quinta-feira, 25 de setembro de 2008
P74: MECÂNICO NATIVO
No Post colocado a 31 de Janeiro com o título, "Vamos lá seguir o exemplo do Lemos", a certa altura refere este: Coloquei os quatro mecânicos (um era nativo e já não me recordo do nome nem como foi lá parar), e os condutores a reparar, na devida hora, as viaturas.. Ora bem, como o nativo foi parar à oficina também não sei mas graças ao Manuel Rodrigues posso acrescentar que se chama José Luís Mamadu Djau e possui um táxi na praça de Bissau. Quem se desloque à Guiné poderá requisitar os seus préstimos telefonando para o 245 6751032. Identifiquem-se como elemento da 2700 que ele faz um desconto na bandeirada e conduz-vos em segurança.
segunda-feira, 1 de setembro de 2008
P73: ORGULHO NA 2700
Há dias quando me encontrei com o Manuel Rodrigues da 3.491, este deu-me o contacto de um natural do Dulombi que actualmente está estabelecido em Sacavém com uma mercearia que para além dos produtos portugueses vende também alguns produtos originários da Guiné-Bissau. Apesar de na altura em que nós estivemos na Guiné, o Mamadu Djaló só tivesse 13/14 anos, este recorda-se com muita gratidão da 2700 referindo que era acolhido como sendo o benjamim da Companhia. Falou-me logo no Capitão Carlos Gomes e no "furié" Soares. Vive no mesmo prédio do Sargento Milícia Saliu Djau (aquele que tinha uma deficiência no braço). Não sei se foi para ser simpático mas disse que também se recordava de mim. Prometeu que iria envidar todos os esforços para estar presente (juntamente com o Saliu) no nosso próximo Encontro.
Aqui ficam as suas indicações:
Mamadu Djaló
Mercearia Africana
Rua Major Rosa Bastos, 3-A
2685-106 Sacavém
Contacto: 96 4811366
Aqui ficam as suas indicações:
Mamadu Djaló
Mercearia Africana
Rua Major Rosa Bastos, 3-A
2685-106 Sacavém
Contacto: 96 4811366
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
P72: FOTOS DE DULOMBI
As imagens que se seguem apresentam-nos trechos de Dulombi e foram gentilmente cedidas pelo caro amigo Manuel Rodrigues, ex-Furriel Mecânico (foi substituir o Ricardo Lemos). Foram, portanto, obtidas posteriormente à nossa passagem por aquelas paragens. A bajuda é a célebre Binta. Reparem como eram construídas as paredes.
terça-feira, 1 de julho de 2008
P71: MAIS DE 5.000 VISIONAMENTOS
Atendendo ao facto de este Blog se dirigir, fundamentalmente, a um universo tão restrito - antigos elementos da C. Caç. 2700 - e não esquecendo que dentre estes será uma minoria (infelizmente) que tem acesso à internet, é gratificante constatarmos que mais de 5.000 visitas já recebeu este nosso "ponto de encontro".
Continuaremos. Entretanto, volto a apelar a todos para que contribuam com aquela história que já estaria esquecida mas, depois, tão saborosamente recordada. Já agora, Moniz! Quando sai o episódio do rapanço?
quinta-feira, 19 de junho de 2008
P70: SARGENTO TEIXEIRA

O facto de o Timóteo me comunicar que a correspondência enviada ao Teixeira vinha sempre devolvida já me fazia adivinhar o pior. A notícia chegou através do Carlos Barbosa. O Sargento Teixeira deixou-nos há 6 anos.
Quem não se recorda da tufada? Sempre que algum soldado pisava o risco lá vinha o Sargento Teixeira: "levas uma tufada". E pronto lá lhe ficou a alcunha de Sargento Tufadas.
