terça-feira, 18 de maio de 2010

P173: ONOMASTICAMENTE DIVAGANDO

A Flora da nossa Companhia era constituída pelas seguintes espécies: SILVA (13) – PEREIRA (6) – OLIVEIRA (3) – CARVALHO (2) - MOREIRA (1) – PINHEIRO (1) – SOBREIRA (1) – JACINTO (1) – CARRASQUEIRA (1) e até tínhamos PEREIRA ROSA, que possivelmente daria peras cheirosas. Aqui não faltavam frondosos RAMOS.
A Fauna, essa, era fraquita: PINTO (2) – COELHO (1) – BARATA (1)
Quanto a utensílios utilizávamos: CORREIA (3) - MACHADO (2) – PIRES (2) – TELHA (1) – BILRO (1)- CANDEIAS (1).
Profissões, vejam lá, só tínhamos duas: ESTANQUEIRO e MONTEIRO (praticamente extinta).
Com JESUS, ESPÍRITO SANTO e SANTOS (5) podíamos fazer alguns milagres.
Tínhamos QUINTAS espalhadas por todo o PORTUGAL: em ALMEIDA, GUIMARÃES, VILA FRANCA, MIRANDA (do Douro ou do Corvo?), MAIA e Porto MONIZ, algumas com TORRES e até numa corria um RIBEIRO com várias PONTES e onde nunca se poderia pescar uma FERREIRA com a sua luzidia cor de PRATA.
Tínhamos BARREIROS com BARROS de várias tonalidades.
Mas, de VERAS, que FARIA o PATÃO, se tivesse que transpor a BARREIRA colocada por algum senhor CALADO e RICO que do TERRAÇO vislumbrasse a PARADA PEDROSA onde o sol BRILHA?
Certamente, metia uma CUNHA ao MESTRE antes de chegar á COSTA íngreme esculpida na ROCHA.
Se não SOARES as campainhas, fulo ao ler este arrazoado, com teu ar CÂNDIDO e cheio de PIEDADE, foste um verdadeiro GUERREIRO com muita VENTURA. Resta-te orares à Senhora da CONCEIÇÃO, mas antes faz o sinal da CRUZ e bebe um copo de LEITE.
Ah! E todos nós LEMOS isto. Não foi RAVASCO? Então já podemos “dar às de vila DIOGO” se não queremos ser PRESA fácil. E se imprimires este documento não GOMES a folha na parede.
Resta-me a tristeza de não ter conseguido incluir no texto o apelido BRUNHETA. Deixo esse desafio a algum SIMÕES, RODRIGUES ou GONÇALVES.

segunda-feira, 10 de maio de 2010

P172: XVII ENCONTRO DA C.C.S. DO NOSSO BATALHÃO


Porque faziamos parte da mesma família, tomo a liberdade de divulgar o XVII Encontro da C.C.S. do nosso Batalhão. (Informação obtida através do Blog do Luís Graça e enviada pelo António Tavares).

sábado, 1 de maio de 2010

P171: OS NOSSOS MAIOS


01-Mai-70 - Pelas 10h30 através do navio Rita Maria iniciou-se o desembarque no Cais de Pidjiguiti. Transporte para o Depósito Geral de Adidos, em Brá.
02-Mai-70 - 9h00 - Cerimónia de boas-vindas presidida pelo General Spínola
05-Mai-70 - Pelas 6h00 a LDG Montante segue para o Xime. Chegada a Dulombi
06-Mai-70 - 1.ª Flagelação. (Inimigo bem informado da nossa chegada)
10-Mai-70 - A Companhia assume a responsabilidade de Dulombi, rendendo a C. Caç. 2405
23-Mai-70 - Operação "DUCADO INTERNO"
28-Mai-70 - Op. "EMPRESA JUSTA



