quinta-feira, 31 de julho de 2014

P530: EM AGOSTO FAZEM ANOS

02 - Bernardo Franco









04 - Arlindo Gonçalves


09 - Tancredo Pedroso
 









15 - Belmiro Moreira

24 - António Reis Guerreiro





26 - António Francisco de Almeida
 









27 - António Madureira










28 - José Silva Guerra









31 - José Silva Santos

terça-feira, 29 de julho de 2014

P529: FALECEU O CAMARADA CARLOS TAVARES CORREIA



Mais uma vez, este é um daqueles Posts que a todos entristecem e nos constrangem a publicar.
O nosso companheiro, Tenente-Coronel Carlos Correia (alferes do 1.º Pelotão) acaba de nos deixar. 
O funeral realiza-se quarta-feira (30 de Julho). O seu corpo ficará em câmara ardente, na Igreja do Entroncamento, onde se realizará missa pelas 10 horas. Após este acto seguirá para o Cemitério da mesma localidade.
Paz à sua alma.

quarta-feira, 23 de julho de 2014

P528: À LAIA DE RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS - O FOTOGÉNICO SEMBA

            O Semba era uma das figuras típicas que se deambulavam por Dulombi e que muito bem soube inserir-se dentro da nossa Companhia. 
            Ao gravitar junto dos cozinheiros demonstrou um apurado sentido de sobrevivência e pela sua simpatia grangeou a admiração de todos nós. 
            Era-nos extremamente útil quando queriamos arranjar carregadores para as operações ou para nos descobrir dentro da população quem teria um frango ou um cabrito para vender.          Desenrascava-se, também, muito bem como nosso intérprete junto da população
           Tive comhecimento, através do indivíduo de Dulombi que tem um estabelecimento comercial em Sacavém, que o Semba já faleceu.

Como ajudante de cozinheiro. Levando a prova do rancho ao nosso Comandante.

Inserido num convívio com Vieira, enf. Gaspar, Carvalho e corneteiro Gaspar.

Na Cozinha, com Euclides, "Russo", Gaspar, Machado e Luís Vasco Fernandes


Com os cozinheiros, um milícia e dois jovens dulombianos.

Com a equipa da "ferrugem".

 
Almoço do 4.º Pelotão, em Bafatá. Semba olha atento para algo que se encontra na mesa.

Com, Marinho, Rosa, Gonçalves e Cardoso

Qual seria o parceiro que figura na foto que o Semba está a meter no bolso da camisa?

Como não poderia deixar de ser, novamente, na "paparoca", desta vez na Padaria, na companhia do Ribeiro e Nunes.

No team dos cozinheiros, destoam os atiradores "Matosinhos", Brito, Ribeiro e Cruz.

Cozinha e bem regados!!!!

Com os condutores, "Fafe", Vieira e Cardoso.

Como que um agradecimento na despedida, simbolizado no Borges, pela forma como foi tratado pela 2700.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

P527: ESPECTÁCULOS EM GALOMARO (1970/72) - ANTÓNIO TAVARES

           A maioria dos cerca de 150 jovens que formavam a CCS/BCaç. 2912 eram alegres. As suas comocidades contagiavam o mais sisudo dos camaradas. O contentamento destes jovens, por vezes, fazia esquecer o teatro de operações do CTIGuiné. Seria possível?
Em Galomaro (COSSÉ) não faltaram as mais diversas festas cujos actores eram prata da casa.
Tínhamos um palhaço profissional, dono de um circo, que era muito estimado pelos guinéus.
Fazia parte do grupo teatral da CCS que actuava em Galomaro e no Cinema de Bafatá, sempre com casa cheia de civis e militares.
Piadas da época nunca era problema quer para ele quer para os outros comediantes.
OS MANGAS DO COSSÉ (CCS/BCaç.2912) onde actuassem tinham sucesso. No futebol de cinco também eram bons. Nos torneios de Bafatá ficavam sempre classificados nos dois primeiros lugares.
O pessoal do COSSÉ, quer OS GALOS, nossos velhinhos, da CCS/BCaç.2851, quer OS MANGAS, eram populares e estimados pelas gentes de Bafatá. Os GALOS eram famosos no futebol.
Volta e meia recebíamos a visita de um furriel miliciano do Destacamento de Fotografia e Cinema dos Serviços de Transmissões do Exército que acarretava os instrumentos necessários para a exibição de um ou dois filmes no quartel de Galomaro.
O civil Manuel Joaquim com a sua célebre camioneta e apetrechos para projecção cinematográfica também visitava a população de Galomaro e as tropas. Estas vestiam-se à civil para pagar o preço mais barato do bilhete de entrada no recinto de exibição do filme. Os militares pagavam segundo as classes.
Algumas imagens: 

 Com 59 dias no CTIGuiné ainda havia folia para recordar as marchas dos Santos Populares.