Frequentemente vem-me à memória um episódio passado entre nós os dois. O nosso Capitão encontrava-se em reunião, em Bissau, e o Alferes Correia estava de férias na metrópole, pelo que, na altura, eu comandava a Companhia. Por volta da meia-noite entra no meu abrigo o Teixeira, muito apavorado pedindo-me que de imediato, colocasse a guarnição em alerta já que tinha visto a cruzar o céu de Dulombi um BORONAICE (queria referir-se a um very-light) funcionando tal como prenúncio de ataque iminente do IN ao nosso aquartelamento. Desde logo fiquei de pé atrás já que se o IN estivesse pronto para nos atacar não avisaria previamente. De qualquer das formas percorri todos os postos de sentinela e nenhum dos soldados me confirmou ter visto semelhante luz. Felizmente naquela noite não se verificou nenhum ataque e no dia seguinte o Teixeira estava mais sereno.
Bom Homem. Descansa em paz José Avelino.

Esta foto tem a particularidade de juntar o Sargento Teixeira ladeado pelo Carlos Barbosa, pessoa que primeiro soube do seu falecimento e pelo Timóteo que nos transmitiu a notícia.
sexta-feira, 13 de junho de 2008
P69: ENDEREÇOS ELECTRÓNICOS
Estes são os endereços electrónicos dos elementos da 2700 (alguns pertencem aos filhos). Fico a aguardar o enriquecimento da listagem.
1 - Américo Estanqueiro / americoestanqueiro@gmail.com
2 - António Barros / arq.barros@iol.pt
3 - António Simões / asimões3@iol.pt
4 - Bernardino Pereira / poveirinho@sapo.pt
5 - Carlos Amaral / anamarisa162@gmail.com
6 - Carlos Barbosa / saltodocavalo@hotmail.com
7 - Carlos Calado / calado.calado@vitoriafc.com
8 - Carlos Correia / joaquimcorreiatavares@gmail.com
9 - Carlos Moniz / camoniz1@sapo.pt
10 - Euclides Ferreira / clidesferreira@hotmail.com
11 - Fernando Barata / fmbarata@gmail.com
12 - Fernando Ramos / celinaramos@gmail.com
13 - Fernando Silva / caramulo2@portugalmail.pt
14 - Firmino Rocha / andrerocha22045@hotmail.com
15 - Helder Coelho / helder.silvacoelho@gmail.com
16 - Henrique Soares / henrique.soares@racarbraga.pt
17 - João Rico / joaoprico@gmail.com
18 - José Marinho / tiago.barcelinhos@iol.pt
19 - Leandro Gonçalves / ljrgoncalves60@gmail.com
20 - Luís Maria / buziazita@hotmail.com
21 - Manuel Azevedo / sofiaazevedo5@gmail.com
22 - Manuel Oliveira / dianaraquel@bragatel.pt
23 - Manuel Ravasco / manuel.ravasco@gmail.com
24 - Ramiro Oliveira / ramiroliveira48@gmail.com
25 - Ricardo Lemos / ripele@netcabo.pt
26 - Teodoro Abreu / abreuteodoro@gmail.com
27 - Timoteo Santos / timoteomemoria@gmail.com
1 - Américo Estanqueiro / americoestanqueiro@gmail.com
2 - António Barros / arq.barros@iol.pt
3 - António Simões / asimões3@iol.pt
4 - Bernardino Pereira / poveirinho@sapo.pt
5 - Carlos Amaral / anamarisa162@gmail.com
6 - Carlos Barbosa / saltodocavalo@hotmail.com
7 - Carlos Calado / calado.calado@vitoriafc.com