10-Mai-71 - Op. "ALEGRE FORMOSURA"
14-Mai-71 - Op. "MENINA RABINA"
25-Mai-71 - Tornado levantou a cobertura de um pavilhão. 3 feridos (Furriel Moniz, Fernandino e ?)
26-Mai-71 - Op. "DÍNAMO INFERNAL"
30-Mai-71 - Op. "AMENDOA FOLEIRA"

quinta-feira, 29 de abril de 2010

quarta-feira, 28 de abril de 2010

20.º ENCONTRO - 24 de ABRIL 2011

Nós não brincamos em serviço. Ainda há pouco terminou o 19.º e já se prepara o 20.º Encontro da Companhia. Terá lugar no dia 24 de Abril 2011 e realizar-se-á na cidade de Viseu, no Restaurante "The Lingerie".
Ver vídeo promocional do Restaurante clicando no link: http://videos.sapo.pt/UZv1SAGM6EGBINYdPkLN

segunda-feira, 26 de abril de 2010

P169: A 2700 TEM UM CAMPEÃO DO MUNDO!!!

Realizou-se no passado mês de Janeiro, entre 21 e 24, em Matosinhos, o 58.º Campeonato Mundial de Ornitologia.
Neste certame sagrou-se CAMPEÃO MUNDIAL na Categoria "Canários de Porte - Frisado Parisiense LIPOCRÓMICO, repito LIPOCRÓMICO (considerado como o Porsche dos canários), o nosso querido companheiro HENRIQUE SOARES, postergando para segundo lugar aquele que no seio da canaricultura é já considerado como o "Mourinho dos Canários", precisamente, o alemão Wolfgang Kasimir. O italiano Arsuffi Gianluigi teve que se contentar com o último lugar no pódium.
Esta vitória não nos surpreende, pois, como sabeis o Henrique sempre mostrou uma apetência especial por passarinhas.
Vejam o seu ar de felicidade após tomar conhecimento do galardão que lhe foi atribuído.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

P168: AQUELE ABRAÇO



Já falta pouco para no próximo sábado, 24 de Abril, se repetir este ritual de fraternidade, nesta foto interpretado entre os "Transmissões" Rico e Quintas. Que grande e sentido Alfa Bravo.
E já repararam que nesse dia se completam 40 anos sobre a data em que embarcámos, no Carvalho Araújo, rumo à Guiné?
Haverá manga do ronco!!!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

P167: IN MEMORIAM - FURRIEL VÍTOR RODRIGUES


Há coisas do "caraças". De todos os furrieis que tinham cumprido o ciclo completo na Companhia, isto é, que tinham a 24 de Abril de 1970 embarcado no Carvalho Araújo com destino à Guiné e que a 22 de Março de 1972 tinham regressado a Portugal no 707 da Força Aérea, o Vítor Rodrigues era o único Furriel que nunca tinha participado num Almoço da Companhia.
Perante este cenário e sabendo que o Timóteo há poucos anos tinha, finalmente, conseguido obter o seu contacto, na manhã de ontem (quinta-feira) tive a ideia de telefonar ao Timóteo para entrar em contacto com ele, de forma a incentivá-lo a estar presente, em Fiães, e assim podermos festejar o "jackpot".
Mas...
Passados alguns minutos, tempo suficiente para tomar o pequeno-almoço, ao abrir o meu correio electrónico, dentre várias mensagens, uma me surpreende. Era proveniente, precisamente, do Timóteo comunicando infausto acontecimento: através do Barbosa acabava de saber que o Rodrigues tinha falecido.
Neste momento recordo-o como pessoa afável, generosa e culta e como Furriel, homem competente e colaborante.
O Terceiro Pelotão e todos nós estamos mais pobres.
Paz à sua alma. Que descanse de forma serena, tal como o fez durante aqueles 23 meses vividos em condições adversas nas terras do Cossé.

terça-feira, 13 de abril de 2010

P166: 58 PRESENÇAS CONFIRMADAS NO ALMOÇO (ACTUALIZAÇÃO)


Actualizações(II) - Alfredo de Sá / António Almeida / António Diogo / Domingos Pires / Joaquim Fernandes / Joaquim Quintas / José Ribeiro e Manuel Maurício

Actualizações: Augusto Rosa / Francisco Pinto / Manuel Brunheta e Vítor Gonçalves

