terça-feira, 24 de março de 2015
domingo, 22 de março de 2015
P561: HOMENAGEM DA "FERRUGEM" AO DAVID JORGE - RICARDO LEMOS
HOMENAGEM DA “FERRUGEM” (MECÂNICOS E CONDUTORES)
AO CAMARADA DAVID JORGE NO 30º DIA DO SEU FALECIMENTO
19 de Fevereiro de 2015
A Igreja adoptou a tradição de celebrar missa no 7.º dia, no 30.º dia e no dia do
aniversário do falecimento do membro da comunidade, dando-lhe, é claro, um
sentido espiritual. A celebração do 7.º dia é associada à criação operada por
Deus ao longo de seis dias, sendo que no sétimo descansou.
No
30.º dia ou no aniversário de um ano de falecimento, não há associações
especiais. Simplesmente são datas que sinalizam a marcha do tempo que vai
passando. A saudade, entretanto, está presente no coração de quem fica.
Sendo
assim, a saudade está presente em todos os camaradas da “Ferrugem”,
designadamente os Mecânicos e Condutores com quem o David Coelho Jorge mais
conviveu como ajudante dos mecânicos da nossa Companhia, apesar de, nos
primeiros meses de comissão exercer a sua especialidade de atirador do 1.º
pelotão.
Exma. Senhora Irene (Esposa),
filho e neta do David Jorge
Em nome dos camaradas mecânicos
e condutores da 2700, vimos por meio desta mensagem expor todo o nosso
sentimento pela vossa perda recente e relembrar o 30.º dia do falecimento do
David com pesar e saudade.
Que Deus ilumine e console a
vossa vida.
segunda-feira, 16 de março de 2015
P560: FALECIMENTO DO CHEFE DE TABANCA DE DULOMBI
Culubali, ao centro, ladeado por dois elementos do PAIGC |
Acabo de ter conhecimento, através do notícia transmitida pelo Gil Ramos e corroborada por seu neto, Ussumane Culubali, que faleceu o Chefe de Tabanca de Dulombi, Ousmane Culubali.
Era o nosso interlocutor sempre que alguma directiva tinha que ser transmitida à população.
Paz à sua alma
Chefe Culubali na companhia do seu filho Mussa, também, já falecido |
sexta-feira, 13 de março de 2015
P559: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS (PARTE IV)
Com 79 Relíquias Fotográficas conseguidas e narradas nos temas anteriores, continuei a receber via correio normal e via correio electrónico mais fotografias da vida quotidiana de Dulombi, das suas gentes, das peripécias dos nossos combatentes, das paisagens de Dulombi, Galomaro e Bafatá, das acções militares dos nossos pelotões, dos momentos de lazer e descanso da Companhia, entre outros temas muitos diversificados.
As
participações restantes por estas vias, foram as seguintes:
De
Setúbal, o Carlos Calado
Da
Moita, o Manuel Portugal
Do
Caramulo, o Fernando Silva “Cangalheiro”
De
Borba, o Baltasar Bilro
De
Ponte de Sôr, o Leandro Gonçalves
De
Vendas Novas, o Luís Telha
De
Vila Nova da Barquinha, o João Costa Fernandes
De
Barcarena, o José da Silva Guerra
De
Santarém, o João Fonseca Costa
Da
Amadora, o Joaquim Alves
De
Coimbra, o Hélder Balça
Dos
Açores, o António Silva, o Carlos Barbosa e o Timóteo
De
Lagoa, o Pina Bentes, o José Franco e o Serafim Silva
De
Queluz, o Domingos Lemos
E
do estrangeiro:
De
França, o Arnaldo Costa, Custódio Presa, Luís de Carvalho, Serafim
Vieira, André Correia,
Eduardo Francisco e o Belarmino
Vaz Pereira.
Da
Alemanha, Arlindo Gonçalves e o Fernando Fernandes.
Dos
Estados Unidos da América, o Francisco Pinheiro e o José Santos.
Da
Suíça, o Valdemar Ferreira.
Foram
mais 30 participações, muitas delas com contornos de pesquisa difíceis,
relativamente às novas moradas dos nossos camaradas emigrantes.
De
Portugal, consegui encontrar o José da Silva Guerra, em Barcarena. Já corria o
boato do seu falecimento.
