quarta-feira, 25 de maio de 2011

P237: O REGRESSO DULOMBI-LISBOA (5.ª PARTE)


Depois do desembarque, no cais de Bissau, a Companhia 2700, espraiou-se pela cidade, em grupos formados ordenadamente, saboreando o fim da Comissão, qual viagem de férias a um novo destino desconhecido, espreitando as possíveis lembranças a adquirir nas montras da baixa da cidade, onde não faltavam lojas de electrodomésticos, de fotografia, de pronto a vestir, de produtos regionais, etc., ou então saboreando uma refrescante cerveja numa esplanada a contento acompanhada por tremoços ou amendoins ou, até, deliciando-se com um aromático cafezinho no famoso café-esplanada Pelicano, ou no buliçoso café Bento ou noutro local aprazível.
Na hora do almoço, poderíamos saborear as deliciosas ostras na casa Pintosinho, ou frequentar outros emblemáticos restaurantes da zona como o restaurante Solmar e muitos outros cujos nomes estão no rol do esquecimento.
 A ferrugem…e não só, posando na Avenida da Marginal de Bissau, antes da partida para Cumeré. 
É interessante realçar que alguns dos elementos que se encontram nesta foto estiveram no nosso encontro anual de 2011, em Abrantes. 

 Bela imagem da estrada Bissau-Cumeré. 
A paisagem está repleta de termiteiras (baga-baga). Estes montículos de terra endurecida abrigam uma comunidade de térmites (cupim) e podem atingir até cerca de 8 metros de altura.
Os cupins são insectos sociais, formando colónias e vivendo em comunidades organizadas com rei, rainha, operárias e soldados. Existem cerca de 2.200 espécies de cupins. As térmites constroem o baga-baga com a secreção de saliva misturada principalmente com o pó de terra fazendo daquela obra de engenharia (arejamento, climatização e arrumação) o seu habitáculo.
A especialização faz os indivíduos de uma colónia possuírem diferentes formas devidamente adaptadas á função que irão desempenhar.
E a Berliet continua estrada fora… 

 A coluna de Berliets, transportando a Companhia 2700 para o Cumeré. Pelo menos visualizam-se 12 destas viaturas.

  Outra imagem da coluna.
                O Furriel Soares, de pé e no lado esquerdo frontal da viatura, encontra-se de braços abertos, exteriorizando a sua alegria por este momento…de regresso.

Outro aspecto da coluna militar a caminho do Cumeré.

 Uma paisagem da viagem Bissau-Cumeré


Continua no próximo POST.
Ricardo Lemos

domingo, 22 de maio de 2011

P236: O REGRESSO DULOMBI-LISBOA (4.ª PARTE)

Conclusão da visita à cidade de Bissau. Da baixa da cidade aos arredores:
Imagem da zona comercial da cidade de Bissau.
Por mais que tente, não consigo ler o nome das casas comerciais. Alguém se lembra? A mulher da direita transporta o seu bebé como faziam as mulheres-grandes de Dulombi! E o motociclista ainda não era obrigado a usar capacete!


Uma das artérias de Bissau.
Como em outras imagens anteriores, vêem-se os típicos candeeiros eléctricos de Bissau artisticamente pintados, na sua parte inferior, de branco e vermelho, às riscas. As árvores cuidadosamente tratadas, com os seus caules pintados de branco. As ruas limpas e asseadas. Ao fundo, no cruzamento das ruas, visualiza-se um pedestal, onde o sinaleiro exerce as suas funções de regulador de trânsito.


Movimentada artéria da capital.
Os vendedores ambulantes, posicionados estrategicamente nos passeios das artérias, vendem os seus produtos de artesanato e também alimentares.


Um dos mercados de Bissau.
C. M. B. são as iniciais de Câmara Municipal de Bissau. O espaço exterior é amplo. Os vendedores amontoam-se no interior e na entrada principal exterior do mercado. Este mercado era muito utilizado pelos nativos para as suas compras alimentícias e produtos frescos. Vendia-se de tudo e nada tinha um só preço.

