domingo, 7 de julho de 2013

P468: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO CORONEL CARLOS GOMES


Carlos Alberto Maurício Gomes, ex-capitão e Comandante da nossa Companhia, tem residência em Lisboa e na Ericeira.
Coronel Carlos Gomes
Foto de 2008

Carlos Alberto M. Gomes nasceu no dia 30 de Abril de 1942.
No biénio 1966/1968 foi destacado para Moçambique, como Alferes e depois promovido a Tenente, tendo sido Comandante de Pelotão e Adjunto do Comandante da 7ª Companhia de Comandos e, mais tarde, Companhia de Caçadores de Quelimane – capital e a maior cidade da província da Zambézia, em Moçambique. Está localizada no rio dos Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico; por essa razão, a cidade conta com um porto, que é uma das suas principais actividades económicas, centro de uma importante indústria pesqueira.
No biénio 1970/72 integrou o Batalhão de Caçadores 2912, tendo sido o nosso Comandante de Companhia.
Em 1974 seguiu para Angola, onde permaneceu até ao dia 4 de Outubro de 1975, tendo ocupado o cargo de Oficial de Operações de Batalhão nas localidades de Vila Gago Coutinho (agora denominada Lumbala Nguimbo), Luso (agora denominada Luena ou Lwena) e Luanda, ainda com a patente de Capitão.
Regressou ao Continente no dia 5 de Outubro de 1975, pouco antes da Independência de Angola (10 de Novembro de 1975).
Foi promovido a Major em 1981.
Foi promovido a Tenente-Coronel em 1989.
Foi promovido a Coronel em 1997.
Quando completou 65 anos de idade, passou à reforma.

 Guiné, Dulombi, 1970
                                                              


                                              Carlos Gomes e a história do bigode

No dia 10 de Agosto de 1970, estava o nosso Capitão a fazer a barba debaixo da frondosa e gigantesca árvore situada na parte central da aldeia de Dulombi e junto ao seu abrigo. O espelho necessário para esta “operação” de higiene pessoal, estava pendurado no tronco da respectiva árvore, e os restantes objectos guardados em cima de um caixote de munições. Era assim a vida em Dulombi.
Quando só faltava, ao nosso capitão, desfazer o bigode, eis que se ouve um enorme rebentamento…e logo o Comandante Carlos Gomes procurou saber o que se passava. E, assim, o bigode, de alguns dias, ficou por fazer.
Seguiu-se a azáfama do acontecimento. Logo se soube que, em Jifim, a nossa coluna de reconhecimento tinha sido vítima de uma mina A/C, tendo falecido o 1.º Cabo Carrasqueira e mais quatro milícias. Conta o capitão que, foi uma grande preocupação arranjar os caixões necessários para a tragédia. Teve que seguir até Bafatá, de coluna ou de helicóptero – já não se lembra – e aí, depois de uma busca incessante, lá conseguiu encontrar os caixões necessários.
E assim se passaram três dias.
Quando voltou a fazer a barba, e como o bigode já estava a sobressair, deixou-o ficar…até hoje!

Durante a Comissão, o Capitão Carlos Gomes não coleccionou fotos do tempo de Dulombi. Em determinada altura, já em Portugal, contactou o nosso fotógrafo Estanqueiro para lhe facultar fotos suas, de Dulombi. Infelizmente, o Estanqueiro, destruiu os milhares de negativos que tinha da história fotográfica de Dulombi.
Um dos objectivos do tema “Relíquias Fotográficas” é, assim, a recuperação desse importante espólio ou acervo fotográfico.

Como tal, apresentamos três fotos do nosso Capitão, como lembrança dos tempos de Dulombi e já apresentadas anteriormente. Será como uma homenagem bem merecida ao agora Coronel Carlos Gomes.



  O último Derby

Morte da vaca…
                                              
O nosso Capitão numa coluna militar, na picada Dulombi – Galomaro.
Na condução, o Faria, e o Vitor mecânico em prevenção para eventual avaria mecânica

Fernando Fernandes, Fernando Silva, José Prata, Brilha, Capitão Carlos Gomes, Cruz, Vaz Pereira, André Correia e Alcino Sousa
 
 Moniz e Coronel Carlos Gomes no último convívio em Folgosinho (2013)

 NOTA - O Coronel Carlos Gomes também pode ser visualizado em fotos nos seguintes Posts: 188, 192, 249, 257, 262, 287, 288, 302, 312, 337, 384, 396, 400, 404, 420, 445, 448 e 464.

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