sexta-feira, 13 de março de 2015

P559: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS (PARTE IV)


            Com 79 Relíquias Fotográficas conseguidas e narradas nos temas anteriores, continuei a receber via correio normal e via correio electrónico mais fotografias da vida quotidiana de Dulombi, das suas gentes, das peripécias dos nossos combatentes, das paisagens de Dulombi, Galomaro e Bafatá, das acções militares dos nossos pelotões, dos momentos de lazer e descanso da Companhia, entre outros temas muitos diversificados.
As participações restantes por estas vias, foram as seguintes:

De Setúbal, o Carlos Calado
Da Moita, o Manuel Portugal
Do Caramulo, o Fernando Silva “Cangalheiro”
De Borba, o Baltasar Bilro
De Ponte de Sôr, o Leandro Gonçalves
De Vendas Novas, o Luís Telha
De Vila Nova da Barquinha, o João Costa Fernandes
De Barcarena, o José da Silva Guerra
De Santarém, o João Fonseca Costa
Da Amadora, o Joaquim Alves
De Coimbra, o Hélder Balça
Dos Açores, o António Silva, o Carlos Barbosa e o Timóteo
De Lagoa, o Pina Bentes, o José Franco e o Serafim Silva
De Queluz, o Domingos Lemos

E do estrangeiro:

De França, o Arnaldo Costa, Custódio Presa, Luís de Carvalho, Serafim
                    Vieira, André Correia, Eduardo Francisco e o Belarmino
                    Vaz Pereira.
Da Alemanha, Arlindo Gonçalves e o Fernando Fernandes.
Dos Estados Unidos da América, o Francisco Pinheiro e o José Santos.
Da Suíça, o Valdemar Ferreira.

