O abastecimento de água para a Companhia era realizado por uma equipa constituída por um condutor e um grupo de outros soldados destacados para o efeito.
Pronta a viatura, eram carregados os bidões de 200 litros, preparados especialmente para este fim, e que tinham servido de armazenamento do combustível utilizado na Companhia – gasolina, petróleo e óleos.
Relembro que este abastecimento provinha do Xime, e era realizado periodicamente pelas nossas colunas de reabastecimento. Os bidões vazios eram então aproveitados para vários fins, nomeadamente para armazenamento de água, como depósito nos chuveiros improvisados para as nossas “banhocas"para preparação de grelhadores para os célebres churrascos, para oferecer à população local com vista às suas necessidades laborais, etc.
(Nota do editor: e também para reforçar a entrada dos abrigos, depois de cheios com terra)
Também é certo que, ao longo do tempo, eles se deterioravam, e eram substituídos por novos bidões.
Retornando ao tema principal, o Unimog em serviço era também carregado com a respectiva moto-bomba e as mangueiras necessárias para retirar a água dos poços de reabastecimento.
Ora, na foto acima, temos uma das famosas equipas de reabastecimento de água, perto de um dos poços de captura do precioso líquido, quando o Verão apertava. O Rodrigues é o condutor. Vamos lá reconhecer os restantes. (Desculpa, Lemos, mas estás equivocado. O elemento que te parece o Rodrigues (há semelhanças, sim, senhor) é um soldado do 3.º Pelotão - seria, nesse dia, uma secção do 3.º Pelotão escalada para este serviço - Eu reconheço o Fernando do Caramulo e o Ramiro Oliveira, bem como o Amaral (com soutien!!!), este sim o Condutor escalado para a condução da viatura. Ou tu pensas, apesar do óptimo serviço que concebeste, ser necessário um piloto e um co-piloto, como na navegação aérea /eheheh/. Ah! e o que eu descobri. Reparem que, embora a viatura seja conduzida pelo Amaral, esta deveria estar alocada ao Calado, que tinha a alcunha de Setúbal, já que na parte direita do pára-choques podemos ler: "Setúbal - Robin dos Bosques")
Na foto abaixo, lá está o Lemos, em pose, nas traseiras da bem conceituada oficina auto, onde trabalhavam os melhores mecânicos da região, vendo-se os famosos bidões acima descritos, estes utilizados no armazenamento de lubrificantes – os óleos nºs 30, 50 e 90, referências da sua viscosidade e utilizados nas viaturas, ora nas mudanças periódicas dos óleos dos motores, ora nas caixas de velocidades, ora nos eixos diferenciais. Cada tipo de óleo tinha o seu fim.
Seguidamente, na imagem inferior, o local do reabastecimento de água:
Por fim, a foto mais impressionante: o poço de reabastecimento.
Uma abertura em terra, sem as condições mínimas de salubridade.
No lado esquerdo vê-se a mangueira da moto-bomba, posicionada através de um pau.
A cor da água é barrenta, e no lado direito umas ervas esverdeadas, completam as características do local.
No Verão, este poço quase secava, e só se retiravam uns garrafões por dia. A cor da água era então, castanha-avermelhada.
RELEMBREM.
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FOMOS HERÓIS
Ricardo Lemos
domingo, 26 de dezembro de 2010
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