.
Após um quarteirão de dias de aventura, os nossos heróis chegaram a casa sãos e salvos terminando da melhor forma a "Missão Dulombi".
É caso para dizer: "Obrigado Opel Astra".
Desta meritória expedição teremos, certamente, um exaustivo relato aquando do nosso próximo encontro a realizar, em finais de Abril 2011, em Alferrarede.
O Gil e o Ricardo estão duplamente de parabéns. Por um lado, por terem conseguido concretizar o seu sonho de tornarem mais felizes as crianças de Dulombi; por outro lado, o terem conseguido aquilo que qualquer um de nós pensaria inimaginável: conseguirem levar uma carrinha, de uso citadino, desde Vila do Conde a Galomaro (e Dulombi ali tão perto...).
Depois disto tudo, quem acusará esta malta de "geração rasca"? Os nossos governantes é que os colocam "à rasca".
Gil (como deve estar orgulhoso e feliz o Pai Ramos) e Ricardo, permitam que a 2700 tenha orgulho em Vós.
sábado, 30 de outubro de 2010
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
P197: ADAM - MÃE DO MUSSA
No Post 195, dedicado ao Mussa, referi que o mesmo era filho do Chefe de Tabanca e da Adam, moça que se distinguia, no escasso universo feminino dulombiano, por ter alguma beleza (seria esta a razão por ter ser sido escolhida para sua esposa pelo Chefe de Tabanca? É que a diferença etária era considerável). A Adam era, também, a lavadeira de alguns dos nossso militares, nos quais me incluo. Depois de ver a sua foto (mais uma vez enviada pelo incansável Lemos ao qual agradeço) fiquei com pena de não ter pedido ao Gil da "Missão Dulombi" que tentasse saber algo dela, o que seria fácil já que esteve com o seu filho Mussa.
Como a expedição do Gil e Ricardo está a gerar dentro da família 2700 um rememoriar de sensações, estou convicto que, em breve, algum de nós rumará até aquelas terras, pelo que desde já ficarão incumbidos de proceder à missão "Á procura de Adam - Uma Aventura na Bolanha".
quinta-feira, 21 de outubro de 2010
P196: "MISSÃO DULOMBI" E AGORA COMO VAI SER?
Tenho estado a seguir com alguma atenção e curiosidade distantes o desenrolar desta viagem. Esperava nada…absolutamente nada. Estava só a ver.
Até que chegaram fotografias de Dulombi. Todo o meu ser abanou. Aquela do troço da picada entre Galomaro e Dulombi inquietou a minha alma.
As dos monumentos aos mortos arrepiaram todo o meu ser. Então a que tem a bandeira aos ombros com a sugestão de que representa o nosso suor e o nosso sangue transportou-me para lá.
Lembrei-me que não respeitávamos muito a pátria mesmo que consubstanciada na bandeira. Ela (pátria) não era respeitadora e portanto nunca se conseguiu fazer respeitar.
Mas, mesmo assim, as lágrimas espreitaram, e soube-me bem deixá-las correr pela cara abaixo, primeiro devagar e silenciosamente e depois convulsivamente num choro descontrolado.
Durante algum tempo dei largas à descarga de tensões durante tantos anos reprimidas: às das memórias do sofrimento, das da dor, da raiva, da impotência, do ódio, do medo, da cobardia. È verdade, só lutei porque não tive coragem para o não fazer, para permanecer e dizer não.
Quando regressei no fim da minha comissão fiz a mim mesmo a promessa solene de nunca mais lá voltar.
Penso que chegou a hora de a quebrar.
Devo ir lá tentar enterrar os fantasmas dessas memórias que tanto me têm atormentado não permitindo que o meu espírito tenha quietude, tenha paz.
António Barros,
Ex-alferes miliciano da CCAÇ 2700
Até que chegaram fotografias de Dulombi. Todo o meu ser abanou. Aquela do troço da picada entre Galomaro e Dulombi inquietou a minha alma.