8 - Carlos Correia / joaquimcorreiatavares@gmail.com
9 - Carlos Moniz / camoniz1@sapo.pt
10 - Euclides Ferreira / clidesferreira@hotmail.com
11 - Fernando Barata / fmbarata@gmail.com
12 - Fernando Ramos / celinaramos@gmail.com
13 - Fernando Silva / caramulo2@portugalmail.pt
14 - Firmino Rocha / andrerocha22045@hotmail.com
15 - Helder Coelho / helder.silvacoelho@gmail.com
16 - Henrique Soares / henrique.soares@racarbraga.pt
17 - João Rico / joaoprico@gmail.com
18 - José Marinho / tiago.barcelinhos@iol.pt
19 - Leandro Gonçalves / ljrgoncalves60@gmail.com
20 - Luís Maria / buziazita@hotmail.com
21 - Manuel Azevedo / sofiaazevedo5@gmail.com
22 - Manuel Oliveira / dianaraquel@bragatel.pt
23 - Manuel Ravasco / manuel.ravasco@gmail.com
24 - Ramiro Oliveira / ramiroliveira48@gmail.com
25 - Ricardo Lemos / ripele@netcabo.pt
26 - Teodoro Abreu / abreuteodoro@gmail.com
27 - Timoteo Santos / timoteomemoria@gmail.com
quinta-feira, 29 de maio de 2008
terça-feira, 27 de maio de 2008
P67: OS NOSSOS PIRAS
Estou convicto que para a maioria do pessoal da 2700, a C. Caç. 3491 pouco lhes dirá. Foi, contudo, esta a Companhia que nos foi render e que portanto proporcionou o nosso regresso. Não se esqueçam que se eles não nos tivessem rendido teriamos por lá ficado até à Revolução dos Cravos. Acedam, pois, a: http://wwwccac3491guine7174.blogspot.com/ e revisitem locais e talvez rostos que algo vos digam.
Ao Luís Dias (por coincidência, também, ex-Alferes do 2.º Pelotão) os meus agradecimentos por nos proporcionar este ponto de contacto.
Ah. Já agora acedam a este link: http://wwwccac3491guine7174.blogspot.com/2008/05/estria-do-alferes-l-dias.html que vos remete para uma história de que todos se recordarão até pelo seu dramatismo vivido por todos nós, na altura. Felizmente tudo acabou bem.
Ao Luís Dias (por coincidência, também, ex-Alferes do 2.º Pelotão) os meus agradecimentos por nos proporcionar este ponto de contacto.
Ah. Já agora acedam a este link: http://wwwccac3491guine7174.blogspot.com/2008/05/estria-do-alferes-l-dias.html que vos remete para uma história de que todos se recordarão até pelo seu dramatismo vivido por todos nós, na altura. Felizmente tudo acabou bem.
sábado, 10 de maio de 2008
P66: RANCHO DO LEMOS
Em estreia mundial todos os visitantes deste Blog têm acesso à segunda faixa do CD do Rancho do Lemos. Tem o título "Senhor da Serra". Enjoy it. Para tal basta clicar sobre o título da música na caixa que se encontra à esquerda (No02.MP3).
segunda-feira, 5 de maio de 2008
sábado, 26 de abril de 2008
quinta-feira, 24 de abril de 2008
P61: PRESENÇAS CONFIRMADAS NO 17.º ENCONTRO
1 - ADRIANO MARTINS FERREIRA
2 - ALBERTO REIS ESPIRITO SANTO
3 - AMADEU VIRGILIO SERRALHA PIRES
4 - AMÉRICO DA C. ESTANQUEIRO
5 - ANTONIO A. AMARAL SIMÕES
6 - ANTÓNIO DA SILVA SOARES
