terça-feira, 20 de setembro de 2016

P623: ROTEIROS (VI) - RICARDO LEMOS


Aproveitando as férias e um passeio pelo centro do país, passámos por cidades e vilas lindíssimas e aproveitámos para cumprimentar/visitar mais três camaradas da nossa Companhia.

ANTÓNIO AUGUSTO AMARAL SIMÕES

          Gouveia é uma cidade portuguesa pertencente ao Distrito da Guarda, Região Centro e sub-região da Serra da Estrela, situando-se a cerca de 700 metros de altitude. Vários ribeiros e riachos descem a encosta e criam pequenas bacias hidrográficas proporcionando às populações um grande número de fontes de água pura e cristalina, que alimentam o maior rio português, o rio Mondego, que nasce no concelho, na fonte do Mondeguinho.  
           A freguesia de Folgosinho pertence ao concelho de Gouveia, local onde se realizou o 22.º Encontro da Companhia, precisamente no conhecido e famoso restaurante “O Albertino”, como devem estar lembrados.
            E é nesta bonita cidade de Gouveia que mora o nosso camarada Simões:

 
António Simões, ex-1.º cabo atirador
                                                                                 pertencente ao 3.º pelotão

             Percorrendo ruas estreitas, quase no Centro da cidade, chegámos ao local onde a nossa lista de Combatentes nos informava da morada do Simões. Quem nos recebeu foi a sua esposa D. Emília. O Simões tinha-se ausentado para tratar de assuntos pessoais mas logo combinámos um encontro, quando o Simões regressasse ao seu domicílio.

                                                                    Residência do Simões

             Aproveitámos o tempo para regressar ao centro da cidade, escolher hotel, e passear pelas suas ruas antigas e jardins esculpidos.

Gouveia

                                                                      A Foto n.º 1 da praxe: Simões e Lemos

           Logo recebi uma chamada do Simões para nos encontrarmos no Hotel Eurosol de Gouveia e, de lá, fomos beber umas cervejas ao Centro da cidade. Amavelmente, o Simões acompanhou-nos nas compras dos produtos regionais, indicando-nos os melhores locais para tal. Como não podia deixar de ser, tirámos as fotografias da praxe. Escolhemos duas, que apresentamos acima e abaixo deste pequeno texto.
            Um muito obrigado, Simões, pela companhia, e até uma próxima oportunidade.

                                                                   A Foto N.º 2 da praxe: Simões e Lemos


JOSÉ PORFÍRIO GASPAR

         Unhais da Serra é uma freguesia portuguesa do concelho da Covilhã. Esta freguesia dista da sede de concelho aproximadamente 20 km e está localizada a uma altitude de 650 metros. Situa-se na base da vertente Sudoeste da Serra da Estrela onde corre a ribeira de Unhais.
         As termas de Unhais da Serra são consideradas, devido ao seu enquadramento paisagístico, às belezas naturais, à riqueza das águas e aos ares da montanha, uma importante estância hidrológica e climática para cura e repouso. As águas das suas nascentes são especialmente indicadas no tratamento de reumatismos, certas dermatoses e colopatias e doenças do aparelho circulatório.
          Lenda de Unhais da Serra:
          Certo dia andando à caça pela Serra da Estrela, um jovem brasonado e rico, perdeu-se no entusiasmo da caçada. Depois de andar perdido durante muito tempo sentiu-se cansado e com fome. Nestas condições chegou até perto do local onde hoje está situada "Unhais da Serra". Aqui encontrou um pastor que o vendo com fome, logo lhe deu leite do seu rebanho, foi à ribeira e com as suas grandes "unhas", apanhou trutas para o jovem senhor. O jovem caçador ficou admirado pela facilidade com que o pastor apanhou as trutas com as "unhas", e chamou ao local "Unhas da Serra" ou "Unhais da Serra".
            Na realidade o topónimo “Unhais da Serraprovém do baixo latim “Villa Hulilanem”, “a quinta de Hunila”, nome que deriva dos pais e é comum a todos os descendentes de uma pessoa, designa uma linhagem de sangue ou de adopção.
          Unhais da Serra oferece a todos os que o visitam uma excelente hospitalidade, um termalismo de qualidade, uma paisagem deslumbrante com uma montanha que apresenta diferentes encantos durante as várias épocas do ano.