As dos monumentos aos mortos arrepiaram todo o meu ser. Então a que tem a bandeira aos ombros com a sugestão de que representa o nosso suor e o nosso sangue transportou-me para lá.
Lembrei-me que não respeitávamos muito a pátria mesmo que consubstanciada na bandeira. Ela (pátria) não era respeitadora e portanto nunca se conseguiu fazer respeitar.
Mas, mesmo assim, as lágrimas espreitaram, e soube-me bem deixá-las correr pela cara abaixo, primeiro devagar e silenciosamente e depois convulsivamente num choro descontrolado.
Durante algum tempo dei largas à descarga de tensões durante tantos anos reprimidas: às das memórias do sofrimento, das da dor, da raiva, da impotência, do ódio, do medo, da cobardia. È verdade, só lutei porque não tive coragem para o não fazer, para permanecer e dizer não.
Quando regressei no fim da minha comissão fiz a mim mesmo a promessa solene de nunca mais lá voltar.
Penso que chegou a hora de a quebrar.
Devo ir lá tentar enterrar os fantasmas dessas memórias que tanto me têm atormentado não permitindo que o meu espírito tenha quietude, tenha paz.
António Barros,
Ex-alferes miliciano da CCAÇ 2700
terça-feira, 19 de outubro de 2010
P195: LEMBRAM-SE DO MUSSA?
O Mussa era um puto com 2/3 anos, filho do Chefe de Tabanca e da Adam (será a grafia correcta?) ternurento a quem em determinada altura coloquei água oxigenada no cabelo do que resultou a criança mais linda que havia em Dulombi (pena as fotos serem a preto e branco). Quando
soube que o Gil ia a Dulombi nesta expedição tão meritória, contactei-o
de forma a indagar se o Mussa ainda estaria por lá. A missão foi bem
sucedida pois embora o Mussa neste momento se encontre a viver em
Galomaro, o mesmo incorporou-se na ida a Dulombi e para memória ficam as
fotos tiradas neste local. Não sei que recordações, o Mussa, retem da
minha pessoa, mas dizer ao Gil que "não hei-de morrer sem ver o alferes
Barata" emociona.
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
P194: IMAGENS DE UM SONHO REALIZADO
Para ver as imagens devem clicar em: "Veja todas as imagens"
Algumas imagens que retratam a aventura do Gil e do Ricardo rumo a Dulombi. Poderemos ver o troço Galomaro/Dulombi; o Zé Luís (nativo mecânico da nossa Companhia); o Chefe da Tabanca, Culumbali que quando lá estivemos teria já 30 e muitos, 40 anos. Agora, juntem-lhe mais 38 anos e adivinhem a idade que este ancião terá; o forno da padaria que, de todos os equipamentos que nós por lá deixámos, será o único com utilização actual; o mastro da bandeira por lá continua e até um dos postes de uma das balizas do campo de futebol (a baliza completa é do campo de futebol de Galomaro). Em suma, imagens que emocionam. Os meus agradecimentos ao Gil Ramos pela autorização da divulgação das mesmas e por nos ter proporcionado a visualização de locais e memórias que tanto nos dizem. Em: http://www.facebook.com/missaodulombi poderão ver a cobertura total da viagem
Algumas imagens que retratam a aventura do Gil e do Ricardo rumo a Dulombi. Poderemos ver o troço Galomaro/Dulombi; o Zé Luís (nativo mecânico da nossa Companhia); o Chefe da Tabanca, Culumbali que quando lá estivemos teria já 30 e muitos, 40 anos. Agora, juntem-lhe mais 38 anos e adivinhem a idade que este ancião terá; o forno da padaria que, de todos os equipamentos que nós por lá deixámos, será o único com utilização actual; o mastro da bandeira por lá continua e até um dos postes de uma das balizas do campo de futebol (a baliza completa é do campo de futebol de Galomaro). Em suma, imagens que emocionam. Os meus agradecimentos ao Gil Ramos pela autorização da divulgação das mesmas e por nos ter proporcionado a visualização de locais e memórias que tanto nos dizem. Em: http://www.facebook.com/missaodulombi poderão ver a cobertura total da viagem
sábado, 16 de outubro de 2010
P193: SONHO REALIZADO
Fotomontagem antevendo a chegada da "Chaimite" a Dulombi.
