sábado, 25 de junho de 2011

P240: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO EVARISTO BORGES - RICARDO LEMOS

O Borges, ex-cabo escriturário da nossa Companhia, emigrante em Saint-Étienne, está em Portugal a passar umas férias e teve a gentileza de me fazer uma visita. Graças ao site do amigo Barata, foi possível relembrar os tempos passados e tornar possível o reavivar da amizade de outrora.

As 63 primaveras do Borges comemoradas a 27 de Março 2011

Com este tema é intenção do nosso BLOG publicar os acervos fotográficos dos camaradas da 2700 que os disponibilizem.

Damos aqui o 1º passo.


 O Borges no seu posto de trabalho com a sua máquina de escrever. Ao fundo, o cofre da secretaria.


Embarque da Companhia 2700, a 24 de Abril de 1970, na Gare Marítima de Alcântara, no navio “Carvalho Araújo"


No alto mar, o “Carvalho Araújo, cruzou com o navio “Vera Cruz”. A foto mostra esse momento, que muitos ainda devem ter em recordação.


Desembarque da nossa Companhia no cais de Bissau, pela manhã do dia 1 de Maio de 1970.


Ainda não estavam construídas as casernas, mas já havia um marco de correio na cantina primitiva… É uma foto dos primeiros tempos em Dulombi…


O “vagomestre” lá comprou mais um boi, para a alimentação da Companhia. Antes do animalzinho ser abatido ainda se faziam estas “traquinices”, vendo-se o Timóteo montado no dito boi. Outros elementos da Companhia, nomeadamente o Borges, completam a “pega” de cernelha…


Perto de Dulombi, corria o riacho Fandauol, que secava no Verão (Ver Post 158, sobre as pescarias neste riacho). Na imagem visualizam-se alguns elementos da Companhia  a aproveitar a brisa mais fresca destas águas correntes e, quiçá, dar também um mergulho…


Ocasionalmente,  Dulombi era visitada por artistas musicais indígenas, que dançavam e cantavam ao som de “tambores” e outros instrumentos.

Lembro-me que, quando se oferecia dinheiro aos tocadores, logo era cantado um tema em honra do ofertante. Assim aconteceu comigo, e, depois de lhes dar uns pesos, logo o meu nome foi pronunciado em cânticos de agradecimento.
São usos e costumes locais, tais como as Janeiras e Reis que se cantam em Portugal de porta em porta, dando-se os “vivas” aos donos da casa, muitas vezes com quadras cujos nomes dos “da casa” entram nos versos cantados. No fim e na maioria das vezes, também há as ofertas de dinheiro ou de géneros alimentícios.


Elementos da Companhia no Restaurante “Pato” em Bafatá. 
Á esquerda, o Pinheiro (1.º Pelotão), ao centro, de pé, o Ventura, de Portimão e à direita ao Maia da Cunha. De costas, por trás do Ventura presumo ser o Lemos (nota do editor)

Outras fotos deverão existir, como inéditas, espalhadas por muitos recantos de Portugal. Ficamos à espera da colaboração dos elementos da 2700.

Um abraço do Borges a todos os camaradas da Companhia.

Ricardo Lemos

1 comentário:

Luís Dias disse...

Camaradas e Amigos

Estão giras estas fotos dos vossos primeiros tempos no Dulombi.
Depois da seca que passámos com a falta de água do Rio Fandauol, que chegou a obrigar-nos a ir à água a Duas Fontes/Bangacia. A CCAÇ 3491 melhorou e limpou o rio, fez uma ponte sobre o mesmo, melhorando a estrada de acesso ao quartel e já ali pudemos tomar grandes banhos.Contudo, o IN, numa manhã tentou efectuar uma emboscada ao pessoal que normalmente ia buscar a água para o quartel (uma secção), mas foi detectado por um milícia e a emboscada abortou, embora ainda com alguma troca de tiros e de granadas.
Um abraço
Luís Dias