O Jorge Cunha tem a profissão de Barbeiro.
Tem dois filhos e 3 netos.
Um abraço do Jorge Cunha para todos os Dulombianos.
O Jorge Cunha, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 8 de Fevereiro de 2011.
2011
Accionamento da mina A/C na estrada Dulombi-Galomaro
Aconteceu no dia 5 de Outubro de 1971, numa coluna que se dirigia para Bafatá. Na picada de Dulombi-Galomaro foi accionada uma mina anti-carro, pelo rodado dianteiro direito do Unimog 404, conduzido pelo Manuel Faria.
Neste outro momento negro vivido pela nossa Companhia resultou a morte do soldado Luís Vasco Fernandes, de S. João da Pesqueira, tendo havido mais 2 feridos graves, sendo um dos feridos o Jorge Cunha. O outro foi o Virgílio Luís Pinheiro Brilha.
De imediato foi accionado o pedido de auxílio. Os 4 soldados mencionados foram transportados para Nova Lamego e depois para Bissau, num helicóptero das forças armadas.
Os feridos graves foram evacuados para a Metrópole. O Jorge Cunha esteve em Bissau cerca de 20 dias, doze dos quais em estado de coma. Esteve internado no Hospital anexo de Campolide, em Lisboa, cerca de dois anos. Está reformado como deficiente das forças armadas, com uma deficiência de 67.20%, segundo dados do Ministério da Defesa Nacional do Exército Português, desde 31 de Maio de 1976.
Narra o Manuel Cunha que não se lembra de nada, após o accionamento da mina. Após 12 dias em estado de coma é que se apercebeu do que tinha acontecido. Mais diz que o seu estado era muito grave até ao ponto do sacerdote do hospital ter sido chamado para lhe dar os últimos sacramentos.
Felizmente sobreviveu ao acidente, embora com graves lesões nos dois pés. Foi submetido a várias operações cirúrgicas, já em Lisboa. A recuperação funcional foi feita praticamente em casa.
Lembra-se que o tratamento recebido no Hospital era muito deficiente, tanto nos tratamentos como nos meios auxiliares de enfermagem, relativamente às necessidades do dia a dia. A alimentação também era muito fraca, segundo a opinião do Cunha. Contudo, pensa que todos estes inconvenientes eram devidos à sobrelotação do hospital, sendo os meios disponíveis insuficientes para tantos feridos em combate.
(Nota: Ver as Relíquias Fotográficas do Manuel Faria, onde se narra com outros pormenores este acidente).
O Jorge Cunha e o Brilha, no hospital de Bissau. O Cunha tem os pés e pernas engessados até à anca.
Foto de 3 de Maio de 1972: O Jorge Cunha e o Fernandino, jogando uma partida de sueca, no anexo hospitalar de Campolide, em Lisboa.
O Jorge Cunha exercendo a sua arte extra em Dulombi. O cliente é o Marinho.
Reparem para a cadeira do barbeiro!!! O Ramos – viva o luxo, até já tinha oferta de leitura enquanto se submetia ao corte profissional do “barbeiro” Cunha…
O José da Silva Ribeiro, segundo as regras da ASAE, a tratar do seu corte de cabelo profissional, para assim poder exercer a sua arte de padeiro. O responsável é o “artista” Cunha.
O Jorge Cunha, no interior da enfermaria, a executar o registo dos doentes.
Ao fundo, as prateleiras dos medicamentos.
O Furriel Maurício a ser tratado pelo Cunha. Será que doeu muito?
Desta vez é o Simões recebendo cuidados na enfermaria.
O Cunha com o correio na mão, para ser enviado para a Metrópole, e o condutor Sá.
Foto de 8-2-1971: a equipa de enfermagem de Dulombi
(Gaspar, Alves, Santos e Cunha)
Terraço, Enf. Gaspar, Brilha, Vítor Rodrigues, Franco (pertencente ao Batalhão de Engenharia), cond. Rodrigues e Enf. Cunha…e o Zarco.
Matança do porco comprado pelo Jorge Cunha em Bafatá.
Armindo Ramos, Enf. Cunha, Albino Piedade, Prata e Teixeira Pinto.
Bebendo umas “bazucas”
Reconhecemos na 1.ª posição o Leitão da Silva, na 2.ª o Lopes, na 3.ª o Almeida, na 4.ª o Veras (2.º Pel.), na 5.ª o Gaspar, depois Teixeira Pinto, Albino Piedade, Vaquinhas e na 9.ª o Cunha.
Coluna de reabastecimento a Dulombi passando pela ponte de madeira situada nos arredores de Bafatá.
Furriel Costa, enf. Cunha, Ventura, enf. Santos e "vice-vagomestre" Fernando. Ao volante o cond. "Braga".
O Jorge Cunha com a juventude Dulombiana.
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