                                                        Hotel H2otel Congress & Medical SPA, Unhais da Serra




           Partimos de Seia, pela manhã, e seguimos a Estrada Nacional que passa por S. Romão e Loriga, chegando a Unhais da Serra à hora do almoço. Já nos esperava o José Gaspar e a sua esposa D. Amália que gentilmente nos recebeu, depois de percorrermos cerca de 50 km de curvas e contracurvas “chatas como tudo!” mas de paisagens deslumbrantes…

                                                                           José Gaspar, ex-1.º cabo enfermeiro

           Visitámos o “Café Gaspar”, que recentemente foi trespassado, demos uma volta pela Vila, visitando a Igreja matriz de Santo Aleixo, o Miradouro do Cruzeiro, trechos da Ribeira de Unhais, ruas e estabelecimentos típicos da Vila, etc., seguindo depois para o famoso restaurante “ As Thermas”, onde saboreámos um delicioso almoço gentilmente oferecido pelo Gaspar. Á mesa relembrámos Dulombi, os camaradas mais conhecidos de ambos, as últimas notícias “postadas” no site da nossa Companhia administrado pelo nosso colega e ex-alferes Barata além de temas actuais e pessoais.
           Como não podia deixar de ser, e depois do cafezinho, visitámos a que nós consideramos a zona de lazer de Unhais da Serra, local aproveitado pelas personalidades autárquicas locais para a construção de duas piscinas naturais alimentadas pela ribeira de Unhais.
           Só com coragem é que se consegue tomar banho, pois as suas águas são naturalmente frias – a Torre da Serra da Estrela, fica logo ali a cerca de 20 km por estrada local e pouco conhecida. Crianças tomavam banho nas suas brincadeiras com a água mas, quando saíam desta, tremiam de frio… apesar do tempo quente que se fazia sentir. Mas a beleza do local é encantadora.
           Um muito obrigado, amigo Gaspar e D. Amália, pela forma como fomos recebidos e honrados em Unhais da Serra. Bem hajam.

                                                                  Mas a beleza do local é encantadora…

                                                              A foto da praxe: os “às riscas” Gaspar e Lemos



CARLOS ALBERTO AMARAL

            Vide é uma aldeia pertencente à União das freguesias de Vide e Cabeça, concelho de Seia. Está situada na zona centro do país, no Distrito da Guarda, no Parque Natural da Serra da Estrela a uma distância de 25 km da Torre. É a maior freguesia do concelho, em área e a que mais povoações anexas tem – 31 povoações.
             Vide, esconde-se nos montes altos e escarpados, como de resto quase todas as suas 31 povoações. Aqui, vive-se o isolamento, sente-se mais a interioridade e algumas das povoações anexas só se chega ainda hoje por caminhos ínvios e escabrosos, carreiros a pique, através dos pinhais.

Vide

                                                     A “Vivenda Amaral” fica no lado direito do rio, antes da ponte


         Depois de uma estadia em Unhais da Serra, seguimos até Vide, sem passar por Loriga. Foi um retrocesso de 20 km pela N230 até ao cruzamento com a N231, seguindo depois para Vide pela N230. Pelo caminho, de curvas e contracurvas, e desgostosos por larga paisagem negra causada pelos incêndios deste Verão, eis chegados a Vide, terra do Amaral. Atravessando a ponte, foi fácil encontrar a “Vivenda Amaral”:

Vivenda Amaral


          Ao longe avistámos o Amaral, com o telemóvel na mão, à nossa procura.
          Foi um reencontro de saudade.
          E então, junto ao rio, dialogámos durante algum tempo, relembrando Dulombi e também falando sobre a ex-freguesia de Vide e o momento actual da situação do Amaral.
          Recordo que o nosso camarada, ex-1.º cabo condutor, enviuvou há aproximadamente 6 anos e recentemente teve um AVC. A sua recuperação tem sido notória, apesar de se notar alguma dificuldade no andar - mas “cousa” pouca.
          O Amaral é empresário, tendo uma frota de carros de praça – salvo erro, 5 viaturas – conduzidas pelos seus filhos e empregados.
           Gentilmente, convidou-nos para um lanche na sua residência, onde saboreámos produtos da região, nomeadamente queijos e chouriços. Á mesa dialogámos novamente sobre Dulombi e também sobre Vide e arredores. Fiquei a saber que o Amaral era um grande pescador desportivo e até da sua casa ele pescava directamente para o rio, chegando a pescar exemplares de trutas e barbos com mais de 1 kg. É verdade, na varanda da sua residência pode-se pescar para o rio, pois a sua casa faz parede com o mesmo. Belas vistas…
           Apesar de, insistentemente, o Amaral nos convidar para pernoitarmos em Vide, isso não foi possível devido a compromissos pessoais e, assim, nos despedimos, combinando um próximo encontro. E mais uma vez agradecendo a gentileza como fomos tratados.

Carlos Amaral, ex-1.º cabo condutor

                                                                      A Foto da praxe: Lemos e Amaral

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