No
primeiro ano de recolhas visitei 44 camaradas, conforme descrição feita na 1.ª e
2.ª parte deste historial.
Em
2012 continuei a trabalhar nas pesquisas e em busca de combatentes da 2700, que
não estavam mencionados na primitiva lista do Timóteo.
Foi,
com sucesso, que consegui obter as moradas e os contactos de alguns camaradas
emigrantes em França, Bélgica, Suíça e Estados Unidos da América.
Aproveitando
o Verão e Outono de 2012, continuei as visitas pelo Norte do País. Assim, fui
até Castelo de Paiva visitar o Firmino da Rocha mesmo na altura das vindimas.
Industrial da lavoura, o Firmino juntou à mesa todos os seus trabalhadores do
campo, depois de uma manhã de intenso trabalho na apanha das uvas. A Dona Rosa,
sua esposa, apresentou um cozido à portuguesa, que não mais esquecerei o sabor
delicioso das suas carnes!
Segui
para o Marco de Canavezes onde visitei o Alcino e o Alfredo Azevedo, este
encontrando-se de férias em Portugal, vindo de Angola, onde trabalhava na
altura.
Seguiram-se
outras viagens de visita e recolha de fotos: em S. Pedro da Cova visitei o Maia
da Cunha. Em Rebordosa fui encontrar o meu ajudante de mecânica, o saudoso David Jorge, recentemente falecido,
e em Riba de Ave, depois de perguntar ali e acolá e de mostrar fotos a quem
encontrava pelo lugar, consegui localizar o Alfredo Ribeiro.
Mais
para o litoral do Norte do País, e depois de uma pequena pausa nestas andanças,
fui até Esposende visitar o Neiva Sampaio, ex-emigrante em França, Não foi
fácil encontrá-lo. Muitas voltas dei até conseguir uma informação correcta,
visto que a direcção que dispunha estava desactualizada. Mais fácil foi
encontrar o António Barreira, em Esposende. Este nosso camarada é industrial de
hotelaria, organizando almoços, jantares, casamentos, etc. Fica aqui uma
sugestão: poderia ser um próximo organizador dos nossos convívios? A sua
esposa, D. Elvira possui um atelier de alta-costura, que visitei.
Em
Vila Frescainha S. Martinho encontrei-me com o João Marinho.
Noutro
fim-de-semana fui até à região de Viana do Castelo encontrar-me com o
ex-cozinheiro Manuel Torre ex-emigrante em França. Segui mais para Norte para
visitar o Nuno Martins em Valença do Minho onde, com a sua família e durante o
almoço, que o Nuno teve a gentileza de me oferecer, recordámos alguns momentos
vividos na Guiné, escolhendo fotos do seu álbum e relembrando camaradas há muito
tempo esquecidos. Como o Nuno possui uns campos para cultivar, não abandonei o
Lugar da Bouça Velha sem que a Dona Armanda, sua esposa, colhesse produtos da
sua quinta, para gentilmente me oferecer.
Além
destas visitas, também comecei a receber algumas Relíquias Fotográficas por
correio normal e também via electrónica, graças aos contactos por telefone, por
e-mail e por via postal que ia realizando ao longo dos meses. E assim, ao longo
de 2012 e 2013, e com agrado pela participação que muitos camaradas resolveram
dar, consegui obter muitas fotografias inéditas que se encontravam espalhadas
pelo País.
São
exemplo dessas primeiras participações pelo correio e por E-mail:
De
Gouveia, o Amaral Simões.
De
Rio Maior, o Albino Piedade e o António Diogo.
De
Meda, o Solcélio Mateus.
Da
Guarda, o Hélder Panoias.
De
Cacém, o Fernando Machado.
De Trancoso,
o Cândido Nunes.
De
Portimão, o Manuel Ventura.
Do
Seixal, o José Luís Monteiro.
De
Mirandela, o João Matos.
Da
Amora, o Luís Correia Maria.
De
Avelãs do Caminho, o Joaquim Quintas.
De
Venda do Pinheiro, o José Prata.
De
Sabrosa, o Euclides da Silva e o Firmino “Russo”.
De
Unhais da Serra, o José Gaspar.
De
Vide, o Carlos Amaral.
De
Vale da Amoreira, o José Mestre.
De
Lisboa, o Carlos Moniz, o Cor. Carlos Gomes, o Hélder Coelho e o
Manuel Brunheta.
De
Alhandra, o João Teixeira Pedrosa.
A
importância destas recolhas assenta no facto de o Américo Estanqueiro ter
destruído os cerca de 6.000 negativos realizados durante o serviço militar,
considerando que se tinham tornado inúteis devido a ter perdido o contacto com
os camaradas da 2700.
Reza
o ditado: “Em casa de ferreiro, espeto de pau” e, assim, quando contactei o
Estanqueiro para solicitar as suas RF’s, qual o meu espanto quando me disse:
“Ricardo, não tenho fotos de Dulombi”.
Como
o Estanqueiro publicou o livro “Memória, Guerra Colonial” – fotografias de
Américo Estanqueiro – C. Caç. 2700 – Fundação Mário Soares, datado de Novembro
de 2007, aproveitei algumas fotos desse livro para realizar as suas RF’s, com a
devida autorização do autor.
Termino
esta 3.ª parte, contabilizando as RF’s já mencionadas até à data:
-
55 visitas a camaradas.
-
24 RF’s por correspondência.
Até
breve.
Sem comentários:
Enviar um comentário