7 - ANTÓNIO F. PINTO DE ALMEIDA
8 - ANTONIO FRANCISCO DE ALMEIDA
9 - ANTONIO GONÇALVES BARREIRO
10 - ARMINDO DA CONCEIÇÃO RAMOS
11 - ARMINDO JOSE DE SOUSA
12 - BERNARDINO RODRIGUES PEREIRA
13 - CANDIDO MANUEL NUNES
14 - CARLOS ALBERTO MONIZ
15 - CARLOS ALBERTO PINA BENTES
16 - CARLOS FERNANDO DA SILVA
17 - EDUARDO ROSA FRANCISCO
18 - FERNANDO ALVES RODRIGUES
19 - FERNANDO DA COSTA RAMOS
20 - FERNANDO DOS SANTOS CORREIA
21 - FERNANDO MANUEL M. BARATA
22 - FERNANDO MARIA LUIS
23 - FERNANDO MOTA
24 - FERNANDO PEREIRA MACHADO
25 - FIRMINO CORREIA DA ROCHA
26 - FRANCISCO TEIXEIRA PINTO
27 - FRANCISCO TOMAZ DA SILVA RIBEIRO
28 - HELDER ANTUNES PANOIAS
29 - HENRIQUE M. DA ROCHA SOARES
30 - JOÃO DA COSTA MARINHO
31 - JOÃO MARIA DA COSTA FERNANDES
32 - JOAQUIM JESUS ALVES
33 - JOAQUIM JOSE QUEIROZ FERNANDES
34 - JOAQUIM MOURA QUINTAS
35 - JOSE DA SILVA RIBEIRO
36 - JOSE LUIS MARTINS MONTEIRO
37 - JOSE MAIA DA CUNHA
38 - JOSE MANUEL ROCHA DA COSTA
39 - JOSE MARINHO GOMES DA SILVA
40 - JOSE MARQUES MIRANDA
41 - LEANDRO JOSÉ R. GONÇALVES
42 - LUIS CORREIA BATISTA MARIA
43 - LUIS MANUEL BOMBICO TELHA
44 - MANUEL GUERREIRO VENTURA
45 - MANUEL J. MACIEL FERNANDES
46 - MANUEL MARIA BRUNHETA
47 - RAMIRO JESUS OLIVEIRA
48 - TIMÓTEO SANTOS
2 - ALBERTO REIS ESPIRITO SANTO
3 - AMADEU VIRGILIO SERRALHA PIRES
4 - AMÉRICO DA C. ESTANQUEIRO
5 - ANTONIO A. AMARAL SIMÕES
6 - ANTÓNIO DA SILVA SOARES
7 - ANTÓNIO F. PINTO DE ALMEIDA
8 - ANTONIO FRANCISCO DE ALMEIDA
9 - ANTONIO GONÇALVES BARREIRO
10 - ARMINDO DA CONCEIÇÃO RAMOS
11 - ARMINDO JOSE DE SOUSA
12 - BERNARDINO RODRIGUES PEREIRA
13 - CANDIDO MANUEL NUNES
14 - CARLOS ALBERTO MONIZ
15 - CARLOS ALBERTO PINA BENTES
16 - CARLOS FERNANDO DA SILVA
17 - EDUARDO ROSA FRANCISCO
18 - FERNANDO ALVES RODRIGUES
19 - FERNANDO DA COSTA RAMOS
20 - FERNANDO DOS SANTOS CORREIA
21 - FERNANDO MANUEL M. BARATA
22 - FERNANDO MARIA LUIS
23 - FERNANDO MOTA
24 - FERNANDO PEREIRA MACHADO
25 - FIRMINO CORREIA DA ROCHA
26 - FRANCISCO TEIXEIRA PINTO
27 - FRANCISCO TOMAZ DA SILVA RIBEIRO
28 - HELDER ANTUNES PANOIAS
29 - HENRIQUE M. DA ROCHA SOARES
30 - JOÃO DA COSTA MARINHO
31 - JOÃO MARIA DA COSTA FERNANDES
32 - JOAQUIM JESUS ALVES
33 - JOAQUIM JOSE QUEIROZ FERNANDES
34 - JOAQUIM MOURA QUINTAS
35 - JOSE DA SILVA RIBEIRO
36 - JOSE LUIS MARTINS MONTEIRO
37 - JOSE MAIA DA CUNHA
38 - JOSE MANUEL ROCHA DA COSTA
39 - JOSE MARINHO GOMES DA SILVA
40 - JOSE MARQUES MIRANDA
41 - LEANDRO JOSÉ R. GONÇALVES
42 - LUIS CORREIA BATISTA MARIA
43 - LUIS MANUEL BOMBICO TELHA
44 - MANUEL GUERREIRO VENTURA
45 - MANUEL J. MACIEL FERNANDES
46 - MANUEL MARIA BRUNHETA
47 - RAMIRO JESUS OLIVEIRA
48 - TIMÓTEO SANTOS
quinta-feira, 10 de abril de 2008
quinta-feira, 6 de março de 2008
P59: PROGRAMA DO 17.º ENCONTRO - 26 ABRIL 2008
Será em FÁTIMA, no dia 26 de ABRIL de 2008 (Sábado).