Decorriam
as publicações das Relíquias Fotográficas no nosso Site e, de quando em vez,
aparecia nas fotografias o Franco, do reordenamento, elemento que já se encontrava
em Dulombi, aquando da nossa chegada. Cheguei a pensar que seria impossível
encontrar este elemento, visto que só se sabia que se chamava Franco e nada
mais. Quando enviei umas fotos para o Pina Bentes com a esperança de ele identificar
alguns elementos não reconhecidos por mim nem pelo Barata, qual o meu espanto
quando o Pina Bentes me disse que reconhecia o Franco e que morava perto dele,
em Lagoa. E mais, também reconhecia o Serafim Silva, que esteve em Dulombi
cerca de 1 mês, também pertencente à Engenharia e… era mais um elemento que
morava em Lagoa…
Obrigado,
Pina Bentes, pela ajuda.
Dos
Açores, consegui contactar o António Silva pertencente à Engenharia, elemento
descrito nas memórias do Fernando Barata. Segundo me lembro, foi pela Internet
que consegui alguns nomes idênticos. Por tentativas, fui telefonando e
questionando os “Antónios Silvas” que me atendiam até que…acertei, quando me
atenderam da Praia do Almoxarife, Faial. Obrigado António Silva pela forma como
fui atendido e pela colaboração e simpatia com que fui presenteado. Ficámos
amigos.
Mais
difícil foi encontrar o Domingos Lemos. A lista do Timóteo referenciava que ele
morava em Ribeira de Pena, lugar de Friume. Organizei um passeio a esta Vila,
pertencente ao distrito de Vila Real. Cheguei a Friúme, por caminhos estreitos
e montanhosos e logo procurei o Domingos Lemos. Até que encontrei um café, na
aldeia, pertencente a uma sua irmã. Fiquei a saber que o Domingos Lemos já não
morava em Friume, mas sim em Oeiras. Os contactos foram-me cedidos depois de um diálogo
explicativo relativamente aos meus objectivos.
Os
meus agradecimentos aos familiares do Domingos, moradores em Friume.
Relativamente
aos camaradas emigrantes as dificuldades redobraram. Cada um tem a sua
história. Ora vejamos:
Encontrar
o “Estraga”, o nosso condutor dos Unimogs, foi complicado. A direcção que
dispunha era de uma rua da cidade da Maia, distrito do Porto. Lá me desloquei à
residência indicada, mas já lá não morava. Contudo, perguntando nas casas
vizinhas pelo Arnaldo Costa, recebi a informação que familiares dele moravam
numa rua próxima, onde me dirigi. Fiquei sabendo que não seria fácil obter
dados dele, pois havia desavenças entre as famílias. Contudo e com diplomacia,
lá consegui trazer um número de telefone de uma irmã, que morava numa freguesia
vizinha. Passados alguns dias telefonei para esse número e lá consegui obter o
número do telefone do “Estraga”, que se encontrava emigrado em França. A forma
como o Arnaldo me atendeu foi de surpresa e de contentamento pelo contacto com
o seu antigo furriel mecânico. Foi extremamente simpático e, hoje em dia, temos
contactos por e-mails. Um abraço, Arnaldo, e um muito obrigado.
Relativamente
ao condutor Serafim Vieira, também andei perdido por Vilar de Andorinho, Vila
Nova de Gaia. Percorri ruas e vielas indicadas na lista do Timóteo, mas nessas
ruas e vielas só havia ruínas…nada do Serafim. Na localidade ninguém se
lembrava dele. Considerei um caso perdido…até que recebi uma informação
confidencial de uma morada em França. Lá escrevi para essa morada, mas…o
Serafim também já lá não morava, tinha mudado de residência. Contudo, a
competência dos Correios Franceses foi tal, que me descobriram a nova morada.
Assim houve o primeiro contacto com o Serafim, por telefone. Depois, por carta.
Finalmente houve um encontro em Matosinhos, para bebermos uns copos. Temos
contactos regulares por telefone. Um abraço, Serafim, pela simpatia e
colaboração prestada.
O
André Correia e o Francisco Pinheiro também eram mencionados na lista do
Timóteo. O primeiro com uma direcção em Braga e o segundo com uma direcção no
Porto. Como já referenciei, percorri Braga inteira à procura do André Correia
sem nenhum resultado. Quanto ao Pinheiro, de quando em vez o Timóteo perguntava-me
por esta “alma”, pois naquela lista antiga em arco-íris (o Timóteo coloria as
direcções dos camaradas quando cartas vinham devolvidas, em função das diversas
situações verificadas), já que a direcção dele era a de uma rua do Porto. Mas,
não o encontrei, nem ninguém conhecia o Pinheiro…ainda me lembro de percorrer
um prédio de 4 andares, parecia um detective à procura de alguém perigoso!
