Não sou um visitante assíduo do Blogue  C. Caç. 2700 – Dulombi 1970/72. Reconheço.
No
 entanto, das poucas vezes que o consulto, tenho sido confrontado com 
um manancial de informação que, sinceramente, já não fazia parte do meu
 imaginário. 
A minha passagem 
pela Guiné foi um acidente de percurso. Desta evidência mais me convenço
 cada vez que consulto o blogue. Que me perdoem todos os  aqueles com 
quem partilhei essa jornada africana.  
O
 Blogue, hoje, estimula, a minha memória relativamente a pessoas e 
 acontecimentos que, sinceramente, se tinham varrido do meu pensamento. 
O
 conflito de motivações  revolucionárias / ideológicas que vivemos na 
Guiné,  não teve, nem nunca  teria,  fim pela força das armas, 
deixando-nos uma sensação de frustração e ineficácia do nosso 
envolvimento.  A história confirma que as chamadas guerras subversivas 
ou de baixa intensidade,  raramente tiveram êxito.
A
 guerra ter-se-ia arrastado não fosse o “soft power” da  diplomacia, no 
caso concreto a revolução dos cravos do 25 de Abril, que pôs fim, de 
forma legal, pacífica e democrática, a  uma guerra de 13 anos que muitas
 vidas ceifou e muitos traumas causou.
Todo
 este desabafo resulta, como disse inicialmente, da leitura e do 
conhecimento da história de vida de muitos que comigo partilharam aquele
 espaço de vida.  Reconheço que muitos dos relatos do blogue,  são para 
mim, por vezes, notícias em primeira mão.
Caros
 Fernando Barata e  Ricardo Lemos os meus parabéns pelo vosso trabalho e
 empenho na pesquisa de informação e acontecimentos que muito 
recordatório me têm feito viver no tempo.
Seria
 injusto ignorar aqueles que muito têm trabalhado para que os “Encontros
 anuais” sejam, cada vez mais, uma realidade  viva da nossa histórica 
 passagem por terras da Guiné. Caro amigo Timóteo não ignoro o teu 
empenho nesta realidade.
Um abraço para todos os “Dulombianos”
Carlos Moniz 


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