Para quem já esteve em Bissau, o Mercado do Bandim, dispensa qualquer tipo de apresentações...
Um verdadeiro arco-íris de frutas e legumes da terra. Por entre mangus, batata-dos, kadjús, pinhas, bananas, os frutos da kabasera, marakudjás, senoras, sabolas, mankara, rapudjus, djagatús, malgetas e as barakas di karni di kabra, podemos encontrar tecidos de todas as cores e padrões africanos, os chamados "panos".

O interior do Mercado Central de Bissau.
Bem, os tomates sempre são maiores dos que se vendiam no Mercado de Bafatá!!!
Este mercado tinha bancadas de fruta coloridas e artesanato maioritariamente de países vizinhos como o Senegal e o Mali.


Outro aspecto do interior do Mercado Central de Bissau.
Panos e estatuetas estão em exposição, assim como pulseiras e outros adornos femininos.


Mais outro aspecto do interior do mercado central de Bissau.
Artigos variadíssimos estão em exposição. È só escolher e regatear o preço…


Outra perspectiva do mercado de Bissau.


A Caminho dos ADIDOS, Bissau - Imagem I


A Caminho dos ADIDOS, Bissau - Imagem II


Arredores de Bissau. As zonas mais pobres.

Ricardo Lemos




terça-feira, 17 de maio de 2011

P235: O REGRESSO: DULOMBI-LISBOA (3.ª PARTE)

Continuação da visita à cidade de Bissau. Relembramos que as fotos apresentadas foram obtidas no ano de 1972.
 Avenida da República. Ao fundo, o Palácio do Governador e a Praça do Império. À direita, visualiza-se a catedral de Bissau. Á esquerda, encoberta pelo arvoredo, frente à Sé Catedral, encontra-se a estação dos CTT. 

 A Sé Catedral de Bissau, situada na Avenida da República. Projecto de João Simões com a colaboração de Galhardo Zilhão (1945).

  Fortaleza São José d’Amura, de construção setecentista. 
A sua primitiva estrutura foi erguida por forças portuguesas a partir de 1696, sob o comando do capitão-mor José Pinheiro. Foi reconstruída em 1753, conforme planta do Frei Manuel de Vinhais Sarmento. A partir de 1766, foram-lhe introduzidas alterações no traçado, de autoria do Coronel Manoel Germano da Mota. Sofreu reparos de 1858 a 1860, dirigidos pelo Capitão Januário Corrêa de Almeida, engenheiro civil e militar.
No século XX, foi restaurada a partir da década de 1970, sob orientação do Arquitecto Luís Benavente.
A fortificação apresenta planta quadrangular em estilo Vauban, com baluartes pentagonais nos vértices. Em seus muros abriam-se 38 canhoneiras. No seu terrapleno erguem-se as edificações de serviço (Casa de Comando, Quartel de Tropa e Armazéns). A defesa do forte era complementada por uma paliçada que o unia a um pequeno forte à beira-mar, de planta quadrada, com duas canhoneiras pelo lado de terra.
Com a proclamação oficial da independência em 1974, como era natural de se esperar, a Fortaleza passou a pertencer de forma legítima às Forças Armadas Revolucionárias do Povo, (FARP), e nela passaram a funcionar: o Ministério da Defesa Nacional e o gabinete do Estado-Maior.
Em 1975 a instalação recebeu os restos mortais do mais ilustre filho da Guiné e Cabo-Verde, Amilcar Lopes Cabral, como também mais tarde recebeu igualmente outros destacados heróis nacionais, dentre eles, Francisco Mendes, Osvaldo Vieira, Titina Silá, e Pansau Na Isna. 