Foram mais 30 participações, muitas delas com contornos de pesquisa difíceis, relativamente às novas moradas dos nossos camaradas emigrantes.
De Portugal, consegui encontrar o José da Silva Guerra, em Barcarena. Já corria o boato do seu falecimento.
Decorriam as publicações das Relíquias Fotográficas no nosso Site e, de quando em vez, aparecia nas fotografias o Franco, do reordenamento, elemento que já se encontrava em Dulombi, aquando da nossa chegada. Cheguei a pensar que seria impossível encontrar este elemento, visto que só se sabia que se chamava Franco e nada mais. Quando enviei umas fotos para o Pina Bentes com a esperança de ele identificar alguns elementos não reconhecidos por mim nem pelo Barata, qual o meu espanto quando o Pina Bentes me disse que reconhecia o Franco e que morava perto dele, em Lagoa. E mais, também reconhecia o Serafim Silva, que esteve em Dulombi cerca de 1 mês, também pertencente à Engenharia e… era mais um elemento que morava em Lagoa…
Obrigado, Pina Bentes, pela ajuda.
Dos Açores, consegui contactar o António Silva pertencente à Engenharia, elemento descrito nas memórias do Fernando Barata. Segundo me lembro, foi pela Internet que consegui alguns nomes idênticos. Por tentativas, fui telefonando e questionando os “Antónios Silvas” que me atendiam até que…acertei, quando me atenderam da Praia do Almoxarife, Faial. Obrigado António Silva pela forma como fui atendido e pela colaboração e simpatia com que fui presenteado. Ficámos amigos.
Mais difícil foi encontrar o Domingos Lemos. A lista do Timóteo referenciava que ele morava em Ribeira de Pena, lugar de Friume. Organizei um passeio a esta Vila, pertencente ao distrito de Vila Real. Cheguei a Friúme, por caminhos estreitos e montanhosos e logo procurei o Domingos Lemos. Até que encontrei um café, na aldeia, pertencente a uma sua irmã. Fiquei a saber que o Domingos Lemos já não morava em Friume, mas sim em Oeiras. Os contactos  foram-me cedidos depois de um diálogo explicativo relativamente aos meus objectivos.
Os meus agradecimentos aos familiares do Domingos, moradores em Friume.
Relativamente aos camaradas emigrantes as dificuldades redobraram. Cada um tem a sua história. Ora vejamos:
Encontrar o “Estraga”, o nosso condutor dos Unimogs, foi complicado. A direcção que dispunha era de uma rua da cidade da Maia, distrito do Porto. Lá me desloquei à residência indicada, mas já lá não morava. Contudo, perguntando nas casas vizinhas pelo Arnaldo Costa, recebi a informação que familiares dele moravam numa rua próxima, onde me dirigi. Fiquei sabendo que não seria fácil obter dados dele, pois havia desavenças entre as famílias. Contudo e com diplomacia, lá consegui trazer um número de telefone de uma irmã, que morava numa freguesia vizinha. Passados alguns dias telefonei para esse número e lá consegui obter o número do telefone do “Estraga”, que se encontrava emigrado em França. A forma como o Arnaldo me atendeu foi de surpresa e de contentamento pelo contacto com o seu antigo furriel mecânico. Foi extremamente simpático e, hoje em dia, temos contactos por e-mails. Um abraço, Arnaldo, e um muito obrigado.
Relativamente ao condutor Serafim Vieira, também andei perdido por Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia. Percorri ruas e vielas indicadas na lista do Timóteo, mas nessas ruas e vielas só havia ruínas…nada do Serafim. Na localidade ninguém se lembrava dele. Considerei um caso perdido…até que recebi uma informação confidencial de uma morada em França. Lá escrevi para essa morada, mas…o Serafim também já lá não morava, tinha mudado de residência. Contudo, a competência dos Correios Franceses foi tal, que me descobriram a nova morada. Assim houve o primeiro contacto com o Serafim, por telefone. Depois, por carta. Finalmente houve um encontro em Matosinhos, para bebermos uns copos. Temos contactos regulares por telefone. Um abraço, Serafim, pela simpatia e colaboração prestada.
O André Correia e o Francisco Pinheiro também eram mencionados na lista do Timóteo. O primeiro com uma direcção em Braga e o segundo com uma direcção no Porto. Como já referenciei, percorri Braga inteira à procura do André Correia sem nenhum resultado. Quanto ao Pinheiro, de quando em vez o Timóteo perguntava-me por esta “alma”, pois naquela lista antiga em arco-íris (o Timóteo coloria as direcções dos camaradas quando cartas vinham devolvidas, em função das diversas situações verificadas), já que a direcção dele era a de uma rua do Porto. Mas, não o encontrei, nem ninguém conhecia o Pinheiro…ainda me lembro de percorrer um prédio de 4 andares, parecia um detective à procura de alguém perigoso!
Mas, certo dia, telefonei ao Alcino da Silva e Sousa de Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses…e fez-se luz! O Alcino conhecia as famílias, destes dois camaradas, que moravam no Marco. Logo se prestou para se deslocar às residências respectivas e conseguiu-me os contactos destes dois camaradas. O Pinheiro, a morar na Florida ficou surpreendido pelo meu telefonema e, ao mesmo tempo, muito sensibilizado por ter um contacto com a 2700. Presentemente, contactamo-nos de quando em vez, por telefone, já que a “NOS”, e o meu contrato permite chamadas gratuitas para a América. Como novidade, está previsto o Francisco Pinheiro vir de férias a Portugal e a tempo de participar no nosso convívio em Fátima a 2 de Maio. Atenção, camaradas do 1.º Pelotão – poderão rever o Francisco após tantas décadas de ausência!
Fica aqui um obrigado ao André a ao Francisco pela forma como fui atendido, via telefone, e pela colaboração prestada nas RF’s.
Relativamente ao Luís de Carvalho, havia uma direcção que indicava a sua morada em Cancela, Cabeceiras de Basto. Mais um passeio até esta bela vila portuguesa do distrito de Braga. Fui até ao lugar de Cancela onde consegui descobrir que o Luís tinha uma sobrinha de nome Susana, em Cabeceiras, trabalhando no Restaurante “Bom Paladar”. Naturalmente, lá me dirigi, aproveitando a oportunidade para almoçar. Fiquei sabendo que o Luís era emigrante em França e logo obtive os seus contactos. Assim consegui as suas RF’s, tendo sido atendido com muita simpatia. Obrigado, Luís, pela colaboração prestada.

No próximo capítulo, já que o tema de hoje vai longo, continuarei a descrever as peripécias destas andanças.

Até breve.

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