Adriano Ferreira / Alcino Sousa / Américo Estanqueiro / Antero Fonseca / António Amaral Simões / António Barros / António Bessa Nunes / António Francisco Almeida / António Joaquim Madureira / António Silva Soares / Armindo Ramos / Armindo Sousa / Belmiro Moreira / Cândido Vila Franca / Carlos Moniz / Carlos Bentes / Eduardo Rosa Francisco / Fernando Rodrigues / Fernando Barata / Fernando Correia / Fernando Ramos / Fernando Luís / Fernando Mota / Firmino Rocha Correia / Firmino Ribeiro / Gaspar Ribeiro / Helder Panóias / Helder Balça / Henrique Soares / João Rico / Joaquim Jesus / José Silva Santos / José Maia da Cunha / José Costa / José Maria Prata / José Marinho / José Maria Miranda / Júlio Machado / Leandro Gonçalves / Luís Santos Silva / Manuel Faria / / Manuel Maciel / Manuel Oliveira / Ricardo Lemos / Timóteo Santos

sábado, 10 de abril de 2010

P165: 19.º ENCONTRO (II)



Impressionante! Ao ler esta lista de confirmações que o Soares me facultou, constato que este ano não falta ninguém de Transmissões. Até o Rico... Vai haver manga de Romeo - Oscar - November - Charlie - Oscar

sexta-feira, 9 de abril de 2010

P164: 19.º ENCONTRO


Só para recordar que estamos a quatro dias da data limite para marcação de reserva do nosso Almoço. Não esperem pelo dia 14, à habitual maneira portuguesa de deixar tudo para o último dia.
Entretanto, para quem se desloque directamente (não passando por Espinho) para o Restaurante Flor do Bolhão, as coordenadas GPS são: N 40º – 59' - 51'' / W 08º – 31' - 57''

terça-feira, 6 de abril de 2010

P163: MEMÓRIAS DE DULOMBI - JOAQUIM PASSOS TINOCO


Transcrevo o testemunho do Joaquim Tinoco, Alferes pertencente à 1.ª Companhia do Batalhão 4518/73. Esta Companhia foi render a 3491 (Companhia que nos rendeu). Como constatamos, pelo seu relato, fizeram a transição para o PAIGC.

Foto histórica, gentilmente cedida pelo António Morais, retratando a retirada do último soldado português, do Dulombi. Aos poucos o "Império" ia-se desmoronando.

O Batalhão de Caçadores 4518, chegou a Galomaro em finais de Janeiro de 1974.
A 1ª Companhia, foi para o Dulombi, onde fomos render a companhia do camarada Luís Dias, que tinha ficado lá, apenas com um pelotão, para nos receber.
Vieram esperar-nos na picada, com 3 Unimog’s, com “câmaras de filmar” a fingir para “registar” o momento. As outras companhias foram para os aquartelamentos circundantes, nomeadamente Bambadinca e outros locais cujo nome já não recordo. Havia sido decretada, em 1973, a independência em Madina do Boé e depois de uma custosa incursão até ás margens do rio Corubal, a poucos Kms de Madina, do outro lado do rio, que não atravessámos, mas onde detectámos uma grande actividade inimiga, voltámos e tendo dado conta dos preparativos inimigos foi decidido abandonar o aquartelamento do Dulombi, já em finais de Março de 1974, tendo a nossa 1.ª Companhia sido transferida para Nova Lamego (Gabú), de onde passou a exercer uma actividade de intervenção, em apoio ás tropas aquarteladas em Paúnca, Pirada, Bajocunda, Piche, Buruntuma, Canquelifá, etc, para onde éramos destacados, após os ataques. Aqueles aquartelamentos estavam já reduzidos ás valas e abrigos subterrâneos, não havendo já construções acima do solo. Estava tudo destruído. O nosso trabalho consistia em ir em perseguição do inimigo, mas felizmente, apesar de encontrarmos muitos vestígios da sua presença, nunca tivemos nenhum contacto, nem fogo inimigo, situação que entretanto se alterou com o 25 de Abril, pois então passámos a ter contactos visuais, com ordens de não abrir fogo a não ser para responder, o que nunca aconteceu, pois, entretanto, os “turras”, deviam ter as mesmas instruções, e nunca houve problemas. Entretanto, a partir de Maio/Junho, com o início das conversações, com vista á independência o inimigo apoderou-se do nosso quartel. Os nosso soldados dormiam no chão, pois os colchões foram passados para a tabanca, por cima do arame farpado do aquartelamento, a partir de onde as mulheres os levavam para as palhotas. Em Julho, tirei um mês de férias na Metrópole. Quando regressei, já tive dificuldade em embarcar de novo para Nova Lamego. Esperei em Bissau, mais de 15 dias por um transporte, e acabei por ir por estrada.
O meu colega Alferes, que me esperava, já não pôde vir de férias, pois entretanto, estávamos já a abandonar a cidade. Ficou lá só uma secção do meu pelotão, com o meu Furriel Arroteia, e os restantes viemos para Bissau. Como havia uma grande confusão com os transportes para o regresso à Metrópole, e os nativos se estavam a recusar a carregar os nossos barcos, com o material de guerra que era possível embarcar, bem como as coisas pessoais de muitos comandantes, o nosso Capitão ofereceu os 3 pelotões que tinha, para carregar os barcos. Os soldados faziam turnos de 6 horas e descansavam dezoito, mas como éramos só dois oficiais milicianos, pois um tinha ido para uma companhia de nativos e o outro acabou por vir de férias (não sei bem como) nós os dois alinhávamos em turnos de seis horas e descansávamos outras seis dia e noite, isto durou uma semana. Foi muito cansativo, até que finalmente, a 11 de Setembro, nos colocaram um avião á nossa disposição, que nos trouxe até Figo Maduro, de onde fomos para Caç. 5, em Campolide, para desmobilizar.
Desse dia, recordo o facto de os meus soldados terem repartido entre si a minha camisa com galões e tudo, “relíquia” que muitos deles ainda hoje conservam e que constituiu um forte sinal da grande amizade que nos unia. Depois, só nos voltámos a ver ao fim de 27 anos, mas entretanto já há nove anos que nos juntamos todos os anos!
O próximo convívio será no próximo dia 24 de Abril, em Palmela.
Saudações do amigo,
Alf. Mil. Joaquim Passos Tinoco…