       Cine UDIB
       Situado na Avenida da República, a UDIB (União Desportiva Internacional de Bissau) era um clube, em cuja sede funcionava o cinema, onde havia um salão de baile e uma sala de jogos. Era o ponto de encontro da elite de Bissau, o local onde futebolistas, políticos, músicos e senhoras respeitadas cruzavam histórias.

Museu de Bissau, situado na Praça do Império

Aspectos I, do interior do Museu de Bissau

Aspectos II, do interior do Museu de Bissau

                        Aspectos III, do interior do Museu de Bissau
 

Estádio Lino Correia (1972)

Estádio Lino Correia (excepcionalmente, apresento uma imagem actual).

       A Óptica Barros, na Baixa da cidade. 

Outro aspecto das avenidas de Bissau, sempre limpas e asseadas, conforme ilustra a foto. A passadeira para peões ainda é visível, apesar da sua pintura se encontrar um pouco esbatida. Não me recordo do nome desta avenida. Por isso desafio os “bloguistas” a contactar o Fernando Barata, para darem a informação em falta.

Terminaremos a nossa visita a Bissau, relembrando esta cidade com imagens do ano de 1972, no próximo POST, o regresso: Dulombi-Lisboa (4.ª parte). Continuaremos depois a nossa viagem até ao Cumeré.

Ricardo Lemos.











sexta-feira, 13 de maio de 2011

P234: O REGRESSO: DULOMBI-LISBOA (2.ª PARTE)

Chegados a Bissau, e depois de cumpridas as formalidades logísticas de toda uma Companhia, partimos para o Cumeré transportados pelas Berliets.
Antes, era imprescindível dar umas voltas pela cidade de Bissau, tirar umas fotos para a posteridade e saborear um bom almoço num dos vários restaurantes da cidade.
Relembramos que as fotos apresentadas foram obtidas no ano de 1972, na ainda cosmopolita cidade de Bissau, e não nos reportaremos à actual situação da capital da Guiné-Bissau, aos novos nomes das ruas, avenidas e monumentos, como naturalmente acontece depois de uma guerra de descolonização, pois, geralmente, os símbolos anteriores tendem a serem substituídos rapidamente, sofrendo as normais vicissitudes da alteração de regimes políticos por via dos conflitos armados, havendo a adaptação da sociedade civil a transformações sociais profundas, marcadas pela necessidade de eliminar quaisquer vestígios físicos, históricos ou arquitectónicos, nascidos durante a vigência ou pela mão de outro regime anterior considerado hostil.
A Avenida Marginal e o cais de Pidjiguiti ao fundo, vendo-se o Ilhéu do Rei no horizonte.

 O rio Geba na maré baixa e o lodaçal sobressaindo das suas margens. Ao fundo, é visível o Ilhéu do Rei e, no cais, um navio encontra-se a descarregar a sua mercadoria.

 Avenida Marginal 
Com as suas palmeiras refrescantes a embelezar a paisagem. Ao fundo, um mar de gente observa o rio onde, uma leve brisa com cheiro a maresia, refresca o ambiente. Outros, caminham descontraídos pela Avenida ou descansam nos seus bancos de cimento, á sombra das verdejantes árvores.
Está na hora do almoço…
Em primeiro plano, o Moniz e o Timóteo. Ao fundo, o Barbosa, pensativo. 
No canto superior esquerdo, o Sargento José Avelino R. Teixeira, já falecido.
Um verde-branco fresquinho de “Casal Garcia”, acompanha o saboroso repasto de carne. A caixa da máquina fotográfica é visível em cima da mesa. Quem seria o fotógrafo? Do lado direito, a seguir ao Timóteo, encontra-se o Fonseca e o Lemos. Do lado esquerdo, a seguir ao Moniz, encontra-se o Soares, o Maria (condutor) e o “Seringas”.

Está na hora de dar uma volta pela cidade e rever alguns locais mais emblemáticos.
Estes são os monumentos que consegui “congelar”….

