Ao fim de sete noites dormidas no navio T/T CARVALHO ARAUJO o Batalhão de Caçadores nº. 2912 desembarcou na manhã de 1 de Maio de 1970 no cais de Pidjiguiti, em Bissau.
A fotografia assinala o Comandante do Batalhão no cais com um pingalim na mão.
Com certeza estava a dar Ordens. Palavra curta, mas poderosa e nem sempre bem-mandada.
Em chão guinéu a primeira Ordem que recebi foi levantar 21 caixas de Whisky na Manutenção Militar - Intendência - Quartel de Amura.
O whisky foi o meu parceiro durante a Comissão. Um par que por vezes trazia-me óbices.
O BCaç. 2912 do cais de Pidjiguti foi em coluna auto para o Quartel de Brá onde permaneceu durante três dias sem alojamento para todos os militares.
Eu e um Camarada da CCS encontrámos uma tábua e colocámo-la em cima de uma mesa e os dois passámos a noite ao ar livre e de barriga para o ar. Tínhamos de nos equilibrar. O eventual tombo a dar teria cerca de um metro.
No Quartel de Brá encontrei a primeira pessoa conhecida. Éramos praticamente vizinhos. Falamos um pouco. Ele, Capitão Miliciano, estava em recuperação em Bissau e na circunstância com as Ordens de receber e alojar o Batalhão.
A jovem população indígena brindou o Batalhão com: “piri quito vai no mato” …
Também se reconhece alguns Camaradas da CCaç. 2700 - Dulombi - na fotografia.
(foto: - Créditos fotográficos).
Cumprimentos do
António Tavares
Foz do Douro, Quarta-feira 1 de Maio de 2024
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