Ponto de encontro junto á porta principal da NOVA BASÍLICA (Igreja da Santíssima Trindade), ás 10,30 horas.
Ali reunidos iremos convivendo, contando as nossas histórias e aguardando a chegada dos nossos amigos até ás 12,40 Horas.
Neste tempo de espera e convívio, quem desejar pode aproveitar o tempo para ir á missa que se realiza na CAPELINHA DAS APARIÇÕES ás 11,00 horas, visitar a NOVA BASÍLICA ou comprar umas recordações.
Ás 12,40 horas, partida com destino ao Restaurante D.NUNO, situado em BOLEIROS, a 6 Km de Fátima, na estrada para MINDE, onde será servido o almoço ás 13,00 horas.
A pagar pelo Bacalhau assado c/ Batata a Murro + Perna de Porco no Tacho: Adultos - 25,00 € / Crianças (3/10 anos) - 12,50 € / Crianças até 3 anos grátis.
Sê rápido, confirma até ao dia 16 de Abril de 2008.
Timóteo Santos — Canada do Sarilho, 17 / 9700-192 Angra do Heroísmo
Telefone 295213923 - Telemóvel 962497110 - timoteomemoria@gmail.com
Até breve.
terça-feira, 4 de março de 2008
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
P57: FURRIEL COSTA
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008
P56: ENCONTRO DA COMPANHIA
Para teres uma perspectiva do restaurante onde se realizará, no próximo dia 26 de Abril, o nosso Encontro, por favor clica em:
http://www.masterzoom.com/n/company.php?country=us&id=11689&country=pt#menuopt4
http://www.masterzoom.com/n/company.php?country=us&id=11689&country=pt#menuopt4
quinta-feira, 31 de janeiro de 2008
P55: VAMOS LÁ SEGUIR O EXEMPLO DO LEMOS
HISTÓRIAS MECÂNICAS
Porque tem correspondência com as histórias que vou contar, como preâmbulo, transcrevo o louvor registado na minha caderneta militar:
“Louvado em 11 de Fevereiro de 1972 pelo Exmo Comt. do B. Caç. 2912, pelas excepcionais qualidades demonstradas ao longo de quase 21 meses de comissão. Logo de início não tendo o mínimo de instalações necessárias para o bom desempenho das funções inerentes à sua especialidade, mostrou o Furriel Lemos ser um elemento de real valia, idealizando uma Oficina Auto e Arrecadação, a cuja construção, com a colaboração do pessoal sob o seu comando, a quem desde do princípio soube transmitir e incutir o seu entusiasmo para com o serviço, se dedicou com interesse e zelo digno de serem assinalados. Depois da construção da sua Oficina Auto, onde os seus homens já tinham condições mais propícias para trabalhar e da sua arrecadação onde instalou os seus arquivos e dispôs as várias ferramentas de mecânico auto de modo a serem facilmente localizadas e controladas, soube formar com os mecânicos e condutores Auto-Rodas subordinados, uma excelente equipa de trabalho, que constante e infatigavelmente tem dirigido e orientado ao longo de toda a comissão. De realçar ainda um cuidado e atenção dedicados às requisições das várias peças e lubrificantes necessários à reparação e manutenção das viaturas inoperacionais, conseguindo assim uma eficiência verdadeiramente extraordinária no desempenho da sua missão de tal maneira, que tem sido de orgulho para este comando o número de viaturas de que sempre tem disposto, quer para colunas de reabastecimento quer ainda para colunas de carácter operacional. Além das qualidades mencionadas é ainda de salientar o elevado sentido de disciplina, aprumo e correcção demonstrados pelo Furriel Miliciano Lemos, quer para com os seus superiores quer para com os seus subordinados. Pelos factos apontados é de inteira justiça tornar público o presente louvor”.
