Aproveitando as férias e um passeio
pelo Norte do país, passámos por cidades e vilas lindíssimas e aproveitámos
para cumprimentar/visitar mais uma vez o camarada Domingos Pires da “nossa”
Companhia.
O Domingos Pires embarcou no Carvalho Araújo no dia 25 de Novembro de
1970 e chegou à Guiné (Bissau) a 4 de Dezembro. Depois seguiu rumo a Dulombi,
ainda antes do Natal de 1970, tendo rendido o Franco.
O Pires abandonou Dulombi em Novembro de 1971 e integrou-se novamente
no Batalhão de Engenharia 447
a que pertencia, com sede em Bissau, onde ficou a
completar a comissão, tendo regressado à Metrópole no dia 4 de Janeiro de 1973.
Manhã cedo rumámos a Sendim, vila
portuguesa do Concelho de Miranda do Douro. Devido à reorganização
administrativa de 2012/2013, agora é denominada União das freguesias de Sendim
e Atenor. Aqui se fala o mirandês. A freguesia está inserida na zona do Parque Natural
do Douro Internacional, uma zona rica em fauna e flora. A 6 km passa o Rio
Douro, onde se proporcionam vistas magníficas. Pode-se encontrar junto ao rio
um cais fluvial. Nesta zona aproveitámos para fazer várias pescarias, sendo as
carpas a espécie mais abundante. A sorte não foi muita, mas tivemos a
informação que o peixe andava “arredio” e com pouca vontade de comer. Contudo,
ainda deu para “matar” o vício.
Instalámo-nos no Hotel Encontro, já
habitual nestes passeios, e aqui ficámos por uma semana. Ainda deu tempo para
uns passeios por Espanha, incluindo Zamora e atestar o depósito de gasóleo a
0,89 euros!
Sala de jantar do Hotel Encontro
Fomos
visitar o Domingos Pires no seu local de trabalho.
A entrada do armazém de materiais de construção dos
irmãos Pires
E
o diálogo iniciou-se com umas perguntas previamente estudadas:
Lemos:
Quais as melhores lembranças que tiveste da Companhia 2700?
Pires:
As melhores lembranças foram a convivência e a amizade entre os camaradas.
Lemos:
E de Dulombi, especificamente?
Pires:
Lembro-me perfeitamente quando fomos atacados pelas célebres “costureirinhas””. Estava eu e o
falecido Ramos em cima de um posto de sentinela a carregar a placa, posto este
localizado junto à caserna dos Comandos e logo nos “atirámos” para a vala ou
trincheira – que estava repleta de água – e, agachados, dirigimo-nos ao abrigo
para buscar as nossas G3. Mas não chegámos a disparar. O camarada “Russo” logo
mandou uma série de morteiradas “mortíferas” para o “inimigo” que, segundo sei,
tinha muito receio deste “Russo” e até ouvi dizer que tinha a cabeça a
“prémio”!
Lemos:
Tens ido regularmente aos nossos convívios anuais?
Pires:
Segundo me lembro, já participei em 8 convívios. Não fui este ano por estar
doente.
Lemos:
Então, como vai a saúde?
Pires:
Pois a “zona”, doença infecciosa causada pelo vírus da varicela e caracterizada por inflamação dolorosa da pele e erupções
vesiculares localizadas, atacou-me, não me permitindo sair de Sendim.
Felizmente, parece que já estou curado.
Lemos:
Continuas no activo?
Pires:
Claro, sou empresário e não posso abandonar o trabalho.
Lemos:
E quais os teus hobbies?
Pires:
Ao fim de semana tenho as minhas propriedades para tratar, como os campos, as vinhas, as oliveiras (tenho 500 pés),
etc.
Lemos:
Costumas consultar o nosso blogue?
Pires:
Apesar de estar numa secretária e com computador, é raro “visitar” o site,
muitas das vezes pelo muito trabalho que
tenho a atender os clientes.
Lemos:
Uma mensagem para a 2700.
Pires:
Para os camaradas da 2700 muita saúde e felicidades para todos.
Domingos Pires no
escritório
A foto da praxe.
A visita não foi demorada, até porque o Pires tinha que atender os seus
clientes. Continuámos a conversar no dia seguinte e ainda deu tempo para nos
fazer oferta de meia dúzia de deliciosas melancias da região.
Deixamos aqui os votos de uma boa saúde.
Até breve
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