sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015
P556: FALECIMENTO DO DAVID COELHO JORGE
Precisamente, no dia em que comemoraria 67 primaveras e que seria um momento em que todos nós nos congratulariamos com o evento, a vida prega-nos estas partidas. Tivemos conhecimento que o David falecera a
19 de Fevereiro.
Paz à sua alma.
A 2 de Maio, em Fátima, será mais um elemento a juntar a todos os nossos camaradas que serão recordados com saudade na missa a que assistirão alguns de nós.
À família do David e particularmente à sua esposa D. Irene, as sentidas condolências da sua outra família, a 2700.
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
P555: FAMÍLIA DO BATALHÃO DE CAÇADORES 2912
Completa hoje, dia 23, quarenta e cinco anos que centenas de jovens
oriundos de diversas unidades militares do país se juntaram no Regimento
de Infantaria n.º 2, em Abrantes.
Nesse mesmo dia fomos transportados, em viaturas militares, para o Campo Militar de Santa Margarida da Coutada para fazer o IAO.
Cerca de 500 homens permaneceram no CIM até às 03H00 de Sexta-feira, 24 de Abril de 1970. Nesse dia, transportados em comboio, chegamos ao cais da Gare Marítima de Alcântara cerca das 06H30. Ao meio dia em ponto, e ao terceiro apito, parece que estou a ouvi-lo, o navio T/T Carvalho Araújo levantou ferro rumo ao CTIGuiné. Durante uns dias o mar alto foi o nosso primeiro obsctáculo a vencer.
Vencemo-lo. O Carvalho Araújo cerca das 21H00 de 30 de Abril fundeou ao largo do cais de Pindjiguiti. A última noite que dormi numa cama. Somente em Galomaro tive outra cama.
Na Sexta-feira, 01 de Maio começaria a nossa Guerra de Guerrilha.
Alguns camaradas que nos acompanharam infelizmente não regressaram connosco.
A Guerra que obrigava a matar para viver!
Datas que ficaram gravadas nas nossas memórias.
Recordar é bom. É viver!
Abraço
António Tavares
Foz do Douro, Segunda-feira 23 de Fevereiro de 2015
(Texto escrito de acordo com a antiga ortografia)
Nesse mesmo dia fomos transportados, em viaturas militares, para o Campo Militar de Santa Margarida da Coutada para fazer o IAO.
Cerca de 500 homens permaneceram no CIM até às 03H00 de Sexta-feira, 24 de Abril de 1970. Nesse dia, transportados em comboio, chegamos ao cais da Gare Marítima de Alcântara cerca das 06H30. Ao meio dia em ponto, e ao terceiro apito, parece que estou a ouvi-lo, o navio T/T Carvalho Araújo levantou ferro rumo ao CTIGuiné. Durante uns dias o mar alto foi o nosso primeiro obsctáculo a vencer.
Vencemo-lo. O Carvalho Araújo cerca das 21H00 de 30 de Abril fundeou ao largo do cais de Pindjiguiti. A última noite que dormi numa cama. Somente em Galomaro tive outra cama.
Na Sexta-feira, 01 de Maio começaria a nossa Guerra de Guerrilha.
Alguns camaradas que nos acompanharam infelizmente não regressaram connosco.
A Guerra que obrigava a matar para viver!
Datas que ficaram gravadas nas nossas memórias.
Recordar é bom. É viver!
Abraço
António Tavares
Foz do Douro, Segunda-feira 23 de Fevereiro de 2015
(Texto escrito de acordo com a antiga ortografia)
A actual Porta de Armas do Campo Militar de Santa Margarida da Coutada.
Caserna dos Sargentos da CCS/BCaç.2912 no Campo de Instrução Militar de Santa Margarida.
O navio motor T/T Carvalho Araújo atracado ao cais da gare marítima de Alcântara, em Lisboa.
Chegada do BCaç. 2912 ao cais de Pindjiguiti, em Bissau. Na foto vê-se o
nosso Comandante Tenente Coronel Octávio Pimentel com um bastão.
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015
P554: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS (PARTE II)
Comecei então a organizar uns passeios pelo Norte do País, a fim de iniciar o meu périplo pelos lugares indicados na lista do Timóteo.
Antes,
fiz um estudo de comparação da lista do Timóteo e de uma outra lista colocada
no nosso blogue pelo Fernando Barata relativamente aos elementos da Companhia
que embarcaram no Carvalho Araújo e ainda fui buscar dados narrados pelo
Fernando Barata no 1.º Post do nosso Site sobre elementos que, ao longo da
nossa Comissão, chegaram a Dulombi em rendições individuais.
Verifiquei
mais uma vez que faltavam muitos elementos que ainda não tinham sido
encontrados ou lembrados pelos pioneiros da construção desta lista do Timóteo:
o condutor Marinho, o Maia da Cunha e o Fernando Ramos.
