sábado, 27 de março de 2021

P812: DOCUMENTÁRIO SOBRE A GUINÉ-BISSAU

Nestes tempos de "clausura" convidava-vos a entreterem-se vendo este interessante documentário sobre a Guiné-Bissau.

Também nós, enquanto elementos da 2700, fomos "actores" neste filme.

https://youtu.be/CYSJA6b3YEM 

quarta-feira, 24 de março de 2021

P811: CONVERSAS COM GIL RAMOS (PARTE III)

Expôs-se à malária na sua última viagem a África, de onde voltou doente. A seguir, uma espécie de inversão de marcha na vida bateu-lhe à porta. Esteve em coma, foi obrigado a recomeçar do zero, a reaprender-se nas atividades essenciais do seu dia-a-dia. Dulombi mostrou-lhe que a vida se cumpre no caminho e na viagem, mas que às vezes estes são feitos sem guião. Ao sabor da busca, quase um ano depois, o Gil assinalava um outro marco: cerca de 3 mil quilómetros a pedalar de bicicleta por Portugal. Marco inabitual para quem foi obrigado pela doença a reaprender quase tudo, desde o andar à assinatura do nome.
Dulombi será sempre a sua herança inquestionável. Aí o sonho define-o. É essa a legenda no olhar de Gil Ramos, um dos fundadores e voluntários da Missão Dulombi. Gosta ou precisa de “viver no redline”, talvez pela necessidade de busca e procura, ou pela dificuldade tremenda de se libertar do passado. Este é o Gil, filho de Dulombi, que vive ao sabor da busca, mas sem pressa de ver o fim; que acredita na vivacidade da troca; que nos oferecerá sempre uma viagem em troca de uma missão.
Sobre a Guiné, país que o chamou, diz, ainda, não ser para todos. “É fácil tropeçar numa pedra e depararmo-nos com um mundo à parte”, nesta África negra. Mas, afinal, que mundo é este?
Veja a última parte desta conversa intensa, sobre uma história que nos alimenta de espanto. A narrativa de quem se diz não ter sido feito “para ver a lua duas vezes no mesmo sítio”, mas cujo pequeno milagre defende ser: “estar no sítio certo, à hora certa”. 

terça-feira, 23 de março de 2021

P810: CONVERSAS COM GIL RAMOS (PARTE II)

Num país em que tudo é possível, mas nada acontece, “onde pode realmente tudo correr mal”, Gil Ramos levou apoio através da Missão Dulombi. Por contraponto diz que trouxe sempre mais do que levou.

O hospital que serve 127 aldeias e “para onde as pessoas iam para morrer”, foi o gatilho para esta missão, traduzida na multiplicidade de dons de todos os voluntários que dela fazem parte.
Por mais de 10 anos, África confrontou-o com jogos de paciência. Muitas viagens reconfiguraram-se como um começo. A quente pulsação da vida, do Gil e de todos os voluntários da Missão Dulombi, fez-se nestas expedições humanitárias à Guiné-Bissau. Quem soube ir, soube encontrar algo. Porque Dulombi é instauradora de reciprocidade. As histórias que o Gil traz são fáceis de emocionar, são duras, difíceis de imaginar sequer. Mas importa não esquecer que “também há histórias bonitas”.
A nova geração de voluntários locais, por exemplo, são a garantia de continuidade futura desta missão. Muitos eram crianças quando o Gil chegou a Dulombi. O seu super voluntário, o Amadu, tinha 10 anos e, atualmente, é o professor do jardim de infância. Hoje, o Gil não faz nada sem o conselho deste menino homem de 20 anos.
Neste livro de imagens, na itinerância do Gil, lá onde os ruídos se acalmam, ele foi capaz de aproximar os distantes. Mas, tenho também para mim que o Gil não tem total ideia do real tamanho deste seu pequeno milagre. 
 Assista aqui à continuação da entrevista: https://www.facebook.com/narrativashumanas/videos/498674154471923

segunda-feira, 22 de março de 2021

P809: CONVERSAS COM GIL RAMOS

Pelo trabalho realizado no "nosso" Dulombi; por ser filho dum dos mais ilustres membros da 2700, faz todo o sentido a transcrição deste texto. O nosso preito ao Gil Ramos e a nossa vénia pela autorização da utilização do texto e entrevista a NARRATIVAS HUMANAS na pessoa de Magda Stela. 


Uma viagem em troca de uma missão

Caminhar nesta história é um exercício de esperança. As vozes indistintas pela África negra que nos capturam para dentro dela, são também as que fazem deste um retrato impressivo pela mais bela expedição sem fim, singularmente feita de muitos regressos. Uma viagem que nos faz exceder, atravessar e perder lugares, pelo brilho do olhar do Gil, pela sua voz carregada de identidade, pela indiferente gratuitidade das suas memórias.