quinta-feira, 1 de abril de 2010

P162: OS NOSSOS ABRIS


16 Abr 70 - Festa de despedida do Batalhão. Celebrada missa campal
24 Abr 70 - Pelas 3 horas transporte de comboio do CIM até ao Cais de Alcântara. Chegada pelas 6h30. O Carvalho Araújo zarpou pelas 12 horas
30 Abr 70 - Pelas 21h30 fundeou o Carvalho Araújo frente a Bissau

07 Abr 71 - Op. "MENINOS RICOS"
08 Abr 71 - Op. "DRAGÃO INFERNAL"
12 Abr 71 - Op. "BRAVO GUERREIRO"
20 Abr 71 - Op. "DIAMANTE INDIANO"

segunda-feira, 29 de março de 2010

P161: ARRANJEM UMA LEGENDA PARA ESTA FOTO



Já há uma primeira legenda, para esta foto, vinda dos Açores: "ELES DISFARÇAM MUITO BEM"

segunda-feira, 22 de março de 2010

P160: 22 MARÇO 1972 - O REGRESSO

Perfaz, hoje, precisamente, 38 anos que nós chegámos da Guiné após cumprimento de arriscada missão.
Por volta das 9 horas da noite e cumpridas as formalidades militares no Aeroporto Militar de Figo Maduro (recordo-me ter recebido um papelinho A5 assinado pelo Comandante do Regimento de Abrantes, Coronel Sousa Menezes, declarando que passaria à disponibilidade a partir de 11 de Abril) lá seguiu cada um de nós para o seu ninho onde familiares e amigos nos esperavam.
A partir de então nova página, ou melhor, novo capítulo começámos a escrever no nosso livro da vida.
Hoje é, portanto, para todos nós, homens que chegaram sãos e salvos, motivo para festejarmos. Contudo, para mim é um dia triste.
Explico porquê. A 24 de Abril de 1970, ao entrar no navio Carvalho Araújo “assinei”, de forma solene e tácita, um imaginário contrato com todos os pais de cada um dos homens vinte e cinco homens que comigo partiam fazendo parte do meu pelotão, prometendo fazer o meu melhor de forma a que no regresso, com muito orgulho e paz de espírito, lhes devolvesse os seus filhos tal como, naquele momento, eles me os estavam confiando.
A 10 de Agosto de 70, o inimigo, de forma traiçoeira (mina anticarro), destruiu o meu sonho. Desculpa CARRASQUEIRA.

