quinta-feira, 22 de novembro de 2012

P417: O QUE ME VAI NA ALMA - CARLOS MONIZ


Caros Amigos

Não sou um visitante assíduo do Blogue  C. Caç. 2700 – Dulombi 1970/72. Reconheço.
No entanto, das poucas vezes que o consulto, tenho sido confrontado com um manancial de informação que, sinceramente, já não fazia parte do meu imaginário.
A minha passagem pela Guiné foi um acidente de percurso. Desta evidência mais me convenço cada vez que consulto o blogue. Que me perdoem todos os  aqueles com quem partilhei essa jornada africana.  
O Blogue, hoje, estimula, a minha memória relativamente a pessoas e  acontecimentos que, sinceramente, se tinham varrido do meu pensamento.
O conflito de motivações  revolucionárias / ideológicas que vivemos na Guiné,  não teve, nem nunca  teria,  fim pela força das armas, deixando-nos uma sensação de frustração e ineficácia do nosso envolvimento.  A história confirma que as chamadas guerras subversivas ou de baixa intensidade,  raramente tiveram êxito.
A guerra ter-se-ia arrastado não fosse o “soft power” da  diplomacia, no caso concreto a revolução dos cravos do 25 de Abril, que pôs fim, de forma legal, pacífica e democrática, a  uma guerra de 13 anos que muitas vidas ceifou e muitos traumas causou.
Todo este desabafo resulta, como disse inicialmente, da leitura e do conhecimento da história de vida de muitos que comigo partilharam aquele espaço de vida.  Reconheço que muitos dos relatos do blogue,  são para mim, por vezes, notícias em primeira mão.
Caros Fernando Barata e  Ricardo Lemos os meus parabéns pelo vosso trabalho e empenho na pesquisa de informação e acontecimentos que muito recordatório me têm feito viver no tempo.
Seria injusto ignorar aqueles que muito têm trabalhado para que os “Encontros anuais” sejam, cada vez mais, uma realidade  viva da nossa histórica  passagem por terras da Guiné. Caro amigo Timóteo não ignoro o teu empenho nesta realidade.
Um abraço para todos os “Dulombianos”


Carlos Moniz

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