No pelado de Galomaro algumas das “vedetas” em jogo treino.

“OS MANGAS DO COSSÉ” em palco.

Na imagem vemos, da esquerda para a direita: Isabel, Tino Costa, Eva Maria e Fernando Correia que, em 31/03/1971, visitaram Galomaro. O CMDT do batalhão agradece a visita.

No palco improvisado vemos o Tino Costa, Eva Maria e Fernando Correia em actuação.

Na parada do quartel a maioria da plateia da CCaç.2699 e da CCS do BCaç.2912 está a viver e a gostar do espectáculo de quarta-feira 31 de Março de 1971. Espectáculo que ajudava a manter o moral das tropas. 

Em 1971 a Páscoa Cristã foi no dia 11 de Abril desde logo este espectáculo esteve incluído nessa festa.
No verso das medalhas recebidas fica-nos, nestas fotos, a recordação, que é o mais relevante, de alguns dos camaradas feridos e mortos em combate de Maio de 1970 a Março de 1972.
Espectáculos associados a “UMA GUINÉ MELHOR”, a PSICO do COMCHEFE do Comando Territorial Independente da Guiné, nos anos de 1963 a 1974.

(Escrito de acordo com a antiga ortografia)

António Tavares
Foz do Douro, quarta-feira 16 de Julho de 2014

sexta-feira, 11 de julho de 2014

P526: AS TRANSMISSÕES EM DULOMBI - SILVA SOARES



A secção de Transmissões era composta pelo Furriel, 2 operadores críptico, 3 radiotelegrafistas e 5 radiotelefonistas ou transmissões.

- Ao operador cripto cabia a missão de tratar toda e qualquer mensagem de forma a não ser perceptível pelo inimigo, caso fosse interceptada, e para isso todo o texto era codificado, e só depois encaminhado. Fazia o contrário, ou seja descodificava quando a mensagem era recebida.

- O radiotelegrafista, tinha por missão a transmissão e recepção de toda a comunicação através do sistema de Morse (telegrafia), estando também preparado para o fazer em Fonia (voz).

- O radiotelefonista ou transmissões, tinha por missão o mesmo papel do radiotelegrafista, mas só através do sistema de fonia (voz).

Na 2700, assim como nas outras duas companhias operacionais do nosso batalhão (2699 e 2701) não funcionava o sistema de telegrafia, e tanto quanto sei, por decisão do comando de transmissões do batalhão. Apenas na CCS o sistema funcionava, e nas redes exteriores (rede de sector, que incluía todos os batalhões do sector leste e ligações com Bissau). Desta forma, e de início, todos fazíamos o mesmo serviço, isto é: serviço de transmissões sempre que havia qualquer saída do acampamento, operações, serviço de posto de rádio etc. Foi precisamente a mim, que pelo número mecanográfico era considerado o mais velho, e pela resistência de todos os restantes elementos da secção em aceitar o sistema de sorteio para ordenar a escala a seguir, e tendo sido decidido seguir-se o método do mais velho, que caiu a sorte de ser o primeiro a dar o corpo ao manifesto e partir para a guerra. AMIGOS, ah !!!. Assim, fui o transmissões de serviço aquando da primeira saída da companhia ao Paiai, aonde o objectivo era montar uma emboscada que felizmente não aconteceu porque o IN estava de férias. Também estive na  primeira operação ao Jifim, tendo feito mais alguns serviços do género, mas já seguindo a ordem de saída.

A partir de determinada altura, e isto ainda com pouco tempo de comissão, e por ordem superior (não sei de quem) o serviço de rádio tinha de estar activo 24 horas sobre 24, o que até aí não acontecia como é de ver. E, então, essa tarefa ficaria a cargo dos telegrafistas, enquanto os telefonistas ficariam só com o serviço de exterior. E assim foi até ao fim da comissão. Entretanto, por volta do 4.º / 5.º mês de comissão, acontece a morte de um dos telegrafistas da CCS por afogamento no rio Corubal, no Saltinho, tendo o Oficial de transmissões ordenado a minha deslocação para Galomaro até que chegasse um elemento de rendição individual para seu lugar, onde estive cerca de seis meses, o tempo que levou o indivíduo a chegar e a estar apto a render-me.