quinta-feira, 18 de março de 2010

P159: JOSÉ LUÍS DJAU - MECÂNICO

Numa das contribuições do Lemos para o nosso Blog, no Post editado em Janeiro de 2008 e com o título: "Vamos lá seguir o exemplo do Lemos", este referia que a certa altura da comissão foi aumentado ao quadro do pessoal um indivíduo de cor, do qual não se recordava o nome. Passado algum tempo sou contactado pelo ex-Furriel da Companhia que nos foi render e que tinha a mesma actividade do Lemos, o Manuel Rodrigues, de Mortágua. Referiu-me ter lido o Post do Lemos adiantando que o indivíduo em questão se chamava José Luís Djau e que este também tinha transitado para a sua Companhia. Inclusivamente, como tinha o seu número de telefone aproveitou para, na minha presença, trocar alguns "jametus". Como a minha filha esteve em trabalho durante algumas semanas em Bissau, pedi-lhe que tentasse encontrar o Djau já que ele tinha um táxi na Praça de Bissau. A tentativa teve êxito e para a posterioridade aqui fica uma foto do Djau (ladeado pelos mecânicos Santos e Rosa) nos seus tempos de mecânico da 2700 e outras duas com o seu aspecto actual.

sexta-feira, 12 de março de 2010

P158: PESCADORES, CAÇADORES E OUTROS... (POR RICARDO LEMOS)

JÁ NÃO ME LEMBRAVA DESTE RIO FANDAUOL.
SEI QUE HAVIA UM RIO QUE SE FORMAVA NO INVERNO, PERTO DO NOSSO ACAMPAMENTO. EU IA PESCAR NESSE RIO. OS PEIXES ERAM PEQUENOS E MUITO COLORIDOS E ERAM UM PETISCO, FRITINHOS EM AZEITE PELOS NOSSOS COZINHEIROS. SEI QUE NO VERÃO ESSE RIO SECAVA E APENAS HAVIA UNS POÇOS COM ÁGUA, MAS BEM FUNDOS.
CERTO DIA, NO VERÃO, FUI PESCAR, NA BRINCADEIRA, PARA UM DESSES POÇOS, MAS COM A CONVICÇÃO QUE SÓ IA DAR BANHO À MINHOCA. PREPAREI A CANA, COM UMA BÓIA E LÁ FIQUEI ALGUM TEMPO. DE REPENTE A BÓIA AFUNDOU-SE, E NÃO É QUE UM PEIXE ENORME MORDEU O ISCO.
FIQUEI ESPANTADO COMO É QUE HAVIA PEIXE GRANDE QUE FICAVA NESSES POÇOS DURANTE O TEMPO SECO. É EXTRAORDINÁRIO COMO É QUE NUM RIO SECO DE VERÃO SE PESCAVA ABUNDANTEMENTE NO INVERNO. NUMA DAS VEZES QUE ME DESLOQUEI A BISSAU, FUI PESCAR PARA O CAIS PRINCIPAL. A CORRENTE ERA ENORME. LÁ ARRANJEI OS APETRECHOS E LANCEI O ISCO.
PASSADO ALGUM TEMPO SENTI UM FORTE ESTICÃO, E LÁ PESQUEI UM PEIXE DE 1KG APROXIMADAMENTE. REPETIU-SE A HISTÓRIA UMAS TANTAS VEZES. NO ÚLTIMO LANÇAMENTO, SENTI UM PEQUENO ESTICÃO, E PENSEI QUE SERIA UM PEIXITO... QUANDO TAL, AO APROXIMAR-SE DO CAIS, O DITO PEIXE, DEU UM SALTO FORA DA ÁGUA....TERIA MAIS DE 30 KG, AFUNDOU, VEIO CONTRA A CORRENTE, NA MINHA DIRECÇÃO, ENTROU POR BAIXO DO CAIS, E COMO ESTE TINHA IMENSOS MEXILHÕES, A LINHA CORTOU-SE, E LÁ FOI O PEIXE. TAMBÉM EU NÃO O CONSEGUIRIA RETIRAR SOZINHO DA ÁGUA. NO XIME, ENQUANTO ESPERAVA A LANCHA, PESCAVA ENORMES CARANGUEJOS, BEM GORDOS E APETITOSOS. ERA SÓ PÔR UM RABO DE BACALHAU NUMA REDE IMPROVISADA... E EM BAFATÁ, APANHAVA DAQUELES CAMARÕES GIGANTES, IGUAIS ÁQUELES QUE NÓS PETISCÁVAMOS NAQUELES "CAFÉS". DEPOIS TRAZIA-OS PARA DULOMBI.
CERTO DIA ESTAVA EU A PESCAR NO RIO QUE BANHAVA BAFATÁ (COMO ERA O SEU NOME? Geba - nota do Editor) E PESQUEI UM PEIXE REDONDO, NEGRO, GRANDE, E PEDI A UM SOLDADO QUE ESTAVA À MINHA BEIRA PARA O RETIRAR DO ANZOL... LEVOU UM CHOQUE QUE ATÉ VIU ESTRELAS...
ENFIM, HISTÓRIAS DA PESCA TENHO-AS AOS MONTES...(então não te esqueças de as transmitires para serem publicadas no nosso Blog - nota do editor)

