Com 79 Relíquias Fotográficas conseguidas e narradas nos temas anteriores, continuei a receber via correio normal e via correio electrónico mais fotografias da vida quotidiana de Dulombi, das suas gentes, das peripécias dos nossos combatentes, das paisagens de Dulombi, Galomaro e Bafatá, das acções militares dos nossos pelotões, dos momentos de lazer e descanso da Companhia, entre outros temas muitos diversificados.
As
participações restantes por estas vias, foram as seguintes:
De
Setúbal, o Carlos Calado
Da
Moita, o Manuel Portugal
Do
Caramulo, o Fernando Silva “Cangalheiro”
De
Borba, o Baltasar Bilro
De
Ponte de Sôr, o Leandro Gonçalves
De
Vendas Novas, o Luís Telha
De
Vila Nova da Barquinha, o João Costa Fernandes
De
Barcarena, o José da Silva Guerra
De
Santarém, o João Fonseca Costa
Da
Amadora, o Joaquim Alves
De
Coimbra, o Hélder Balça
Dos
Açores, o António Silva, o Carlos Barbosa e o Timóteo
De
Lagoa, o Pina Bentes, o José Franco e o Serafim Silva
De
Queluz, o Domingos Lemos
E
do estrangeiro:
De
França, o Arnaldo Costa, Custódio Presa, Luís de Carvalho, Serafim
Vieira, André Correia,
Eduardo Francisco e o Belarmino
Vaz Pereira.
Da
Alemanha, Arlindo Gonçalves e o Fernando Fernandes.
Dos
Estados Unidos da América, o Francisco Pinheiro e o José Santos.
Da
Suíça, o Valdemar Ferreira.
Foram
mais 30 participações, muitas delas com contornos de pesquisa difíceis,
relativamente às novas moradas dos nossos camaradas emigrantes.
De
Portugal, consegui encontrar o José da Silva Guerra, em Barcarena. Já corria o
boato do seu falecimento.
Decorriam
as publicações das Relíquias Fotográficas no nosso Site e, de quando em vez,
aparecia nas fotografias o Franco, do reordenamento, elemento que já se encontrava
em Dulombi, aquando da nossa chegada. Cheguei a pensar que seria impossível
encontrar este elemento, visto que só se sabia que se chamava Franco e nada
mais. Quando enviei umas fotos para o Pina Bentes com a esperança de ele identificar
alguns elementos não reconhecidos por mim nem pelo Barata, qual o meu espanto
quando o Pina Bentes me disse que reconhecia o Franco e que morava perto dele,
em Lagoa. E mais, também reconhecia o Serafim Silva, que esteve em Dulombi
cerca de 1 mês, também pertencente à Engenharia e… era mais um elemento que
morava em Lagoa…
Obrigado,
Pina Bentes, pela ajuda.
Dos
Açores, consegui contactar o António Silva pertencente à Engenharia, elemento
descrito nas memórias do Fernando Barata. Segundo me lembro, foi pela Internet
que consegui alguns nomes idênticos. Por tentativas, fui telefonando e
questionando os “Antónios Silvas” que me atendiam até que…acertei, quando me
atenderam da Praia do Almoxarife, Faial. Obrigado António Silva pela forma como
fui atendido e pela colaboração e simpatia com que fui presenteado. Ficámos
amigos.
Mais
difícil foi encontrar o Domingos Lemos. A lista do Timóteo referenciava que ele
morava em Ribeira de Pena, lugar de Friume. Organizei um passeio a esta Vila,
pertencente ao distrito de Vila Real. Cheguei a Friúme, por caminhos estreitos
e montanhosos e logo procurei o Domingos Lemos. Até que encontrei um café, na
aldeia, pertencente a uma sua irmã. Fiquei a saber que o Domingos Lemos já não
morava em Friume, mas sim em Oeiras. Os contactos foram-me cedidos depois de um diálogo
explicativo relativamente aos meus objectivos.
Os
meus agradecimentos aos familiares do Domingos, moradores em Friume.
