sábado, 20 de abril de 2013

P452: ENCONTROS DA COMPANHIA

Nesta altura em que se aproxima a celebração do nosso XXII Encontro, publicamos o excelente levantamento de todos os encontros até hoje realizados, feito pelo Ricardo Lemos. Embora qualquer um destes convívios tenha sido um hino à amizade e à cultura de memórias, gostaria de salientar três: o 1.º por ter permitido à maioria dos presentes rever camaradas que já não viam há mais de 19 anos (Marinho e Ramos aquele abraço sentido pelo "milagre" realizado). Os outros dois; aqueles que realizaram, tanto no Quartel de Vila Real bem como, no de Abrantes.

Ord.
Data
Local Concentração
Cidade
Restaurante
Dia da Semana
1
20-07-1991
Campo da Feira
Barcelos
Restaurante "Chuva"
Sábado
2
25-04-1992
E.N.1 frente Revigrés
Oliveira do Bairro
Restaurante "A Estância"
Sábado
3
01-05-1993
E.N.1 frente Revigrés
Oliveira do Bairro
Restaurante "A Estância"
Sábado
4
24-04-1994
E.N.1 frente Revigrés
Oliveira do Bairro
C. Povo Avelãs Caminho
Domingo
5
30-04-1995
E.N.1 frente Revigrés
Oliveira do Bairro
Restaurante "Ipiranga"
Domingo
6
09-06-1996
E.N.1 frente Revigrés
Oliveira do Bairro
Restaurante "Ipiranga"
Domingo
7
25-04-1997
Quartel de Abrantes
Abrantes
Cantina Quartel Abrantes
Sexta
8
25-04-1998
Quartel de Vila Real
Vila Real
Cantina Quartel Vila Real
Sábado
9
01-05-1999
Malaposta do Carqueijo
Mealhada
Restaurante "O Marginal"
Sábado
10
30-04-2000
Campo da Feira
Barcelos
Restaurante "Ávila"
Domingo
11
29-04-2001
Igreja de Cambra
Cambra/Vouzela
Restaurante "Palmeira"
Domingo
12
27-04-2002
Casa Beato Nunes
Fátima
Casa Beato Nunes
Sábado
13
25-04-2003
Rest. "Bicho Papão"
Viseu
Restaurante "Bicho Papão"
Sexta

2004
             NÃO SE REALIZOU



14
23-04-2005
Quinta dos Choupos
Gondomar
Quinta dos Choupos
Sábado
15
29-04-2006
Quinta da Calçada
Tomar
Restaurante "Convívio"
Sábado
16
10-06-2007
Place Club de Priscos
Braga
Quinta das Rosas
Domingo
17
26-04-2008
Basílica
Fátima
Restaurante "D. Nuno"
Sábado
18
24-05-2009
Restaurante "Portagem"
Mealhada
Restaurante "Portagem"
Domingo
19
24-04-2010
Restaurante "Flor do Bolhão"
Fiães
Rest. "Flor do Bolhão"
Sábado
20
30-04-2011
Alferrarede
Abrantes
Quinta do Lago
Sábado
21
28-04-2012
Basílica
Fátima
Restaurante "D. Nuno"
Sábado
22
27-04-2013
Folgosinho/Gouveia
Folgosinho
Restautante "O Albertino"
Sábado

domingo, 14 de abril de 2013

P451: AS NOTÍCIAS SOBRE A MINHA MORTE SÃO MANIFESTAMENTE EXAGERADAS - MARK TWAIN



José Guerra 
1971







No Post n.º 389 – José da Silva Guerra, com texto de António Tavares, ex-furriel do nosso Batalhão, no final pode ler-se: "O Guerra apareceu num dos nossos convívios. Eu nunca mais o vi desde Março/1972. Consta que já faleceu".
Ora, nas minhas últimas pesquisas, também procurei saber da veracidade do falecimento ou não do GUERRA.
Felizmente, está vivo e de boa saúde.

Com sua autorização passo a transcrever a carta que o José Guerra me enviou: 

