quinta-feira, 23 de setembro de 2010

P187: NOVO CONTRIBUTO DO ANTÓNIO TAVARES

Depois de ler o P173: - ONOMASTICAMENTE DIVAGANDO, um excelente trabalho, verifiquei que a Fauna da CCS/BCAÇ.2912 também era fraquita com um Carneiro, um Pinto e dois Coelhos: - um Bravo outro Manso, porém as matas do leste da Guiné – Galomaro – eram ricas em coelhos selvagens. Os nossos camaradas, cada um com o seu estilo, não se importavam nada de assim serem tratados e todos os conheciam pelas alcunhas, que nada tinham de depreciativo mas sim de pura camaradagem de combatentes que foram “obrigados” a uma guerra de guerrilha, na Guiné, de 01-05-1970 a 23-03-1972. Em 29-05-2004, na Curia, XI Convívio co-organizado pelo “Coelho Manso”, o Belarmino Coelho - faleceu em 2009 - assinou: “Coelho Bravo”, no meu livro de recordações. Paz à sua alma e à de todos os ex-colegas combatentes falecidos. Na noite de 15-08-1970 foram apanhadas 14 lebres, foto anexa, a maior caçada de sempre, e durante umas refeições os Oficiais e Sargentos comeram bem em Galomaro. O 2.º Sargento H Nobre, Mecânico Auto do BCAÇ.2912, saía ao anoitecer de Unimog com 2 ou 3 homens e regressavam pouco tempo após a saída, porque era presa fácil toda a lebre que aparecesse à frente… as necessidades assim obrigavam a estes disparates de caçadas nocturnas. Um coelho ou lebre custava 10$00 Pesos… um frango, pouco maior do que um pintainho, tinha o preço de 20$00 Pesos… só com a intervenção dos chefes das Tabancas previamente presenteados conseguíamos comprar os frangos. Também praticavam e conheciam a Lei da Oferta e da Procura! O coelho fazia jus à condição de animal reprodutor naquela zona do leste da Guiné. Com toda a certeza que não dava o nome às “coelhinhas” da Playboy nem era o símbolo da Páscoa para uma População - Fulas - Islâmica que praticava o feiticismo nos anos setenta do século passado. Outras Terras…outras Culturas.
Um abraço
António Tavares
Foz do Douro, 19-09-2010

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