Mas,
certo dia, telefonei ao Alcino da Silva e Sousa de Vila Boa do Bispo, Marco de
Canaveses…e fez-se luz! O Alcino conhecia as famílias, destes dois camaradas,
que moravam no Marco. Logo se prestou para se deslocar às residências
respectivas e conseguiu-me os contactos destes dois camaradas. O Pinheiro, a
morar na Florida ficou surpreendido pelo meu telefonema e, ao mesmo tempo,
muito sensibilizado por ter um contacto com a 2700. Presentemente,
contactamo-nos de quando em vez, por telefone, já que a “NOS”, e o meu contrato
permite chamadas gratuitas para a América. Como novidade, está previsto o
Francisco Pinheiro vir de férias a Portugal e a tempo de participar no nosso
convívio em Fátima a 2 de Maio. Atenção, camaradas do 1.º Pelotão – poderão
rever o Francisco após tantas décadas de ausência!
Fica
aqui um obrigado ao André a ao Francisco pela forma como fui atendido, via
telefone, e pela colaboração prestada nas RF’s.
Relativamente
ao Luís de Carvalho, havia uma direcção que indicava a sua morada em Cancela,
Cabeceiras de Basto. Mais um passeio até esta bela vila portuguesa do distrito
de Braga. Fui até ao lugar de Cancela onde consegui descobrir que o Luís tinha
uma sobrinha de nome Susana, em Cabeceiras, trabalhando no Restaurante “Bom
Paladar”. Naturalmente, lá me dirigi, aproveitando a oportunidade para almoçar.
Fiquei sabendo que o Luís era emigrante em França e logo obtive os seus
contactos. Assim consegui as suas RF’s, tendo sido atendido com muita simpatia.
Obrigado, Luís, pela colaboração prestada.
No
próximo capítulo, já que o tema de hoje vai longo, continuarei a descrever as
peripécias destas andanças.
Até
breve.
segunda-feira, 9 de março de 2015
P558: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS (III PARTE)
O
primeiro tema das RF’s foi publicado a 25 de Junho de 2011.
No
primeiro ano de recolhas visitei 44 camaradas, conforme descrição feita na 1.ª e
2.ª parte deste historial.
Em
2012 continuei a trabalhar nas pesquisas e em busca de combatentes da 2700, que
não estavam mencionados na primitiva lista do Timóteo.
Foi,
com sucesso, que consegui obter as moradas e os contactos de alguns camaradas
emigrantes em França, Bélgica, Suíça e Estados Unidos da América.
Aproveitando
o Verão e Outono de 2012, continuei as visitas pelo Norte do País. Assim, fui
até Castelo de Paiva visitar o Firmino da Rocha mesmo na altura das vindimas.
Industrial da lavoura, o Firmino juntou à mesa todos os seus trabalhadores do
campo, depois de uma manhã de intenso trabalho na apanha das uvas. A Dona Rosa,
sua esposa, apresentou um cozido à portuguesa, que não mais esquecerei o sabor
delicioso das suas carnes!
Segui
para o Marco de Canavezes onde visitei o Alcino e o Alfredo Azevedo, este
encontrando-se de férias em Portugal, vindo de Angola, onde trabalhava na
altura.
Seguiram-se
outras viagens de visita e recolha de fotos: em S. Pedro da Cova visitei o Maia
da Cunha. Em Rebordosa fui encontrar o meu ajudante de mecânica, o saudoso David Jorge, recentemente falecido,
e em Riba de Ave, depois de perguntar ali e acolá e de mostrar fotos a quem
encontrava pelo lugar, consegui localizar o Alfredo Ribeiro.
Mais
para o litoral do Norte do País, e depois de uma pequena pausa nestas andanças,
fui até Esposende visitar o Neiva Sampaio, ex-emigrante em França, Não foi
fácil encontrá-lo. Muitas voltas dei até conseguir uma informação correcta,
visto que a direcção que dispunha estava desactualizada. Mais fácil foi
encontrar o António Barreira, em Esposende. Este nosso camarada é industrial de
hotelaria, organizando almoços, jantares, casamentos, etc. Fica aqui uma
sugestão: poderia ser um próximo organizador dos nossos convívios? A sua
esposa, D. Elvira possui um atelier de alta-costura, que visitei.
