: 156, 166, 241,
250, 256, 271, 277, 284, 288, 293, 340, 341, 393, 395, 396, 426, 444 e 473.