quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

P208: FAUNA DE DULOMBI

Como já vai sendo habitual e tendo como suporte o arquivo fotográfico do Ricardo Lemos hoje propomo-nos apresentar a fauna de Dulombi. E esta vai desde o célebre Zarco, cão pertencente ao Coronel Carlos Gomes e que viajou juntamente connosco na Carvalho Araújo desde Lisboa. Há dias falando com o nosso Comandante perguntei-lhe que demarches tinha percorrido para o transporte do Zarco e fiquei pasmado ao referir-me que se limitou a introduzir o Zarco no navio sem ter dado conhecimento a alguém. Outros tempos...
O Zarco teve um fim triste já que uma noite divagando junto ao arame farpado um sentinela perscrutando movimentos não esteve com meias medidas, abriu fogo e atingiu-o. Este não morreu na altura mas ficou num estado que teve por acabar de ser abatido meses depois.
Temos também a cabritinha que era a mascote dos Condutores. Referiu-me o Lemos que ela foi adquirida em tenra idade para mais dia menos dia ser abatida e servir de refeição. Acontece que o pessoal se lhe foi afeiçoando e o abate foi adiado, tendo sido legada à Companhia que nos rendeu e provavelmente abatida poucos dias após termos abandonado Dulombi.
Os gatos eram mascotes dos Furrieis e a mamã dava pelo nome de Xana.
O macaco se não estou em erro pertencia ao Borges, director comercial do bar privado existente em Dulombi.
Existiam também outros cães, presumo propriedade da população mas que nós acarinhávamos.
Pontualmente, nas imediações do aquartelamento, tinhamos a sorte de abater para nosso sustento, alguns facocheros (javali africano) e algumas frintambas (gazelas).
Por vezes lá se desencantava algum leitão adquirido em Galomaro ou no Mercado de Bafatá.
Os galináceos, esses existiam com maior intensidade e eram petisco habitual, sendo consumidos ao nível de abrigo.
Existiam também araras, jagudis (abutres) e até, vejam lá segundo a classificação do "biólogo" Ricardo Lemos, peneireiros de dorso malhado que é, como quem diz, falco tinnunculus.

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