 Palácio do Governador (Spínola).
A bandeira portuguesa flutua ao vento.
Excepcionalmente, não posso deixar de mencionar a destruição que sofreu este “Palácio Presidencial” durante a guerra civil de 1998, devastado e incendiado pela Junta Militar. Foi horrível.

 Praça do Império e Palácio do Governador. Ao centro, Monumento ao Esforço da Raça, de autoria do Arquitecto Ponce de Castro 

 Liceu Honório Barreto.

Honório Pereira Barreto, nasceu em Cacheu no dia 24-04-1813 e faleceu em Bissau em 26-04-1859. Os guineenses devem as suas fronteiras a este filho de mãe guineense e pai cabo-verdiano, pois era bem provável que, se não fosse a sua capacidade de liderança perspicácia e visão, a Guiné-Bissau, que hoje é um país pequeno (36.125 km2, cerca de um terço de Portugal) seria menor ainda.
No seu tempo, a região de Casamança (ou Casamance), que hoje pertence ao Senegal, era guineense, e Honório fez de tudo para que assim permanecesse. Infelizmente, o sistema ao qual ele estava inserido era de uma inércia e languidez insuportável, e os seus alertas constantes encontraram ouvidos moucos perante as autoridades portuguesas, que anos depois de sua morte, em 1888, entregariam de mão beijada a região à França.
Honório Pereira Barreto foi administrador (o posto de governador foi criado muito depois de sua morte; administrador era o título de maior autoridade da então colónia). Levando em conta, novamente, o facto de que nem antes nem depois dele outro nativo em todo o Império português conseguiria igualar o seu feito, é de se admirar a conquista deste guineense. A melhor explicação que pode haver para três mandatos (em três épocas diferentes) é que ele era um verdadeiro estadista.
O lado obscuro da sua biografia é que, numa época em que o comércio de escravos estava a entrar em extinção (Portugal havia há muito abolido o tráfico, mas alguns focos continuavam nos seus domínios), Barreto consolidava na região de Cacheu um lucrativo comércio de variados produtos e, em especial, o de escravos.

Praça de Portugal com a estátua de Honório Barreto.

 Largo com a estátua de Nuno Tristão, situada no final da Avenida da República. À esquerda, o edifício da Casa Gouveia, (actualmente é o Armazém do Povo). Ao fundo, o Palácio do Governador e a Praça do Império. À direita, ainda se pode visualizar a catedral de Bissau.

Nuno Tristão foi um navegador português do século XV, explorador e mercador de escravos na costa ocidental africana. Foi o primeiro europeu que se sabe ter atingido o território da actual Guiné-bissau, iniciando entre os portugueses e os povos daquela região um relacionamento comercial e colonial que se prolongaria até 1974.
Em 1441, Nuno Tristão e Antão Gonçalves foram enviados pelo Infante D. Henrique com a missão de explorar a costa ocidental da África a sul do Cabo Branco. Integrando um mouro que actuava como intérprete, Tristão, a expedição liderada por Nuno Tristão ultrapassou aquele Cabo, à altura o ponto mais meridional atingido pelos exploradores europeus, e durante dois anos permaneceu nas águas do noroeste africano, avançando até ao Golfo de Arguim, na actual costa da Mauritânia, onde adquiriram 28 escravos.
Em 1445 navegou até à região da Guiné, encontrando uma terra, que, em contraste com as regiões desérticas a norte, existiam muitas palmeiras e outras árvores e os campos pareciam férteis. Em 1446 Nuno Tristão desembarcou nas proximidades da actual cidade de Bissau, iniciando uma presença portuguesa na região que se prolongaria por quase 500 anos.
Nuno Tristão foi morto em data desconhecida, provavelmente no ano de 1446, durante um assalto destinado à captura de escravos, ocorrido na costa africana, cerca de 320 km a sul de Cabo Verde.

 A Avenida Principal vista do Palácio do Governador. Bem lá no fundo, o rio Geba.