UM ABRAÇO,
LEMOS

terça-feira, 9 de março de 2010

P157: SALIU DJAU

Num dos nossos encontros o Coronel Carlos Gomes disse-me ter encontrado o Saliu Djau, um dos "sargentos" do Pelotão de Milícias que connosco cooperava. Deu-me o seu número de telemóvel e várias vezes tentei contactá-lo mas em vão. Há tempos quando visitei o Amadu, em Sacavém, este referiu-me que o Saliu vivia perto do seu estabelecimento mas naquele momento encontrava-se na Guiné. Da segunda vez que visitei o Amadu, embora não tenha conseguido estar com ele, no entanto, quem o estava a substituir referiu-me que o Saliu já não se encontrava em Portugal pois, após o falecimento da esposa, tinha decidido ir viver definitivamente para a Guiné e que se encontrava a morar em Bafatá. Como no âmbito da exumação dos nossos militares que ficaram em solo guineense o nosso Camarada Correia se tem deslocado à Guiné - como todos vós sabeis - pedi-lhe que ao passar por Bafatá tentasse encontrar o Saliu. Para a posterioridade aqui fica a prova desse reencontro.É-me particularmente grato verificar o óptimo aspecto com que o Saliu se encontra e com alguma emoção recordei os tempos em que lado a lado pisávamos os trilhos da Guiné. A ti, Correia, os meus agradecimentos por teres conseguido estas fotos.

segunda-feira, 8 de março de 2010

P156: AGRUPAMENTO MUSICAL D'ARRASAR

Nos anos 70 faziam as delícias do vasto público que acorria de toda a região do Cossé para assistir aos seus espectáculos no CCD (Centro Cultural do Dulombi). No Jifim e no clímax duma actuação o palco veio abaixo. A sua última actuação foi em Paiai Lemenei. Composição: Leandro - viola; Maurício - percussão; Lemos - acordeon; Soares - pratos; Pires - gumbri; Timóteo - parabólica; Moniz - manager; Rico - sonoplasta e Coelho - luminotécnico.
Em 2010, voltarão a reunir os seus elementos para actuar a 24 de Abril no Restaurante Flor do Bolhão, em Fiães. Vão ARRASAR!!!

terça-feira, 2 de março de 2010

P155: OS NOSSOS MARÇOS

04-Mar-71 Op. "EFICAZ JUSTIÇA"
09-Mar-71 Op."ARAME FARPADO"
12-Mar-71 Op. "CIDADE HISTÓRICA"
26-Mar-71 Op. "ETERNA JUVENTUDE"
30-Mar-71 Op. "ATAQUE FAMOSO"

08-Mar-72 Falece, em Bissau, vítima de pneumonia, o Adriano Francisco
10-Mar-72 Termina a responsabilidade da nossa Companhia no subsector
11-Mar-72 Transporte para o Xime. Embarque em LDG até Bissau. Ficámos no Cumeré a aguardar transporte para a Metrópole
22-Mar-72 Regresso à Metrópole por via aérea