Nestes tempos de "clausura" convidava-vos a entreterem-se vendo este interessante documentário sobre a Guiné-Bissau.
Também nós, enquanto elementos da 2700, fomos "actores" neste filme.
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Nestes tempos de "clausura" convidava-vos a entreterem-se vendo este interessante documentário sobre a Guiné-Bissau.
Também nós, enquanto elementos da 2700, fomos "actores" neste filme.
Num país em que tudo é possível, mas nada acontece, “onde pode realmente tudo correr mal”, Gil Ramos levou apoio através da Missão Dulombi. Por contraponto diz que trouxe sempre mais do que levou.
Pelo trabalho realizado no "nosso" Dulombi; por ser filho dum dos mais ilustres membros da 2700, faz todo o sentido a transcrição deste texto. O nosso preito ao Gil Ramos e a nossa vénia pela autorização da utilização do texto e entrevista a NARRATIVAS HUMANAS na pessoa de Magda Stela.
Uma viagem em troca de uma missão
Caminhar nesta história é um exercício de esperança. As vozes indistintas pela África negra que nos capturam para dentro dela, são também as que fazem deste um retrato impressivo pela mais bela expedição sem fim, singularmente feita de muitos regressos. Uma viagem que nos faz exceder, atravessar e perder lugares, pelo brilho do olhar do Gil, pela sua voz carregada de identidade, pela indiferente gratuitidade das suas memórias.
Uma conversa inevitavelmente interessante com o Gil Ramos, um dos fundadores, voluntário e rosto da Missão Dulombi, uma organização de ajuda humanitária. O também realizador e produtor de cinema documental, apaixonado pela fotografia analógica, é o voluntário que voltou a Dulombi, a aldeia Guineense onde o pai esteve mobilizado durante a Guerra do Ultramar. Uma aventura que acabou por se transformar em missão humanitária.
Das quase 50 vezes que foi e veio carregou toneladas de alimentos, centenas de medicação, material escolar… e muitos sonhos. A mais de 5 mil quilómetros de casa, lá em Dulombi, o Gil Ramos equipou um hospital, construiu uma escola, lutou pela construção de instalações para albergar voluntários e pelo apoio permanente às 150 crianças em idade escolar desta aldeia.
Esta África de que o seu pai lhe falara não estava nos planos. A ideia era atravessar o deserto e ver a África negra pela qual se tem tanto de fascínio, como de medo. Achava que fecharia ali o ciclo. Era apenas uma viagem. O problema é que não aconteceu assim. Tornou-se mais forte voltar. A Guiné procurou por si, chamou-o para a missão da sua vida. Hoje, a Missão Dulombi tornou-se a experiência de uma tribo, perdida no meio da Guiné Bissau, que o trata como filho.
Entre viagens sem mapa, Dulombi abeirou-se de si pelo seu perfume especial. Escutar a vida a partir desse lugar é, segundo este admirador de céus vastos, um privilégio. Quando o Gil vai, parte no rasto de um silêncio luminoso. Esse, que diz ser feito de uma luz diferente.
Tenho para mim, que o Gil não sabe mesmo que a grandeza da Missão Dulombi não advém apenas do lugar. Esta dimensão é feita também do seu otimismo radioso, da sua felicidade sóbria, dos seus olhos sensatos que sabem ver com o coração, do rosto calmo e maduro que traz, do inaudível no audível que escutamos em si. É esta junção de fatores que trouxe ao infindo da viagem, pelos meios do caminho, a força de outros voluntários, o irromper de uma geração nova em prol desta missão.
Caminhar
nesta história é um exercício de esperança. Assista à conversa (parte 1) com
Gil Ramos.
FEVEREIRO 2021
1 - Fernando Marques da Silva, ex-1.º cabo atirador do 4.º pelotão e com o n.º 68 da lista dos combatentes, reside no Caramulo.
No dia de seu aniversário – 2 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fernanda.
Confidenciou-me que há cerca de 10 anos foi submetido a um cateterismo, que não resultou. Então, teve que ser operado ao coração para colocar um bypass coronário. Desde então, tem seguido os conselhos médicos referentes a estes casos operatórios.
O Fernando, no seu tempo de juventude, foi cangalheiro – agente funerário e, no seu tempo, Caramulo era um centro ideal para tratar a tuberculose. Mesmo assim, como vinha gente de todo o País para esse fim, as mortes diárias eram muitas. O Fernando lembra-se de fazer por volta de 6 enterros por dia. Agora, diz ele, esse tempo voltou devido à pandemia que nos assola. No Caramulo e arredores a quantidade de óbitos iguala esses tempos passados!
2 - Albino Almeida Piedade, ex-1.º cabo atirador do 3.º pelotão e com o n.º 8 da lista dos combatentes, reside em Rio Maior.
No dia do seu aniversário – 4 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Maria da Luz.