Como tal, era apanágio do grupo da mecânica, ter sempre as viaturas prontas para servir da melhor forma a Companhia, logo, todos beneficiavam com o zelo demonstrado pelos mecânicos-auto e condutores das viaturas, que tinham sempre o cuidado de velar pela sua manutenção.
Ainda me lembro do Rosas, do Victor, da oficina improvisada que se construiu com troncos de palmeiras (estrutura), com os oleados dos Unimogs a servir de parede e chapas de zinco, como cobertura. Também se arranjou cimento e areia para cimentar o chão e, em anexo, foi feita uma arrecadação de madeira com secretária e tudo, a fim de servir de armazém para as peças sobressalentes e secretaria auto. Tudo orientado para, em caso de necessidade, termos as peças de substituição para as avarias mais comuns. Quantas vezes fui a Bissau, de Dakota, a fim de tratar de assuntos relativos à conservação, manutenção e substituição das viaturas.
Enfim…
Certo dia, a nossa Companhia fez, como habitualmente uma coluna para abastecimento de géneros alimentícios, combustível, entre outras necessidades, passando por Bambadinca até ao Xime. Só que levámos, desta vez umas 17 viaturas. Ao passar pela sede do Batalhão, eis que o Comandante, estava na entrada, ficando estupefacto por ver tamanha mobilização de carros operacionais, comentando que a nossa coluna parecia um desfile militar em Lisboa!!! (Já que era habitual as outras companhias terem dificuldades em arranjar viaturas operacionais, pois muitas se encontravam avariadas, segundo os rumores que circulavam, e mais não adianto). Vai daí, falou com o nosso Capitão, dizendo que iria a Dulombi tratar da cedência de Unimogs para as outras Companhias. Mas eu sabia que a quantidade de carros era mais ou menos igual para cada uma, a diferença estava na operacionalidade das ditas.
Mais tarde, o Capitão dialogou comigo sobre a pretensão do Comandante, e eu retorqui que as viaturas estavam todas operacionais devido à competência dos mecânicos da nossa Companhia, assim como ao zelo dos respectivos condutores, tudo em prol do nosso bem estar e não em benefício das outras Companhias do Batalhão.
Passados uns dias, chega o Comandante a Dulombi, de helicóptero, a fim de tratar da cedência de alguns Unimogs. Como eu já sabia antecipadamente da chegada do Comandante, os carros estavam todos com graves avarias!...
Coloquei os quatro mecânicos (um era nativo e já não me recordo do nome nem como foi lá parar), e os condutores a reparar, na devida hora, as viaturas. Capôts abertos, rodas tiradas, macacos a funcionar, baterias sem carga, dínamos desmontados, etc. etc, tudo avariou ao mesmo tempo… Um desastre…
Claro que o Comandante ficou furioso, não havia viaturas, só umas quatro é que funcionavam, mas nada havia a fazer, eu tinha autonomia suficiente como responsável máximo da mecânica para tratar dos problemas – o nosso Capitão não interferiu, pelo contrário. O “Chefe Maior” nada pôde fazer com os meus argumentos bem estudados, de todas as avarias, até porque muitas das viaturas necessitavam de peças vindas de Bissau!!!
O Comandante regressou, sem antes ordenar que na próxima vez, eu tinha que ter fichas de reparação nas viaturas, descriminando a avaria, o tempo previsto de arranjo, etc, etc.
Nunca mais apareceu.
E assim, os nossos carros continuaram a servir a Companhia. Quando não havia trabalho, os mecânicos descansavam. Era o meu lema.
Por outra vez, estava eu a experimentar o jeep do Capitão e por tal motivo fui chamado à atenção, penso eu que indevidamente. Os meus mecânicos também não gostaram. Vai daí, o Rosas propôs que o jeep iria avariar! E avariou mesmo durante 15 dias!!! Coincidências.