O tipo de aparelhos que tínhamos ao nosso dispor:

Para além do RACAL
que era sem dúvida o mais conhecido, até porque foi o aparelho utilizado durante mais tempo, tínhamos, creio que dois SHARP, que eram uns aparelhos bastante pequenos, quase tipo rádio de bolso, e que se destinavam a transmissões de curto alcance e que na prática pouco foram utilizados, até porque não se lhes era reconhecia grande utilidade. Depois havia o AN-PRC10,
que juntamente com o CHP-1,
o popular banana, foram os rádios de serviço durante os primeiros tempos. Ambos podiam funcionar com antena incorporada, ou ligado a uma antena fixa. Certamente ainda alguém se lembrará duma dessas antenas montada sobre uma árvore ao lado do abrigo de transmissões durante a primeira metade da comissão, mesmo ao lado da tabanca do chefe do Paiai, e por detrás do forno de cozer o pão. Havia, ainda, os DHS e DHS-1,
que eram precisamente o mesmo aparelho, só com a diferença de o DHS-1 ter amplificador e daí um poder de alcance maior que o DHS. Também não foram muito utilizados, porque entretanto, chegou até nós o RACAL. que foi sem dúvida o último grito à altura no sistema de comunicações, já que para além de ser um aparelho novo (o único), era também de fácil manejo, e trabalhando no sistema de canais e em frequência modelada, não sofria qualquer interferência causada quer por situações atmosféricas, ou outras. Depois, havia, está claro, o famoso AN-GRC9,
que segundo reza a história, foi estrela durante a segunda guerra mundial, e que está claro, tinha de vir parar ao Exército Português. Era um aparelho enorme que só se podia utilizar fixo, ou então instalado numa viatura. Era o emissor/recetor usado pelos telegrafistas no sistema de morse, mas também no sistema de voz. Tinha um longo alcance, e era através dele que fazíamos a ligação com Bissau para serviço de emergência, evacuações, etc.

Era um aparelho complicado, porque era composto por duas partes distintas: a parte superior que era a maior, era o emissor, sendo a parte inferior o receptor, e para que funcionasse  era necessário sintonizar as frequências de ambas as partes, o que muitas vezes era problemático sobretudo se houvesse nevoeiro, trovoadas, ou bastante humidade. As interferências eram de tal ordem que chegavam a impossibilitar qualquer transmissão ou recepção, e deram origem a cenas terríveis como aconteceu naquele fatídico dia 10 de Agosto de 1970, em que sofremos a 1.ª baixa, o CARRASQUEIRA. Tendo sido recebida via rádio a informação do sucedido, com a existência de feridos graves e mortos, e dado de imediato conhecimento ao Capitão que ordenou  o pedido de evacuação, por mais que se tente não é possível a ligação, não só com Bissau mas também com Galomaro para que pudesse servir de intermediário no pedido de evacuação. É o desespero dentro daquele acanhado posto de rádio com o Capitão, Furriel enfermeiro, Rico, pessoal de transmissões, ... tudo numa luta de doidos, mas ... o velho  AN-GRC9 não colabora. Até que o pessoal começa a chegar ao acampamento, e toda a gente vai saindo para se inteirar da situação e para ajudar no que pudesse. Fiquei eu, que estava de serviço, mais um outro colega que não me recordo quem, recordo sim que depois de mais algumas tentativas sem resultado, agarrei o rádio por aquele sistema de tubos exteriores, dei-lhe duas valentes abanadelas contra a barreira do abrigo e foi também juntar-me ao restante pessoal que já tentava desesperadamente salvar o CARRASQUEIRA. O furriel enfermeiro que gritava como um louco: "CARRASQUEIRA NÃO MORRAS, CARRASQUEIRA NÃO MORRAS". Pediu voluntários para a respiração boca a boca, a que eu não hesitei, embora nunca o tivesse feito, só que ... o CARRASQEIRA não aguenta e ... apaga-se. A partir daqui, foi o que toda a gente sabe... Coincidência?...   Agora que já nada havia a fazer, o velho e teimoso aparelho está em condições de fazer o que for necessário. Certamente que não foi por se ter conseguido ou não fazer a ligação na devida altura que as coisas aconteceram como aconteceram, mas que é frustrante, e que nos deixa com um sentimento de culpa, sem a termos, também é verdade.

quinta-feira, 3 de julho de 2014

P525: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO FERNANDINO ALMEIDA

            Fernandino da Silva Almeida é natural de Magueija (Lamego) e vive em Paços de Arcos. Pertencia ao 4.º Pelotão sob o comando do alferes Barros.
É casado. Tem uma filha, um neto e uma BISNETA.
Era funcionário da PT e, tal como todos nós, encontra-se reformado.