Uma conversa inevitavelmente interessante com o Gil Ramos, um dos fundadores, voluntário e rosto da Missão Dulombi, uma organização de ajuda humanitária. O também realizador e produtor de cinema documental, apaixonado pela fotografia analógica, é o voluntário que voltou a Dulombi, a aldeia Guineense onde o pai esteve mobilizado durante a Guerra do Ultramar. Uma aventura que acabou por se transformar em missão humanitária.

Das quase 50 vezes que foi e veio carregou toneladas de alimentos, centenas de medicação, material escolar… e muitos sonhos. A mais de 5 mil quilómetros de casa, lá em Dulombi, o Gil Ramos equipou um hospital, construiu uma escola, lutou pela construção de instalações para albergar voluntários e pelo apoio permanente às 150 crianças em idade escolar desta aldeia.

Esta África de que o seu pai lhe falara não estava nos planos. A ideia era atravessar o deserto e ver a África negra pela qual se tem tanto de fascínio, como de medo. Achava que fecharia ali o ciclo. Era apenas uma viagem. O problema é que não aconteceu assim. Tornou-se mais forte voltar. A Guiné procurou por si, chamou-o para a missão da sua vida. Hoje, a Missão Dulombi tornou-se a experiência de uma tribo, perdida no meio da Guiné Bissau, que o trata como filho.

Entre viagens sem mapa, Dulombi abeirou-se de si pelo seu perfume especial. Escutar a vida a partir desse lugar é, segundo este admirador de céus vastos, um privilégio. Quando o Gil vai, parte no rasto de um silêncio luminoso. Esse, que diz ser feito de uma luz diferente.

Tenho para mim, que o Gil não sabe mesmo que a grandeza da Missão Dulombi não advém apenas do lugar. Esta dimensão é feita também do seu otimismo radioso, da sua felicidade sóbria, dos seus olhos sensatos que sabem ver com o coração, do rosto calmo e maduro que traz, do inaudível no audível que escutamos em si. É esta junção de fatores que trouxe ao infindo da viagem, pelos meios do caminho, a força de outros voluntários, o irromper de uma geração nova em prol desta missão.

Caminhar nesta história é um exercício de esperança. Assista à conversa (parte 1) com Gil Ramos.

Poderão aceder à entrevista clicando neste link:

segunda-feira, 8 de março de 2021

P808: ALÔ DAQUI FALA O LEMOS

  FEVEREIRO 2021

 

1 - Fernando Marques da Silva, ex-1.º cabo atirador do 4.º pelotão e com o n.º 68 da lista dos combatentes, reside no Caramulo.

No dia de seu aniversário – 2 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fernanda.

Confidenciou-me que há cerca de 10 anos foi submetido a um cateterismo, que não resultou. Então, teve que ser operado ao coração para colocar um bypass coronário. Desde então, tem seguido os conselhos médicos referentes a estes casos operatórios.

O Fernando, no seu tempo de juventude, foi cangalheiro – agente funerário e, no seu tempo, Caramulo era um centro ideal para tratar a tuberculose. Mesmo assim, como vinha gente de todo o País para esse fim, as mortes diárias eram muitas. O Fernando lembra-se de fazer por volta de 6 enterros por dia. Agora, diz ele, esse tempo voltou devido à pandemia que nos assola. No Caramulo e arredores a quantidade de óbitos iguala esses tempos passados!

 

2 - Albino Almeida Piedade, ex-1.º cabo atirador do 3.º pelotão e com o n.º 8 da lista dos combatentes, reside em Rio Maior.

No dia do seu aniversário – 4 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Maria da Luz.

O Albino, felizmente, desde o aniversário do ano passado, não retirou mais “peças” da “máquina”! Quanto ao rim que “desapareceu”, não conseguiu saber ainda como isso aconteceu. Há uma teoria: talvez tenha nascido sem ele! Outra teoria que o Piedade conta, é que o rim se desfez…com o esforço do trabalho, o que originou sangrar durante cerca de dois meses. Ou então, conta o Piedade, emigrou para outra parte do corpo!

Também relembro que o Piedade retirou o umbigo e a vesícula em 2019.

A D. Maria da Luz encontra-se bem de saúde, tendo recuperado muito bem da operação a que se submeteu (aneurisma cerebral).

 

3 - Belarmino Aquino Vaz Pereira, ex-soldado atirador do 4.º pelotão e com o n.º 39 da lista dos combatentes, reside em Brest, França.

