quinta-feira, 16 de junho de 2011

P239: O REGRESSO DULOMBI-LISBOA (6.ª PARTE)

 O cais de Cumeré.
 
No dia 11 de Março de 1972 a Companhia partiu com destino a Cumeré, ficando a aguardar transporte aéreo para a Metrópole, o que aconteceu a 22 de Março de 1972. Entretanto, durante este período, o pessoal dispersava por esta pequena cidade, preparando-se para o regresso e, nada melhor que uns banhos de sol depois de um mergulho no rio Geba…

   Ao fundo, algumas instalações ribeirinhas de Cumeré

  Na apanha de ostras no rio Geba, sendo identificáveis o Lemos e o Enfermeiro Santos.

   Numa das esplanadas de Cumeré.

Outra imagem, principalmente de condutores e mecânicos, numa das esplanadas da cidade, saboreando uma cerveja fresquinha, gozando os últimos dias antes da partida para a Metrópole.

 E chegou a hora da partida… Enquanto esperávamos na gare do aeroporto, as malas eram transportadas para o avião, um Boeing novíssimo em folha…com o número 8801.

 O avião, em plena ascensão, proporciona as primeiras imagens aéreas dos arredores de 
Bissau…

 Vista aérea de Bissau. 
Os dois momentos cruciais da nossa Companhia encontram-se: a chegada por via marítima, vendo-se o cais de desembarque (Pidjiguiti) e a Avenida Marginal com as suas palmeiras, e a partida, em pleno voo.
O Boeing continua a proporcionar excelentes imagens aéreas. 
 As características do terreno guineense começam a definir-se. Na imagem visualiza-se o sinuoso rio Geba com  zonas fortemente arborizadas, outras pantanosas onde são visíveis talhões de cultivo do arroz. 
 Zonas pantanosas 
O Rio e os seus pequenos afluentes, a floresta, as zonas pantanosas… imagem emblemática da Guiné

  Neste troço de rio, visualiza-se um cais e umas instalações. Que nome terão?

A última imagem. Há um desnivelamento entre o caudal do rio resultante do extenso paredão que se vislumbra 
 O pôr-do-sol. 

Já distante, ficou Dulombi, Bissau, a Guiné…
Para alguns, foi a despedida definitiva, a última imagem da aventura, o adeus àquela terra que, com suor, sangue e lágrimas a Companhia 2700 aí lutou estoicamente cerca de 700 dias infinitos…e estou a falar daqueles que já partiram…
Para os que permanecem, esta imagem poderá repetir-se… é só dar um passeio até Dulombi…
Quem sabe…
O Mundo dá muitas voltas…
E o aeroporto fica mesmo perto de minha casa…
O pôr-do-sol…
 
 Ricardo Lemos

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