Em
Vila Frescainha S. Martinho encontrei-me com o João Marinho.
Noutro
fim-de-semana fui até à região de Viana do Castelo encontrar-me com o
ex-cozinheiro Manuel Torre ex-emigrante em França. Segui mais para Norte para
visitar o Nuno Martins em Valença do Minho onde, com a sua família e durante o
almoço, que o Nuno teve a gentileza de me oferecer, recordámos alguns momentos
vividos na Guiné, escolhendo fotos do seu álbum e relembrando camaradas há muito
tempo esquecidos. Como o Nuno possui uns campos para cultivar, não abandonei o
Lugar da Bouça Velha sem que a Dona Armanda, sua esposa, colhesse produtos da
sua quinta, para gentilmente me oferecer.
Além
destas visitas, também comecei a receber algumas Relíquias Fotográficas por
correio normal e também via electrónica, graças aos contactos por telefone, por
e-mail e por via postal que ia realizando ao longo dos meses. E assim, ao longo
de 2012 e 2013, e com agrado pela participação que muitos camaradas resolveram
dar, consegui obter muitas fotografias inéditas que se encontravam espalhadas
pelo País.
São
exemplo dessas primeiras participações pelo correio e por E-mail:
De
Gouveia, o Amaral Simões.
De
Rio Maior, o Albino Piedade e o António Diogo.
De
Meda, o Solcélio Mateus.
Da
Guarda, o Hélder Panoias.
De
Cacém, o Fernando Machado.
De Trancoso,
o Cândido Nunes.
De
Portimão, o Manuel Ventura.
Do
Seixal, o José Luís Monteiro.
De
Mirandela, o João Matos.
Da
Amora, o Luís Correia Maria.
De
Avelãs do Caminho, o Joaquim Quintas.
De
Venda do Pinheiro, o José Prata.
De
Sabrosa, o Euclides da Silva e o Firmino “Russo”.
De
Unhais da Serra, o José Gaspar.
De
Vide, o Carlos Amaral.
De
Vale da Amoreira, o José Mestre.
De
Lisboa, o Carlos Moniz, o Cor. Carlos Gomes, o Hélder Coelho e o
Manuel Brunheta.
De
Alhandra, o João Teixeira Pedrosa.
A
importância destas recolhas assenta no facto de o Américo Estanqueiro ter
destruído os cerca de 6.000 negativos realizados durante o serviço militar,
considerando que se tinham tornado inúteis devido a ter perdido o contacto com
os camaradas da 2700.
Reza
o ditado: “Em casa de ferreiro, espeto de pau” e, assim, quando contactei o
Estanqueiro para solicitar as suas RF’s, qual o meu espanto quando me disse:
“Ricardo, não tenho fotos de Dulombi”.
Como
o Estanqueiro publicou o livro “Memória, Guerra Colonial” – fotografias de
Américo Estanqueiro – C. Caç. 2700 – Fundação Mário Soares, datado de Novembro
de 2007, aproveitei algumas fotos desse livro para realizar as suas RF’s, com a
devida autorização do autor.
Termino
esta 3.ª parte, contabilizando as RF’s já mencionadas até à data:
-
55 visitas a camaradas.
-
24 RF’s por correspondência.
Até
breve.
domingo, 1 de março de 2015
P557: EM MARÇO FAZEM ANOS
01 - António Bessa Nunes
02 - António Marinho Alves
05 - José Orlando Vicente
09 - Joaquim Moura Quintas
12 - Joaquim Queiroz Fernandes
13 - Arnaldo Seabra da Costa
14 - José Gonçalves Mestre
20 - Solcélio do Nascimento Mateus
22 - Fernando Mota
24 - Carlos Medeiros Barbosa
26 - Manuel Gonçalves da Costa
27 - Isidro Silva Vaquinhas
27 - Evaristo Faria Borges
29 - Alberto Espírito Santo
02 - António Marinho Alves
05 - José Orlando Vicente
09 - Joaquim Moura Quintas
12 - Joaquim Queiroz Fernandes
13 - Arnaldo Seabra da Costa
14 - José Gonçalves Mestre
20 - Solcélio do Nascimento Mateus
22 - Fernando Mota
24 - Carlos Medeiros Barbosa
26 - Manuel Gonçalves da Costa
27 - Isidro Silva Vaquinhas
27 - Evaristo Faria Borges
29 - Alberto Espírito Santo
Subscrever:
Mensagens (Atom)