sábado, 27 de novembro de 2021

P867: SOLDADOS - ANTÓNIO TAVARES

 Mais um trabalho do nosso camarada da CCS, António Tavares.

Soldados…
 
O Batalhão de Caçadores n.º 2912 no cais marítimo de Alcântara, na manhã de 24 de Abril de 1970, a aguardar embarque no navio T/T CARVALHO ARAUJO rumo ao Teatro de Operações do Comando Territorial Independente da Guiné.

Na oval vermelha vê-se o falecido Capelão do Batalhão padre João da Cruz Conceição; o falecido (em 2007) Dr. José Alberto Martins Faria (adido à CCaç. 2701, no Saltinho) e o médico Vitor Veloso, da CCS.


O Tenente Capelão a celebrar missa na Tabanca de Galomaro. Alguns nativos igualmente assistiam à missa diária. O Luís Telha (da C. Caç. 2700 e CCS) está visível na foto.
 
O médico Vitor Veloso a examinar uma parturiente sob os olhares atentos do falecido Goulão e de um Milícia.

Pedro Soldado
 
Já lá vai Pedro Soldado
Num barco da nossa armada
E leva um nome bordado
Num saco cheio de nada
Triste vai Pedro Soldado
 
Branda rola não faz ninho
Nas agulhas do pinheiro
Não é Pedro Marinheiro
Nem no mar é seu caminho
 
Nem anda a branca gaivota
Pescando peixes em terra
Nem é de Pedro essa rota
Dos barcos que vão à guerra

Onde não anda ceifando
Já o campo se faz verde 
E em cada hora se perde 
Cada hora que demora 
Pedro no mar navegando

Não é Pedro pescador
Nem no mar vindimador
Nem soldado vindimando
Verde vinha vindimada
Triste vai Pedro Soldado
 
Já lá vai Pedro Soldado
Num barco da nossa armada
Deixa um nome bordado
E era Pedro Soldado
 
Branda rola não faz ninho
Nas agulhas do pinheiro
Não é Pedro Marinheiro
Nem no mar é seu caminho
 
Deixa um nome bordado
E era Pedro Soldado
E era Pedro Soldado. 

Onde não anda ceifando

Poema de Manuel Alegre.
 

Revejo-me em “Pedro Soldado” e em especial no saco que fazia parte do nosso equipamento.

Abraço do
António Tavares
Foz do Douro, Sexta-feira 26 de Novembro de 2021