A nossa Oficina era o restaurante da Zona! Quantos almoços, jantares, festanças, lá não se fizeram.
Os assados eram espectaculares. Também tinha sob o meu comando elementos bem intencionados… Certo dia, não havia cabrito ou cabra para a festa. Não é que, com uns pedaços de pão ao longo do caminho e em direcção ao abrigo, a pobre cabra lá entrou para seguir directamente para o forno! Mas os Futa-Fulas souberam ou desconfiaram e o assunto chegou ao Capitão. Não sei como foi resolvido, se se confirmou a situação ou não. Só sei que a cabra estava uma delícia…
Muito petróleo se gastava… principalmente de noite. “Será ou não será que seria” comercializado por alguns, em troca de ovos, carne, “favores”, etc.?
E os Unimogs gastavam 45 litros de gasolina aos 100 Km! Por mais contas que fizesse, os gastos eram sempre esses!!! Por comparação, os F16 portugueses – agora caíu um – gastam 170 litros de combustível por cada 100 Km!!!
Como já vai longa esta missiva, fico por aqui. Vou apontando outras lembranças.
Porque tem correspondência com as histórias que vou contar, como preâmbulo, transcrevo o louvor registado na minha caderneta militar:
“Louvado em 11 de Fevereiro de 1972 pelo Exmo Comt. do B. Caç. 2912, pelas excepcionais qualidades demonstradas ao longo de quase 21 meses de comissão. Logo de início não tendo o mínimo de instalações necessárias para o bom desempenho das funções inerentes à sua especialidade, mostrou o Furriel Lemos ser um elemento de real valia, idealizando uma Oficina Auto e Arrecadação, a cuja construção, com a colaboração do pessoal sob o seu comando, a quem desde do princípio soube transmitir e incutir o seu entusiasmo para com o serviço, se dedicou com interesse e zelo digno de serem assinalados. Depois da construção da sua Oficina Auto, onde os seus homens já tinham condições mais propícias para trabalhar e da sua arrecadação onde instalou os seus arquivos e dispôs as várias ferramentas de mecânico auto de modo a serem facilmente localizadas e controladas, soube formar com os mecânicos e condutores Auto-Rodas subordinados, uma excelente equipa de trabalho, que constante e infatigavelmente tem dirigido e orientado ao longo de toda a comissão. De realçar ainda um cuidado e atenção dedicados às requisições das várias peças e lubrificantes necessários à reparação e manutenção das viaturas inoperacionais, conseguindo assim uma eficiência verdadeiramente extraordinária no desempenho da sua missão de tal maneira, que tem sido de orgulho para este comando o número de viaturas de que sempre tem disposto, quer para colunas de reabastecimento quer ainda para colunas de carácter operacional. Além das qualidades mencionadas é ainda de salientar o elevado sentido de disciplina, aprumo e correcção demonstrados pelo Furriel Miliciano Lemos, quer para com os seus superiores quer para com os seus subordinados. Pelos factos apontados é de inteira justiça tornar público o presente louvor”.
Como tal, era apanágio do grupo da mecânica, ter sempre as viaturas prontas para servir da melhor forma a Companhia, logo, todos beneficiavam com o zelo demonstrado pelos mecânicos-auto e condutores das viaturas, que tinham sempre o cuidado de velar pela sua manutenção.
Ainda me lembro do Rosas, do Victor, da oficina improvisada que se construiu com troncos de palmeiras (estrutura), com os oleados dos Unimogs a servir de parede e chapas de zinco, como cobertura. Também se arranjou cimento e areia para cimentar o chão e, em anexo, foi feita uma arrecadação de madeira com secretária e tudo, a fim de servir de armazém para as peças sobressalentes e secretaria auto. Tudo orientado para, em caso de necessidade, termos as peças de substituição para as avarias mais comuns. Quantas vezes fui a Bissau, de Dakota, a fim de tratar de assuntos relativos à conservação, manutenção e substituição das viaturas.