Depois da tentativa de chegarem a Dulombi na própria viatura, a qual só não se consumou por ter chovido copiosamente, transformando o troço Galomaro/Dulombi intransitável para o tipo de viatura em que se transportavam, o Gil e o Ricardo após terem pernoitado em Galomaro, local onde se sentiram uns verdadeiros príncipes tal a forma como foram tratados pelo régulo, regressaram a Bissau.
Hoje, logo pela manhã, partiram de Bissau, num jeep alugado e ainda não era meio-dia já se encontravam a cumprir o sonho a que se tinham proposto: distribuição de artigos de primeira necessidade à população jovem de Dulombi.
Agora é o regresso que vaticinamos seguro depois desta epopeia a todos os títulos louvável.
Depois da tentativa de chegarem a Dulombi na própria viatura, a qual só não se consumou por ter chovido copiosamente, transformando o troço Galomaro/Dulombi intransitável para o tipo de viatura em que se transportavam, o Gil e o Ricardo após terem pernoitado em Galomaro, local onde se sentiram uns verdadeiros príncipes tal a forma como foram tratados pelo régulo, regressaram a Bissau.
Hoje, logo pela manhã, partiram de Bissau, num jeep alugado e ainda não era meio-dia já se encontravam a cumprir o sonho a que se tinham proposto: distribuição de artigos de primeira necessidade à população jovem de Dulombi.
Agora é o regresso que vaticinamos seguro depois desta epopeia a todos os títulos louvável.
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
P192: MISSÃO DULOMBI - HISTÓRIA LINDA
Quem tem acompanhado a Missão Dulombi, quer através do próprio Blog, quer através da ligação no Facebook terá conhecimento que o Gil e o Ricardo já atingiram a sua primeira meta, isto é, a cidade Bissau. Estou convicto que nunca ninguém terá feito Vila do Conde - Bissau, em viatura auto, em 7 dias, pelo que o seu feito constituirá um record embora não seja esse o motivo que os mova.
Mas a razão deste Post é relatar-vos algo de emocionante. Ao abandonarem território senegalês e quando entram em território guineense o funcionário da Alfândega que os atende, de papeis na mão, fica algum tempo mirando o autocolante que vinha colado na porta da viatura - MissãoDulombi. A palavra Dulombi tocou-lhe. Como o Mundo é pequeno: este funcionário é natural de Dulombi e teria 9 anos quando a 2700 lá estava sedeada. Escusado será dizer que os nossos Heróis ficaram bastante tempo "retidos" na fronteira, mas o motivo, que em situações normais seria penalizante - entenda-se razões burocráticas - pelo contrário, foram minutos de prazer, em que o Gil pode transmitir as razões da missão a que se propõem, ao mesmo tempo que foi transmitindo por onde andam agora aqueles que provavelmente terão tido contactos com aquele miúdo de 9 anos, nascido numa terra de tanta magia para cada um de nós. Incluo fotos onde podemos ver alguns miúdos que deambulavam por Dulombi nos tempos em que nós lá prestámos serviço. Será o funcionário da Alfândega algum deles?
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
P191: MISSÃO DULOMBI
domingo, 3 de outubro de 2010
P190: MISSÃO DULOMBI
Obrigatório acompanhar: http://missaodulombi.blogspot.com
http://www.facebook.com/missaodulombi
Sinto que é, também, um pouco de cada um de nós que o Gil (filho do Ramos), qual Gil Eanes do Século XXI, ao longo destes dias, vai transportar até chegar a Dulombi, acompanhado pelo seu primo.
Não tenho palavras para a generosidade desta malta. Boa viagem rapazes.
http://www.facebook.com/missaodulombi
Sinto que é, também, um pouco de cada um de nós que o Gil (filho do Ramos), qual Gil Eanes do Século XXI, ao longo destes dias, vai transportar até chegar a Dulombi, acompanhado pelo seu primo.