Relativamente
aos camaradas emigrantes as dificuldades redobraram. Cada um tem a sua
história. Ora vejamos:
Encontrar
o “Estraga”, o nosso condutor dos Unimogs, foi complicado. A direcção que
dispunha era de uma rua da cidade da Maia, distrito do Porto. Lá me desloquei à
residência indicada, mas já lá não morava. Contudo, perguntando nas casas
vizinhas pelo Arnaldo Costa, recebi a informação que familiares dele moravam
numa rua próxima, onde me dirigi. Fiquei sabendo que não seria fácil obter
dados dele, pois havia desavenças entre as famílias. Contudo e com diplomacia,
lá consegui trazer um número de telefone de uma irmã, que morava numa freguesia
vizinha. Passados alguns dias telefonei para esse número e lá consegui obter o
número do telefone do “Estraga”, que se encontrava emigrado em França. A forma
como o Arnaldo me atendeu foi de surpresa e de contentamento pelo contacto com
o seu antigo furriel mecânico. Foi extremamente simpático e, hoje em dia, temos
contactos por e-mails. Um abraço, Arnaldo, e um muito obrigado.
Relativamente
ao condutor Serafim Vieira, também andei perdido por Vilar de Andorinho, Vila
Nova de Gaia. Percorri ruas e vielas indicadas na lista do Timóteo, mas nessas
ruas e vielas só havia ruínas…nada do Serafim. Na localidade ninguém se
lembrava dele. Considerei um caso perdido…até que recebi uma informação
confidencial de uma morada em França. Lá escrevi para essa morada, mas…o
Serafim também já lá não morava, tinha mudado de residência. Contudo, a
competência dos Correios Franceses foi tal, que me descobriram a nova morada.
Assim houve o primeiro contacto com o Serafim, por telefone. Depois, por carta.
Finalmente houve um encontro em Matosinhos, para bebermos uns copos. Temos
contactos regulares por telefone. Um abraço, Serafim, pela simpatia e
colaboração prestada.
O
André Correia e o Francisco Pinheiro também eram mencionados na lista do
Timóteo. O primeiro com uma direcção em Braga e o segundo com uma direcção no
Porto. Como já referenciei, percorri Braga inteira à procura do André Correia
sem nenhum resultado. Quanto ao Pinheiro, de quando em vez o Timóteo perguntava-me
por esta “alma”, pois naquela lista antiga em arco-íris (o Timóteo coloria as
direcções dos camaradas quando cartas vinham devolvidas, em função das diversas
situações verificadas), já que a direcção dele era a de uma rua do Porto. Mas,
não o encontrei, nem ninguém conhecia o Pinheiro…ainda me lembro de percorrer
um prédio de 4 andares, parecia um detective à procura de alguém perigoso!
Mas,
certo dia, telefonei ao Alcino da Silva e Sousa de Vila Boa do Bispo, Marco de
Canaveses…e fez-se luz! O Alcino conhecia as famílias, destes dois camaradas,
que moravam no Marco. Logo se prestou para se deslocar às residências
respectivas e conseguiu-me os contactos destes dois camaradas. O Pinheiro, a
morar na Florida ficou surpreendido pelo meu telefonema e, ao mesmo tempo,
muito sensibilizado por ter um contacto com a 2700. Presentemente,
contactamo-nos de quando em vez, por telefone, já que a “NOS”, e o meu contrato
permite chamadas gratuitas para a América. Como novidade, está previsto o
Francisco Pinheiro vir de férias a Portugal e a tempo de participar no nosso
convívio em Fátima a 2 de Maio. Atenção, camaradas do 1.º Pelotão – poderão
rever o Francisco após tantas décadas de ausência!
Fica
aqui um obrigado ao André a ao Francisco pela forma como fui atendido, via
telefone, e pela colaboração prestada nas RF’s.
Relativamente
ao Luís de Carvalho, havia uma direcção que indicava a sua morada em Cancela,
Cabeceiras de Basto. Mais um passeio até esta bela vila portuguesa do distrito
de Braga. Fui até ao lugar de Cancela onde consegui descobrir que o Luís tinha
uma sobrinha de nome Susana, em Cabeceiras, trabalhando no Restaurante “Bom
Paladar”. Naturalmente, lá me dirigi, aproveitando a oportunidade para almoçar.
Fiquei sabendo que o Luís era emigrante em França e logo obtive os seus
contactos. Assim consegui as suas RF’s, tendo sido atendido com muita simpatia.
Obrigado, Luís, pela colaboração prestada.
No
próximo capítulo, já que o tema de hoje vai longo, continuarei a descrever as
peripécias destas andanças.
Até
breve.
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