Ao
mesmo tempo que comecei a visitar os camaradas Nortenhos mencionados na lista
do Timóteo, iniciei uma busca dos elementos em falta. Vários processos utilizei
nessas pesquisas:
-
Lista telefónica da PT
- Através
do número mecanográfico dos camaradas que se encontravam mencionados na lista
de embarque do Carvalho Araújo, e que não se encontravam na lista do Timóteo.
Para isso tive a preciosa ajuda do saudoso tenente-coronel Correia.
- Através das Juntas de freguesia.
- Por indicações de familiares e amigos.
- Por dados recebidos por elementos
da Companhia que, por alguma razão sabiam do paradeiro dos elementos em falta.
- Pelos Correios de Portugal.
- E até, por um momento feliz, de
sorte, na pesquisa por outros processos.
- Por cartas enviadas, na esperança
de ser esse o colega procurado.
Enfim, foi uma batalha dura de
pesquisa, mas valeu a pena. Apenas não consegui encontrar dois elementos que
chegaram à nossa Companhia, faltavam 3 meses para o fim da nossa Comissão: são
eles o Carlos Alberto de Oliveira Rodrigues e o José da S. Alves, que foram
colocados na nossa Companhia, segundo uma narrativa do Fernando Barata, em
Novembro de 1971. Consegui, através de dados chegados de Lisboa, direcções com
estes nomes. Mas nos contactos telefónicos efectuados, nenhum tinha estado em
Dulombi, apenas tinham nomes iguais. Agora, será muito difícil encontrá-los,
pois a pesquisa actual só é possível sabendo o número de contribuinte ou
sabendo o número mecanográfico.
Mas,
como ia dizendo, iniciei as minhas viagens pelo Norte e fui até Fafe visitar o
Faria condutor, onde almocei. Depois, segui até Felgueiras onde me encontrei
com o ex-furriel Fonseca. Aproveitando um Domingo soalheiro, fui visitar
Guimarães, a convite do condutor Rodrigues, onde almocei com a sua família, um
delicioso assado. Aproveitei também para visitar o Armindo Sousa e o condutor
António Cunha.
Voltei
a Guimarães onde me encontrei com o José Barbosa, o saudoso José Ribeiro
(Padeiro) e o Gaspar corneteiro.
Em
Braga, encontrei-me com o Jorge Cunha, que continua na sua arte de barbeiro,
tendo convivido à mesa num saboroso almoço. Depois do almoço apareceu por lá o
José Costa das transmissões, com as suas relíquias fotográficas.
Tornei
a Braga para visitar o Manuel Oliveira e quase percorri Braga inteira à procura
de um elemento da lista que, mais tarde descobri que estava emigrado em França:
era ele o André Agostinho Correia, cuja direcção da lista do Timóteo me
indicava uma rua de Braga.
Em
Barcelinhos, encontrei-me com o condutor Marinho.
Em
Lousada convivi com o Francisco Ribeiro e com o Belmiro Moreira.
Em
Paços de Ferreira, e a convite do Adriano Ferreira, fui almoçar num restaurante
da cidade, seguindo-se uma visita ao Bessa Nunes.
E
para terminar este meu segundo capítulo fui passear até Amarante por duas
ocasiões. Da 1.ª vez encontrei-me com o Teixeira Pinto e com o Miguel Teixeira.
Mas faltava saber onde morava o Alcino Leite, emigrante em França. Depois de
várias pesquisas, e com a ajuda do Teixeira Pinto e do Miguel, conseguimos
encontrar a sua casa numa das freguesias de Amarante, perguntando ali,
perguntando acolá… Quando o Alcino chegou de férias a Portugal, combinámos
reunir-nos – eu, o Alcino, o Teixeira e o Miguel num restaurante da família do
Alcino para saborearmos as delícias da região, num salutar convívio. Seguiu-se
uma visita “guiada” por Amarante, num belo Domingo de sol brilhante.
E
como o tema já vai longo, termino contabilizando as RF’s recolhidas nestas
minhas primeiras andanças pelo Norte: mais 20 temas para publicar no nosso
blogue.
Depois
de uma pausa nas minhas viagens, comecei a preparar as próximas visitas: saber
correctamente as direcções, telefones e marcar encontros e/ou fazer pesquisas
em locais onde não havia a certeza de encontrar os elementos que estavam
descritos na lista do Timóteo ou na lista de embarque do Barata.
Até
breve.
(Continua num próximo POST)
segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015
P553: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS - PARTE I (RICARDO LEMOS)
Certo
dia o Fernando Barata mostrou-me interesse em publicar, no nosso Blog, um post tendo como tema o célebre “Café Borges”, do nosso escriturário em Dulombi. Então, perguntou-me se
tinha fotos desse estabelecimento e se sabia um pouco da história sobre esse
local de encontro dos nossos combatentes, onde se ia beber um cafezinho
acompanhado pelo bagaço, ou beber umas “bazucas” fresquinhas enquanto se batiam
as cartas para um jogo de sueca. Para além disso, também se podia comprar no
dito café, cigarros e novidades que iam aparecendo em Dulombi.
