terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

P216: DULOMBI - BAFATÁ (4.ª PARTE) - RICARDO LEMOS

Depois de passarmos a ponte sobre o rio Colufe, surgem-nos os arredores de Bafatá e o rio Geba, como querendo abraçar a bonita cidade da Guiné-Bissau. Rio repleto de emoções, pois, em cada viagem que se programava, eu levava sempre a minha cana de pesca e uma rede para apanhar peixes, e os deleitantes lagostins, camarões e caranguejos que nele pululavam e davam existência aos saborosos petiscos e mariscadas vendidos nas esplanadas e cafés da avenida principal, acompanhados pela cerveja fresquinha.
A Região de Bafatá fica situada no Leste da Guiné-Bissau, fazendo fronteira com as Regiões de Gabú, Oio, Quinara e Tombali. Tem uma superfície de 5.981 km2 e uma população estimada de 205.000 habitantes.
Os sectores que compõem a Região de Bafatá são:
-Bafatá
-Bambadinca
-Contubuel
-Galomaro/Cossé
-Ganadu
-Xitole
Bafatá, actualmente, é a segunda maior cidade da Guiné-Bissau, ficando a 150 km de Bissau. É uma cidade surpreendentemente tranquila, caracterizada por uma predominância de edifícios coloniais, infelizmente num estado avançado de degradação.
O seu clima é tropical sudanês, quente e seco, composto de duas estações, a da seca que vai de Novembro a Abril e a da chuva de Maio a Outubro, registando-se neste período precipitações anuais na ordem dos 1.400 mililitros por metro quadrado.
Foto, ano de 1971: as tabancas de Bafatá.
Foto, ano 1971: as tabancas de Bafatá
Foto, ano de 1971: avenida principal. Ao fundo, o rio Geba.
Foto, ano 2006: Bafatá actual. Visualizem e comparem.
Foto, ano de 1971: Avenida e a Rotunda de Bafatá.
Rotunda de Bafatá, que se vê ao longe, na imagem anterior. Tem no seu centro um monumento ao Islamismo.
Na imagem: convívio entre a “Ferrugem”. Eu e o "Estraga"(ano 1971).
As movimentadas ruas da cidade de Bafatá, e o seu comércio e artesãos, em 1971. Nas casas comerciais, cujos proprietários eram maioritariamente Libaneses, havia a possibilidade de comprar de tudo, desde motas a electrodomésticos, assim como os mais vistosos tapetes orientais, estatuetas e os mais belos tecidos multicolores.
Nos vários restaurantes espalhados um pouco por toda a área urbanizada, e nomeadamente na Avenida Principal que afluía no Geba, podia-se saborear bons pratos de bacalhau, deliciosos pombos bravos, marisco e enormes bifes ao cortador. Os cafés e esplanadas abarrotavam de soldados.
Alguém se lembra desta rua? (Foto de 1971)
Pelo aspecto, as obras eram uma constante.
Foto actual (2009). Avançado estado de degradação das ruas e edifícios…..
Está na hora do almoço. Ora vamos lá….
Foto de 1971.
Pensão Transmontana em Bafatá, na Rua Capitão Sousa Lage. A caminho do “bife suculento com batatas fritas”….
Continua depois do almoço…… (no próximo Post).

Ricardo Lemos

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