O Albino, felizmente, desde o aniversário do ano passado, não retirou mais “peças” da “máquina”! Quanto ao rim que “desapareceu”, não conseguiu saber ainda como isso aconteceu. Há uma teoria: talvez tenha nascido sem ele! Outra teoria que o Piedade conta, é que o rim se desfez…com o esforço do trabalho, o que originou sangrar durante cerca de dois meses. Ou então, conta o Piedade, emigrou para outra parte do corpo!
Também relembro que o Piedade retirou o umbigo e a vesícula em 2019.
A D. Maria da Luz encontra-se bem de saúde, tendo recuperado muito bem da operação a que se submeteu (aneurisma cerebral).
3 - Belarmino Aquino Vaz Pereira, ex-soldado atirador do 4.º pelotão e com o n.º 39 da lista dos combatentes, reside em Brest, França.
Aí reside com os seus familiares e onde os seus filhos e netos já cimentaram as suas vidas profissionais e amizades. No dia do seu aniversário – 4 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Liliete. De quando em vez vem a Portugal. Este ano conta viajar até Portugal, em abril, se as condições relativas à pandemia covid 19 assim o permitir.
4 - Jorge Manuel da Silva Cunha, ex-1.º cabo auxiliar de enfermeiro e com o n.º 97 da lista dos combatentes, reside em Palmeira, Braga.
No dia do seu aniversário – 8 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está relativamente bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Conceição. O Jorge Cunha continua com a sua profissão de barbeiro, que muito o ocupa, principalmente aos Sábados, o dia preferido dos Palmeirenses para cortar o cabelo e fazer a barba.
Os problemas de saúde narrados no aniversário do ano passado estão a ser parcialmente ultrapassados, estando muito melhor. Continua a fazer exames periódicos.
5 - Fernando Martins Fernandes, ex-1.º cabo de reabastecimento de material e com o n.º 161 da lista dos combatentes, reside na cidade de Wiesbaden, Alemanha, onde tem os seus familiares e onde os seus filhos e netos já cimentaram as suas vidas profissionais e amizades.
De quando em vez vem a Portugal, visitar a sua terra natal: Silgueiros - Viseu. No dia do seu aniversário – 8 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fátima.
O Fernando é natural de S. Pedro de Merelim, Braga, e o Jorge Cunha é natural de Palmeira, Braga. Estas duas povoações ficam distanciadas 5,4 km. Interessante, porque o Jorge Cunha e o Fenando Fernandes nasceram no mesmo dia: 8 de fevereiro da 1948!
6 - Joaquim Jesus Alves, ex-furriel enfermeiro e com o n.º 93 da lista dos combatentes, reside na Amadora.
No dia do seu aniversário – 10 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Ana Maria.
7 - José António Paiva Guimarães, ex-soldado condutor e com o n.º 98 da lista dos combatentes, reside em Rio Tinto, Porto.
No dia de seu aniversário – 15 de fevereiro de 2021 – telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fátima. Como os anos passam, teve que ser operado à anca, tema já referido no ano passado. Apenas ficou a “mancar” um pouco, mas ficou bem. O Paiva Guimarães tem 3 filhas a viver com ele. Duas são gémeas: a Susana e a Graça e a mais velha é a Cecília.
8 - André Agostinho Correia, ex-soldado atirador do 4.º pelotão e com o n.º 17 da lista dos combatentes, reside na cidade de Yermenonville, França.
No dia do seu aniversário – 15 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Não consegui o contacto, apesar da chamada ser atendida, em língua portuguesa, por uma senhora. O mesmo problema de há dois anos! Tentaremos daqui a uns tempos!
9 - Armindo da Conceição Ramos, ex-soldado atirador do 1.º pelotão (mas exerceu funções na equipa de reordenamento da tabanca de Dulombi) e com o n.º 35 da lista dos combatentes, reside na Maia, Porto.
No dia do seu aniversário – 23 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Maria José.
10 - Gaspar Almeida Ribeiro, ex-1.º cabo corneteiro (mas exerceu funções de ajudante de vagomestre) e com o n.º 76 da lista dos combatentes, reside em Guimarães.
No dia do seu aniversário – 23 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Lucinda.
11 - António Fernando Pinto de Almeida, ex-1.º cabo atirador do 2.º pelotão e com o n.º 25 da lista dos combatentes, reside na Madalena, Vila Nova de Gaia.
No dia do seu aniversário – 25 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fernanda.
12 - Manuel Joaquim Maciel Fernandes, ex-soldado atirador do 4.º pelotão (mas exerceu funções na Messe) e com o n.º 133 da lista dos combatentes, reside em Matosinhos.
No dia do seu aniversário – 28 de fevereiro de 2021, telefonei-lhe para dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Angelina. O Maciel deixou de trabalhar no restaurante Proa, pois este fechou definitivamente. Depois, apesar de já estar reformado, foi trabalhar para o restaurante Chalandra, em Matosinhos, como referi no seu aniversário do ano passado. Presentemente está a trabalhar em Francelos, no restaurante e Clube “Parque da Gandra”, que fica perto da Capela de Francelos.
27 - Evaristo Faria Borges