Carlos Alberto Maurício Gomes, ex-capitão
e Comandante da nossa Companhia, tem residência em Lisboa e na Ericeira.
Coronel
Carlos Gomes
Foto
de 2008
Carlos Alberto
M. Gomes nasceu no dia 30 de Abril de 1942.
No biénio 1966/1968 foi destacado para Moçambique,
como Alferes e depois promovido a Tenente, tendo sido Comandante de Pelotão e
Adjunto do Comandante da 7ª Companhia de Comandos e, mais tarde, Companhia de
Caçadores de Quelimane – capital e a maior cidade da província da Zambézia,
em Moçambique.
Está localizada no rio dos Bons Sinais, a cerca de 20 km do Oceano Índico;
por essa razão, a cidade conta com um porto, que é uma das suas principais
actividades económicas, centro de uma importante indústria pesqueira.
No biénio
1970/72 integrou o Batalhão de Caçadores 2912, tendo sido o nosso Comandante de
Companhia.
Em 1974 seguiu
para Angola, onde permaneceu até ao dia 4 de Outubro de 1975, tendo ocupado o
cargo de Oficial de Operações de Batalhão nas localidades de Vila Gago Coutinho
(agora denominada Lumbala Nguimbo), Luso (agora denominada Luena ou Lwena) e
Luanda, ainda com a patente de Capitão.
Regressou ao
Continente no dia 5 de Outubro de 1975, pouco antes da Independência de Angola
(10 de Novembro de 1975).
Foi promovido a
Major em 1981.
Foi promovido a
Tenente-Coronel em 1989.
Foi promovido a
Coronel em 1997.
Quando completou
65 anos de idade, passou à reforma.
Guiné,
Dulombi, 1970
Carlos Gomes e a história do
bigode
No dia 10 de
Agosto de 1970, estava o nosso Capitão a fazer a barba debaixo da frondosa e
gigantesca árvore situada na parte central da aldeia de Dulombi e junto ao seu
abrigo. O espelho necessário para esta “operação” de higiene pessoal, estava pendurado
no tronco da respectiva árvore, e os restantes objectos guardados em cima de um
caixote de munições. Era assim a vida em Dulombi.
Quando só
faltava, ao nosso capitão, desfazer o bigode, eis que se ouve um enorme
rebentamento…e logo o Comandante Carlos Gomes procurou saber o que se passava.
E, assim, o bigode, de alguns dias, ficou por fazer.
Seguiu-se a
azáfama do acontecimento. Logo se soube que, em Jifim, a nossa coluna de
reconhecimento tinha sido vítima de uma mina A/C, tendo falecido o 1.º Cabo
Carrasqueira e mais quatro milícias. Conta o capitão que, foi uma grande
preocupação arranjar os caixões necessários para a tragédia. Teve que seguir
até Bafatá, de coluna ou de helicóptero – já não se lembra – e aí, depois de
uma busca incessante, lá conseguiu encontrar os caixões necessários.
E assim se
passaram três dias.
Quando voltou
a fazer a barba, e como o bigode já estava a sobressair, deixou-o ficar…até
hoje!
Durante a
Comissão, o Capitão Carlos Gomes não coleccionou fotos do tempo de Dulombi. Em
determinada altura, já em Portugal, contactou o nosso fotógrafo Estanqueiro
para lhe facultar fotos suas, de Dulombi. Infelizmente, o Estanqueiro, destruiu
os milhares de negativos que tinha da história fotográfica de Dulombi.
Um dos
objectivos do tema “Relíquias Fotográficas” é, assim, a recuperação desse
importante espólio ou acervo fotográfico.
Como tal,
apresentamos três fotos do nosso Capitão, como lembrança dos tempos de
Dulombi e já apresentadas anteriormente. Será como uma homenagem bem merecida
ao agora Coronel Carlos Gomes.
O último Derby
Morte
da vaca…
O nosso Capitão
numa coluna militar, na picada Dulombi – Galomaro.
Na condução, o Faria,
e o Vitor mecânico em prevenção para eventual avaria mecânica
Fernando Fernandes,
Fernando Silva, José Prata, Brilha, Capitão Carlos Gomes, Cruz, Vaz Pereira,
André Correia e Alcino Sousa
Moniz e Coronel Carlos Gomes no último
convívio em Folgosinho (2013)
NOTA - O
Coronel Carlos Gomes também pode ser visualizado em fotos nos seguintes Posts: 188,
192, 249, 257, 262, 287, 288, 302, 312, 337, 384, 396, 400, 404, 420, 445, 448
e 464.
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