Enfim…
Certo dia, a nossa Companhia fez, como habitualmente uma coluna para abastecimento de géneros alimentícios, combustível, entre outras necessidades, passando por Bambadinca até ao Xime. Só que levámos, desta vez umas 17 viaturas. Ao passar pela sede do Batalhão, eis que o Comandante, estava na entrada, ficando estupefacto por ver tamanha mobilização de carros operacionais, comentando que a nossa coluna parecia um desfile militar em Lisboa!!! (Já que era habitual as outras companhias terem dificuldades em arranjar viaturas operacionais, pois muitas se encontravam avariadas, segundo os rumores que circulavam, e mais não adianto). Vai daí, falou com o nosso Capitão, dizendo que iria a Dulombi tratar da cedência de Unimogs para as outras Companhias. Mas eu sabia que a quantidade de carros era mais ou menos igual para cada uma, a diferença estava na operacionalidade das ditas.
Mais tarde, o Capitão dialogou comigo sobre a pretensão do Comandante, e eu retorqui que as viaturas estavam todas operacionais devido à competência dos mecânicos da nossa Companhia, assim como ao zelo dos respectivos condutores, tudo em prol do nosso bem estar e não em benefício das outras Companhias do Batalhão.
Passados uns dias, chega o Comandante a Dulombi, de helicóptero, a fim de tratar da cedência de alguns Unimogs. Como eu já sabia antecipadamente da chegada do Comandante, os carros estavam todos com graves avarias!...
Coloquei os quatro mecânicos (um era nativo e já não me recordo do nome nem como foi lá parar), e os condutores a reparar, na devida hora, as viaturas. Capôts abertos, rodas tiradas, macacos a funcionar, baterias sem carga, dínamos desmontados, etc. etc, tudo avariou ao mesmo tempo… Um desastre…
Claro que o Comandante ficou furioso, não havia viaturas, só umas quatro é que funcionavam, mas nada havia a fazer, eu tinha autonomia suficiente como responsável máximo da mecânica para tratar dos problemas – o nosso Capitão não interferiu, pelo contrário. O “Chefe Maior” nada pôde fazer com os meus argumentos bem estudados, de todas as avarias, até porque muitas das viaturas necessitavam de peças vindas de Bissau!!!
O Comandante regressou, sem antes ordenar que na próxima vez, eu tinha que ter fichas de reparação nas viaturas, descriminando a avaria, o tempo previsto de arranjo, etc, etc.
Nunca mais apareceu.
E assim, os nossos carros continuaram a servir a Companhia. Quando não havia trabalho, os mecânicos descansavam. Era o meu lema.
Por outra vez, estava eu a experimentar o jeep do Capitão e por tal motivo fui chamado à atenção, penso eu que indevidamente. Os meus mecânicos também não gostaram. Vai daí, o Rosas propôs que o jeep iria avariar! E avariou mesmo durante 15 dias!!! Coincidências.
A nossa Oficina era o restaurante da Zona! Quantos almoços, jantares, festanças, lá não se fizeram.
Os assados eram espectaculares. Também tinha sob o meu comando elementos bem intencionados… Certo dia, não havia cabrito ou cabra para a festa. Não é que, com uns pedaços de pão ao longo do caminho e em direcção ao abrigo, a pobre cabra lá entrou para seguir directamente para o forno! Mas os Futa-Fulas souberam ou desconfiaram e o assunto chegou ao Capitão. Não sei como foi resolvido, se se confirmou a situação ou não. Só sei que a cabra estava uma delícia…
Muito petróleo se gastava… principalmente de noite. “Será ou não será que seria” comercializado por alguns, em troca de ovos, carne, “favores”, etc.?
E os Unimogs gastavam 45 litros de gasolina aos 100 Km! Por mais contas que fizesse, os gastos eram sempre esses!!! Por comparação, os F16 portugueses – agora caíu um – gastam 170 litros de combustível por cada 100 Km!!!
Como já vai longa esta missiva, fico por aqui. Vou apontando outras lembranças.
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