Não tenho palavras para a generosidade desta malta. Boa viagem rapazes.
sábado, 2 de outubro de 2010
P189: OS NOSSOS OUTUBROS
07-Out-70 / Op. "ALFAMA FADISTA"
13-Out-70 / Op. "BRAVOS GALEÕES"
18-Out-70 / Op. "HORTENSE MARAVILHOSA"
27-Out-70 / Op. "INDIO NATIVO"
01-Out-71 / Num patrulhamento ao serviço da CCS morrem nas Duas Fontes, Rogério Soares e José Monteiro
03-Out-71 / Op. "GRANDE LIÇÃO"
05-Out-71 / Accionada mina A/C no itinerário Dulombi/Galomaro. Causou um morto (Luís Fernandes) e 3 feridos
14-Out-71 / Flagelação
20-Out-71 / Mina A/C. 7 feridos
20-Out-71 / Op. "ARMAS FATAIS"
28-Out-71 / Op. "METAL RADIANTE"
sexta-feira, 1 de outubro de 2010
P188: O ÚLTIMO DERBY
------------------------------------------------ OS GALÁCTICOS DA BOLANHA ---------------------
Dos Piras, reconheço o Comandante, Capitão Pires, entre o Rico e Soares e em primeiro plano o Alferes Dias (qual dono da bola) entre o Alves e o Coronel Carlos Gomes.
Dentre os passatempos por nós utilizados para enganar os tempos mortos que passámos durante a permanência em Dulombi, o futebol terá sido o preferido pela maioria dos elementos que constituiam a nossa Companhia. Para além das futeboladas que pontualmente havia, tipo solteiros contra casados, recordo que quase com uma componente oficial e regulamentar (com árbitro e tudo) se realizavam torneios entre pelotões sendo os elementos das especialidades absorvidos por cada um dos pelotões (recordo-me a este tempo de distância que o Costa de Transmissões equipava pelo meu pelotão porque no desfile de apresentação, em Brá, nele foi inserido). Estes torneios eram disputados de forma renhida e com incerteza até à última jornada sobre o seu vencedor.
Para a história ficam imagens, disponibilizadas pelo Ricardo Lemos, da última peleja realizada em território dulombiano entre alguns graduados dos velhinhos da 2700 contra os piras da 3491.
Reparem no gesto técnico, em elevação, do Ricardo Lemos pedindo meças a qualquer Bruno Alves. De realçar, também a forma decidida como o Meirim bloqueia a bola, sob o olhar atento do Soares.
Dos Piras, reconheço o Comandante, Capitão Pires, entre o Rico e Soares e em primeiro plano o Alferes Dias (qual dono da bola) entre o Alves e o Coronel Carlos Gomes.
Dentre os passatempos por nós utilizados para enganar os tempos mortos que passámos durante a permanência em Dulombi, o futebol terá sido o preferido pela maioria dos elementos que constituiam a nossa Companhia. Para além das futeboladas que pontualmente havia, tipo solteiros contra casados, recordo que quase com uma componente oficial e regulamentar (com árbitro e tudo) se realizavam torneios entre pelotões sendo os elementos das especialidades absorvidos por cada um dos pelotões (recordo-me a este tempo de distância que o Costa de Transmissões equipava pelo meu pelotão porque no desfile de apresentação, em Brá, nele foi inserido). Estes torneios eram disputados de forma renhida e com incerteza até à última jornada sobre o seu vencedor.
Para a história ficam imagens, disponibilizadas pelo Ricardo Lemos, da última peleja realizada em território dulombiano entre alguns graduados dos velhinhos da 2700 contra os piras da 3491.
Reparem no gesto técnico, em elevação, do Ricardo Lemos pedindo meças a qualquer Bruno Alves. De realçar, também a forma decidida como o Meirim bloqueia a bola, sob o olhar atento do Soares.
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