Continuaremos a nossa visita a Bissau, relembrando esta cidade com imagens do ano de 1972, no próximo POST.: O regresso: Dulombi-Lisboa (3ªparte).

Ricardo Lemos

segunda-feira, 9 de maio de 2011

P233: XVIII ENCONTRO DOS NOSSOS "MANOS" DO BATALHÃO

Tomo a liberdade de divulgar o próximo Encontro do nosso Batalhão, que se realiza a 11 de Junho, na Maia

sábado, 7 de maio de 2011

P232: O REGRESSO: DULOMBI-LISBOA (1.ª PARTE) - RICARDO LEMOS

A 23 de Janeiro de 1972 chega a Dulombi a C. Caç. 3491 para nos render.
Era imprescindível preparar a recepção aos novos elementos “periquitos”, e uma das formas encontradas foi dedicar-lhes um verso de boas vindas, da autoria dos elementos da “ferrugem”, conforme mostra a placa abaixo:

Ó PIRIQUITOS,
NÃO VALE A PENA CHORAR
A VELHICE,
DESEJA-VOS BOA SORTE,
ATÉ A COMISSÃO ACABAR

Uma equipa da “Rádio e Televisão de Dulombi” preparou ao pormenor todo um conjunto de sofisticado material de informação, para, com todo o profissionalismo, realizar a reportagem da chegada da nova Companhia a Dulombi. A chefia da recepção ansiosamente aguardada recaiu no nosso “capitão-básico”, conforme já divulgado no nosso POST 185, e a transmissão em directo da chegada dos camiões transportando a C. Caç. 3491, foi realizada pela R.T.D. Uma das câmaras utilizadas, montada no Unimog 404 de matrícula MG-06-96, é mostrada na imagem abaixo:
                                                          Câmara da R.T.D.

Os nossos fotógrafos profissionais, logo à chegada da coluna transportando a nova Companhia, registaram as primeiras imagens do momento, às portas da tabanca de Dulombi.
A azáfama era grande, pois havia que orientar o acondicionamento de todos os camiões dentro da área protegida da tabanca, estar vigilante em relação ao “inimigo”, e preparar todo o sistema de integração nas instalações existentes, de uma nova Companhia, que iria coabitar durante seis semanas com a “velha” Companhia 2700.  

 Dia 23 de Janeiro de 1972: A imagem elucida o momento de encontro das duas Companhias. No lado esquerdo, é visível o carro-reportagem da R.T.D. A confraternização e a curiosidade, o desconhecido e a esperança de um fim de ciclo, é o que nos transmite o momento exacto do clique da máquina fotográfica!

         Na imagem, é visível a chegada dos camiões preparando-se para estacionarem no campo de futebol de Dulombi.

Os camiões, arrefecem os seus motores… Os militares da C. Caç. 3491 começam a apear-se… O encontro e a confraternização iniciam-se…O desconhecido permanece… A descoberta começa…A ansiedade da chegada está presente… O pensamento da partida está no ar…
No dia 10 de Março de 1972 termina a responsabilidade da nossa Companhia no subsector de Dulombi. No dia 11 de Março a Companhia parte com destino a Bissau e depois para Cumeré, para aí aguardar transporte aéreo para a metrópole, o que virá a acontecer no dia 22 de Março.

A nossa chegada a Bissau numa LDG.

A Lancha de Desembarque Grande, preparando-se para atracar no cais de Bissau.

 O momento de atracagem no cais de Bissau. A bagagem de mão é visível no centro da lancha. Para muitos, foi um momento de alívio, pela missão cumprida. A hora da chegada à metrópole estava bem perto…

        Antes da partida para Cumeré, iremos realizar uma visita a Bissau, relembrando esta cidade com imagens do ano de 1972, no próximo POST.: O regresso: Dulombi-Lisboa (2ªparte).


Ricardo Lemos.