Assim,
e com o objectivo de ajudar o Barata neste seu objectivo, telefonei ao Evaristo
Borges, a viver em França, para me esclarecer e contar a história do seu famoso
Café. Qual a minha surpresa quando o nosso camarada me disse que tinha
residência em Perafita – Matosinhos, cidade onde moro e que brevemente viria a
Portugal passar as suas férias habituais. Quem diria?
Chegado
o momento do encontro, o Borges trouxe-me um “maço” de fotos de Dulombi, além
de me contar, com pormenor, a sua história do Café, desde a sua construção até
à sua destruição por um incêndio criminoso!
Escolhi
algumas fotos e mandei-as ao Fernando Barata para publicação no nosso blogue,
pois assim, ia ao encontro das suas solicitações, para o ajudar a dar notícias
sobre Dulombi: as passadas ou as recentes.
E
assim nasceram as Relíquias Fotográficas – RF’s – visto que tive a ideia de
visitar colegas que morassem na minha zona e pedir-lhes também fotos de Dulombi
que estivessem guardadas no “baú” das recordações.
Lembrei-me
logo do Maciel e do Marinho Alves do 4.º pelotão, que também moravam em
Matosinhos, e do Magalhães Pires do 3.º pelotão, que, como feirante, fazia a
Feira de Custóias – Matosinhos.
O
primeiro tema foi publicado no Post n.º 240 – Relíquias Fotográficas do
Evaristo Borges. http://dulombi.blogspot.pt/2011/06/p229-reliquias-fograficas-do-evaristo.html
Fui
alargando a ideia pelo distrito do Porto: Maia (Armindo e Almeida, ambos
carpinteiros), Ermesinde (Folhadela e Madureira), Porto (Paiva condutor, Júlio
Machado e Cunha Pereira), Vila Nova de Gaia (Teodoro, Almeida, Rodrigues e Mota),
Vila da Feira (Silva Soares, Correia e Espírito Santo), Famalicão (Manuel
Azevedo, Sá condutor e Carneiro Azevedo), Póvoa de Varzim (Meirim), Vila do
Conde (Ramos e Cardoso Almeida) e Ovar (Leitão da Silva). Obtive assim 24 RF’s,
que foram enriquecendo o nosso blogue com recordações que se encontravam
espalhadas pelo distrito do Porto.
Pensei
que tinha realizado o meu trabalho. Mas tive algumas dificuldades em encontrar
certos elementos visto que a Lista de Combatentes da 2700, elaborada pelo Timóteo,
estava muito desactualizada e com muitas faltas e erros. Apesar de ser composta
por 153 nomes de camaradas, muitos estavam “desaparecidos”, com direcções
erradas, outros tinham emigrado – sabíamos lá para onde? etc., etc…
Então,
o meu trabalho já não consistia somente em procurar fotos – recordações de
Dulombi, mas também reorganizar a nossa lista de Combatentes, iniciada pelo
Timóteo e procurar elementos da Companhia que, até então, ninguém sabia do seu
paradeiro – e ainda eram bastantes! Basta dizer que a nossa lista actual contém
186 nomes de camaradas e, exceptuando 2 elementos, todos têm as suas direcções
e contactos actualizados, salvaguardando os já falecidos.
Dos
24 encontros com os camaradas acima mencionados, quase todos foram realizados
ou à mesa de um café ou nas residências dos próprios, muitas vezes com a oferta
generosa de um lanche de boas vindas e de amizade.
Apenas
o Leitão da Silva não me pode receber. Com simpatia, foi a esposa a se
encontrar comigo e a recordarmos a Guiné. O Ramos, de Vila do Conde, teve a
gentileza de me convidar para um jantar a quatro, num óptimo restaurante de
Vila do Conde e, mais tarde, tivemos um encontro na sua residência, com jantar,
onde outros camaradas foram convidados, tendo como assunto principal a 1.ª
viagem a Dulombi, organizada pelo seu filho Gil.
Mas
a “cerejeira” estava cheia de “frutos” e eu só tinha recolhido 24 desses
frutos. Então pensei: vou continuar as pesquisas pelo Norte do Pais,
aproveitando para dar uns passeios e assim obter mais fotos de Dulombi, visitar
amigos-combatentes de Dulombi há muito tempo esquecidos e reorganizar a lista
de combatentes do Timóteo ainda muito incompleta.
Assim
pensei, assim o fiz.
(Continua
num próximo POST)
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015
P552: XXIV ENCONTRO DA COMPANHIA
Realizar-se-á, no próximo dia 2 de MAIO, o tradicional Encontro da nossa Companhia. Será no Restaurante D. Nuno, em Boleiros, Fátima.
Proximamente receberão notícias mais detalhadas. Por agora, é só para reservarem esta data.
Proximamente receberão notícias mais detalhadas. Por agora, é só para reservarem esta data.
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