Um abraço forte e sentido do Fernandino para todos os Dulombianos.
O Fernandino Almeida completa 66 anos no dia 11/11/2014

Pelo facto de nunca ter estado presente em qualquer Convívio da Companhia, tal levou-nos a pensar que o Fernandino não quereria estar associado a tudo que lhe recordasse os maus momentos vividos naquele fatídico dia de 25 de Maio de 1971.
Puro engano. Para o Fernandino os camaradas da 2700 continuam na sua memória (reconhecia rapidamente todos os elementos que constavam nas fotos que possui) e até pelo facto de passados 43 anos continuar a guardar, religiosamente, dois guardanapos que afirmam dois jantares tidos em Bafatá.


Todos devem estar recordados daquele cair de tarde do dia 25 de Maio de 1971.
Um forte tornado levantou o telhado do edifício do Comando tendo este na sua queda atingido o Fernandino.
Daqui resultou-lhe a fractura exposta da tíbia e do perónio. Recordo-me que, embora ainda fosse dia mas como já estávamos no cair da tarde os helis de Bissau recusaram-se a prestar socorro pelo que num acto de coragem e abnegação extrema, meia dúzia de valorosos colegas meteram-se à estrada, num Unimog, (sem picagem) em direcção a Bafatá, local onde lhe poderiam ser prestados melhores cuidados que em Dulombi ou Galomaro.
Depois seguiu-se um autêntico calvário. Primeiro a probabilidade de lhe ser cortada a perna ao nível da fractura, depois as sucessivas operações de reconstituição da pele.
Contou-me que quando chegou ao Hospital de Bissau foi-lhe, logo, diagnosticado o corte da perna, contudo ouviu alguém dizer: "é melhor esperar pelo Dr. Carlos Pereira (Director dos Serviços de Ortopedia) que chega amanhã de férias". Não fora tal e neste momento o Fernandino estava com uma prótese. Seguiram-se 11 operações (4 ainda em Bissau e 7, já, em Portugal) para reconstituir o tecido junto ao local da fractura.
A compor o "ramalhete" o Fernandino suportou também o peso daquela estrutura que lhe danificou uma vértebra não lhe permitindo estar sentado mais que 15 minutos e também sentir enormes dores quando se desloca em qualquer meio de transporte. É esta a razão da sua ausência nos nossos convívios.

No IAO, em Santa Margarida.
Manuel da Costa, Fernando Silva, Ramiro Oliveira, "Bolinhas", Adriano Francisco, "Judeu" e de joelhos o Fernandino.

Fur. Alves, Fernando Ramos, cond. Carvalho, Almeida, enf. Gaspar, Fernandino e "Judeu".
Cond. Sá, enf. Santos, alf. Barros, Armindo Ramos, Maia da Cunha e enf. Cunha.

Fernandino, Fernando Silva e Armindo Sousa.

Selecção de Dulombi
Cap. Carlos Gomes, Terraço, Fernandino, "Vila Real", Quintas, Marinho. Fernando e "Meirim"
1.º plano: "Fafe", alf. Balça, Fernando Correia, Vila Franca, Costa e Natalino.




Para todos os gostos
4.º Pelotão, equipado à Benfica e à Sporting!!!
Fernandino, Miguel, Marinho, Fernando Silva e "Judeu".
Em baixo: enf. Cunha, Armindo Sousa, Alcino, Brito e Ramiro

No Hospital, em Bissau, na companhia do fur. Moniz que também sofreu as suas sequelas no tornado.

No Hospital da Estrela, na companha do Maia da Cunha e do Brilha.

O Fernandino transmitiu-me que gostaria muito de contactar os seus colegas (principalmente os do 4. pelotão, pelo que, se quiserem, lhe podem telefonar para o n.º 214 412 156.

NOTA - O Fernandino Almeida, também, poderá ser visualizado nos seguintes Posts:  242, 249, 254, 263, 268, 277, 373, 384, 400, 404, 410, 416, 472, 485 e 505.

quarta-feira, 2 de julho de 2014

P524: EM JULHO FAZEM ANOS

2 - Francisco Teixeira Pinto










4 - Fernando Rodrigues









7 - Alfredo Lopes Ribeiro









12 - José Porfírio Gaspar









14 - Miguel Carvalho Teixeira










25 - Arão de Freitas Simões









28 - Leandro Gonçalves