segunda-feira, 4 de setembro de 2017

P664: ROTEIROS (VII)

           Cá estamos novamente com o tema “Roteiros”.
          Aproveitando as férias e um passeio pelo Norte do país, passámos por cidades e vilas lindíssimas e aproveitámos para cumprimentar/visitar mais uma vez o camarada Domingos Pires da “nossa” Companhia.

O Domingos Pires embarcou no Carvalho Araújo no dia 25 de Novembro de 1970 e chegou à Guiné (Bissau) a 4 de Dezembro. Depois seguiu rumo a Dulombi, ainda antes do Natal de 1970, tendo rendido o Franco.
O Pires abandonou Dulombi em Novembro de 1971 e integrou-se novamente no Batalhão de Engenharia 447 a que pertencia, com sede em Bissau, onde ficou a completar a comissão, tendo regressado à Metrópole no dia 4 de Janeiro de 1973.
           Manhã cedo rumámos a Sendim, vila portuguesa do Concelho de Miranda do Douro. Devido à reorganização administrativa de 2012/2013, agora é denominada União das freguesias de Sendim e Atenor. Aqui se fala o mirandês. A freguesia está inserida na zona do Parque Natural do Douro Internacional, uma zona rica em fauna e flora. A 6 km passa o Rio Douro, onde se proporcionam vistas magníficas. Pode-se encontrar junto ao rio um cais fluvial. Nesta zona aproveitámos para fazer várias pescarias, sendo as carpas a espécie mais abundante. A sorte não foi muita, mas tivemos a informação que o peixe andava “arredio” e com pouca vontade de comer. Contudo, ainda deu para “matar” o vício.
            Instalámo-nos no Hotel Encontro, já habitual nestes passeios, e aqui ficámos por uma semana. Ainda deu tempo para uns passeios por Espanha, incluindo Zamora e atestar o depósito de gasóleo a 0,89 euros!

                                              Sala de jantar do Hotel Encontro

Fomos visitar o Domingos Pires no seu local de trabalho.

        A entrada do armazém de materiais de construção dos irmãos Pires

E o diálogo iniciou-se com umas perguntas previamente estudadas:

Lemos: Quais as melhores lembranças que tiveste da Companhia 2700?
Pires: As melhores lembranças foram a convivência e a amizade entre os camaradas.

Lemos: E de Dulombi, especificamente?
Pires: Lembro-me perfeitamente quando fomos atacados pelas célebres “costureirinhas””. Estava eu e o falecido Ramos em cima de um posto de sentinela a carregar a placa, posto este localizado junto à caserna dos Comandos e logo nos “atirámos” para a vala ou trincheira – que estava repleta de água – e, agachados, dirigimo-nos ao abrigo para buscar as nossas G3. Mas não chegámos a disparar. O camarada “Russo” logo mandou uma série de morteiradas “mortíferas” para o “inimigo” que, segundo sei, tinha muito receio deste “Russo” e até ouvi dizer que tinha a cabeça a “prémio”!

Lemos: Tens ido regularmente aos nossos convívios anuais?
Pires: Segundo me lembro, já participei em 8 convívios. Não fui este ano por estar
          doente.

Lemos: Então, como vai a saúde?
Pires: Pois a “zona”, doença infecciosa causada pelo vírus da varicela e caracterizada por inflamação dolorosa da pele e erupções vesiculares localizadas, atacou-me, não me permitindo sair de Sendim. Felizmente, parece que já estou curado.

Lemos: Continuas no activo?
Pires: Claro, sou empresário e não posso abandonar o trabalho.

Lemos: E quais os teus hobbies?
Pires: Ao fim de semana tenho as minhas propriedades para tratar, como os campos, as vinhas, as oliveiras (tenho 500 pés), etc.

Lemos: Costumas consultar o nosso blogue?
Pires: Apesar de estar numa secretária e com computador, é raro “visitar” o site, muitas das vezes pelo muito trabalho que tenho a atender os clientes.

Lemos: Uma mensagem para a 2700.
Pires: Para os camaradas da 2700 muita saúde e felicidades para todos.

Domingos Pires no escritório

A foto da praxe.

            A visita não foi demorada, até porque o Pires tinha que atender os seus clientes. Continuámos a conversar no dia seguinte e ainda deu tempo para nos fazer oferta de meia dúzia de deliciosas melancias da região.
             Deixamos aqui os votos de uma boa saúde.
            Até breve

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