“Amigo Lemos aí vai depois da injustiça que aqueles três malandros fizeram comigo, pois chegou um oficial que eu tinha de cá ficar mais uns dias; e eu disse-lhe com um sorriso amarelo que não havia problema, já que não morri naqueles meses todos, também, se Deus quiser não me vai acontecer nada.
Bem, o último mês foi complicado. Primeiro começaram a chegar mensagens de toda e toda a espécie. Eu tinha que estar no Posto de Rádio a toda a hora, os outros radiotelegrafistas não tinham. Depois vim a saber que os Altos Comandos estavam a informar o Comando do Batalhão que o inimigo se estava a infiltrar cada vez mais no nosso sector. Foi aí que as coisas começaram a aquecer. Eu fiquei muito triste quando os nossos amigos morreram, mas isto foi desolador. Eu nunca vi tanta tristeza. Mal os carros do Saltinho começaram a descarregar os caixões, comecei a ajudar…Foi tão triste ver aqueles rapazes ainda não tinham chegado há um mês e já iam mortos para casa.
Uns choravam, outros corriam-lhe as lágrimas pelas faces abaixo. Foi muito triste. Nunca pensei assistir a uma cena daquelas depois de dois anos de guerra. Meu amigo, não desejo a ninguém uma cena destas. É muito doloroso. Ainda hoje não consigo esquecê-la…uns vinte caixões e alguns traziam dois colegas!!!
Isto passou. Daí a oito dias foi lá o General Spínola. Eu já tinha conversado com ele no princípio da Comissão, só que desta vez era soldado e na outra era cabo. Ele perguntou-me: «Então nosso Pronto, então como é que vai isso?». E eu respondi:
«Bem, meu General só que já estou aqui há dois anos!»
Ele olhou muito sério para mim, bateu-me no ombro de vagar, e sorriu. E todos saíram do Posto de Rádio.
E eu, oito dias depois fui ter com o Major – 2.º Comandante do Batalhão – e pus-lhe o meu problema. Ele olhou para mim, ficou muito admirado, e disse: «Ó homem, vá tratar das suas coisas e vá-se embora rápido, não o quero ver mais…».
Tratei de tudo e de manhã fui com a coluna para Bafatá, onde apanhei o Dakota para Bissau.
E acaba aqui a história do último mês de guerra na Guiné.
A gente quando nos encontrarmos pessoalmente, ouvirás o resto da História que dava para escrever um livro…
Nunca pensei que houvesse homens tão maus e vingativos que se valiam dos galões para lixar os outros. Esse senhor que me lixou não conseguia lixar-me de outra maneira, valeu-se dos galões para o fazer.

PS. Amigo, este ano não posso ir ao Convívio porque tenho compromissos assumidos, mas para a próxima já estarei prevenido, e já vou.

terça-feira, 9 de abril de 2013

domingo, 7 de abril de 2013

P449: ENCONTRO DA COMPANHIA - RICARDO LEMOS

Caros camaradas
   
            Ainda faltam 2 semanas para terminarem as marcações para o almoço e já temos 95 inscrições confirmadas.
Por tal motivo, atingimos os objectivos propostos inicialmente, que eram de 100 elementos, entre combatentes e familiares.
Também o turismo rural vai de vento em popa, pois já foram feitas muitas reservas para as casas rurais de Folgosinho. Como sabem, há um preço especial para os inscritos: 35 euros por casa/dia. Cada casa possui um quarto de casal, e também local para mais uma pessoa na sala. Tem todas as comodidades, incluindo aquecimento central, TV e kitchenette.

Ora vamos ver um pouco de Folgosinho:



O Castelo é o ex-líbris mais belo da aldeia de Folgosinho:
O filme acima, mostra o Castelo, jóia preciosa e rara, talvez única, de puro quartzo branco-rosado, engastada na granítica e majestosa Serra da Estrela. O Castelo domina, altaneiro, o Vale do Mondego, um horizonte imenso, inúmeras e graciosas povoações e junto dele se aconchegaram os primeiros habitantes desta antiquíssima vila serrana a que chamaram Folgosinho.

Torre do Castelo
Folgosinho, freguesia do concelho de Gouveia, distrito da Guarda, província da Beira Alta, vila antiquíssima e sede de concelho até 1836, fica situada na encosta norte da serra da Estrela, a 933 metros de altitude. Fica a 11 quilómetros de Gouveia, a 45 da Guarda e a 60 de Viseu. Tem várias quintas, moinhos e casais dispersos pela vasta serra.
A situação altaneira de Folgosinho permite-lhe oferecer um espectáculo deslumbrante a perder de vista, no horizonte infindo, pintalgado de inúmeras povoações dos concelhos de Mangualde, Gouveia, Fornos de Algodres e Celorico da Beira, mas, se subirmos a S. Tiago, Viseu e Guarda oferecem-se acolhedoras aos nossos olhos extasiados de tanta beleza e imensidão.

Praça de Folgosinho, frontal ao Restaurante Albertino e nosso Ponto de Encontro.


Fonte do Pedrão. Uma das mais belas da aldeia.
Capela de S. Faustino no Largo José Fernandes
A zona mais típica de Folgosinho
Paineis de azulejos com quadras cujo tema principal é a água.
Parte antiga de Folgosinho
Viela da aldeia