terça-feira, 18 de abril de 2017

P650: FALECIMENTO DO FERNANDO RAMOS

Já não tenho palavras. O cenário para as nossas bandas começa a ficar desolador. Acaba de falecer o Fernando Ramos. 
O funeral realiza-se amanhã (19) pelas 14H30, na Igreja de Areia (Vila do Conde).

George Orwell, dizia que todos somos iguais mas uns são mais iguais que outros. Permitam-me, pois, que eu, neste momento, tenha um carinho mais profundo pela perda deste Homem, que foi o promotor (não esqueço, paralelamente, o Marinho nesta missão) dos nossos encontros. Ainda há poucos dias quando ao telefone conversávamos me garantiu que dia 30 lá estaríamos. ESTAREMOS SIM, RAMOS, até porque parafraseando Santo Agostinho, tu nos sussurrarás:
A morte não é nada.
Apenas passei  ao outro mundo.
Ambos somos as mesmas pessoas.
O que fomos um para o outro ainda o somos.

Chama-me como sempre me chamaste
Fala-me como sempre me falaste.
Não mudes para um tom triste ou solene.
Continua rindo com aquilo que nos fazia rir.

Reza, sorri, pensa em mim, reza comigo.
Que o meu nome se pronuncie
como sempre se pronunciou.
Sem nenhuma ênfase, sem rosto pesado.

A vida continua significando o que significou:
continua sendo o que era.
O cordão de união não se quebrou.
Por que estaria eu fora dos vossos pensamentos,
apenas porque estou fora da vossa vista?

Não estou longe,
Somente estou do outro lado do caminho.
Logo verás, tudo está bem.
Redescobrirás o meu coração,
e nele encontrarás a ternura mais pura.  
Seca tuas lágrimas e se me amas,
não chores.

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