Aí reside com os seus familiares e onde os seus filhos e netos já cimentaram as suas vidas profissionais e amizades. No dia do seu aniversário – 4 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Liliete. De quando em vez vem a Portugal. Este ano conta viajar até Portugal, em abril, se as condições relativas à pandemia covid 19 assim o permitir.

 

4 - Jorge Manuel da Silva Cunha, ex-1.º cabo auxiliar de enfermeiro e com o n.º 97 da lista dos combatentes, reside em Palmeira, Braga.

No dia do seu aniversário – 8 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está relativamente bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Conceição. O Jorge Cunha continua com a sua profissão de barbeiro, que muito o ocupa, principalmente aos Sábados, o dia preferido dos Palmeirenses para cortar o cabelo e fazer a barba.

Os problemas de saúde narrados no aniversário do ano passado estão a ser parcialmente ultrapassados, estando muito melhor. Continua a fazer exames periódicos.

 

5 - Fernando Martins Fernandes, ex-1.º cabo de reabastecimento de material e com o n.º 161 da lista dos combatentes, reside na cidade de Wiesbaden, Alemanha, onde tem os seus familiares e onde os seus filhos e netos já cimentaram as suas vidas profissionais e amizades.

De quando em vez vem a Portugal, visitar a sua terra natal: Silgueiros - Viseu. No dia do seu aniversário – 8 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fátima.

O Fernando é natural de S. Pedro de Merelim, Braga, e o Jorge Cunha é natural de Palmeira, Braga. Estas duas povoações ficam distanciadas 5,4 km. Interessante, porque o Jorge Cunha e o Fenando Fernandes nasceram no mesmo dia: 8 de fevereiro da 1948!

 

6 - Joaquim Jesus Alves, ex-furriel enfermeiro e com o n.º 93 da lista dos combatentes, reside na Amadora.

No dia do seu aniversário – 10 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Ana Maria.

 

7 - José António Paiva Guimarães, ex-soldado condutor e com o n.º 98 da lista dos combatentes, reside em Rio Tinto, Porto.

No dia de seu aniversário – 15 de fevereiro de 2021 – telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fátima. Como os anos passam, teve que ser operado à anca, tema já referido no ano passado. Apenas ficou a “mancar” um pouco, mas ficou bem. O Paiva Guimarães tem 3 filhas a viver com ele. Duas são gémeas: a Susana e a Graça e a mais velha é a Cecília.

 

8 - André Agostinho Correia, ex-soldado atirador do 4.º pelotão e com o n.º 17 da lista dos combatentes, reside na cidade de Yermenonville, França.

No dia do seu aniversário – 15 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Não consegui o contacto, apesar da chamada ser atendida, em língua portuguesa, por uma senhora. O mesmo problema de há dois anos! Tentaremos daqui a uns tempos!

 

9 - Armindo da Conceição Ramos, ex-soldado atirador do 1.º pelotão (mas exerceu funções na equipa de reordenamento da tabanca de Dulombi) e com o n.º 35 da lista dos combatentes, reside na Maia, Porto.

No dia do seu aniversário – 23 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Maria José.

 

10 - Gaspar Almeida Ribeiro, ex-1.º cabo corneteiro (mas exerceu funções de ajudante de vagomestre) e com o n.º 76 da lista dos combatentes, reside em Guimarães.

No dia do seu aniversário – 23 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Lucinda.

 

11 - António Fernando Pinto de Almeida, ex-1.º cabo atirador do 2.º pelotão e com o n.º 25 da lista dos combatentes, reside na Madalena, Vila Nova de Gaia.

No dia do seu aniversário – 25 de fevereiro de 2021 - telefonei-lhe para lhe dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Fernanda.

 

12 - Manuel Joaquim Maciel Fernandes, ex-soldado atirador do 4.º pelotão (mas exerceu funções na Messe) e com o n.º 133 da lista dos combatentes, reside em Matosinhos.

No dia do seu aniversário – 28 de fevereiro de 2021, telefonei-lhe para dar os parabéns, pelas suas 73 primaveras. Está bem de saúde, assim como a sua esposa, D. Angelina. O Maciel deixou de trabalhar no restaurante Proa, pois este fechou definitivamente. Depois, apesar de já estar reformado, foi trabalhar para o restaurante Chalandra, em Matosinhos, como referi no seu aniversário do ano passado. Presentemente está a trabalhar em Francelos, no restaurante e Clube “Parque da Gandra”, que fica perto da Capela de Francelos.

segunda-feira, 1 de março de 2021

P807: MARÇO - ANIVERSÁRIOS

  01 - António Bessa Nunes









02 - António Marinho Alves






05 - José Orlando Vicente










09 - Joaquim Moura Quintas









12 - Joaquim Queiroz Fernandes










13 - Arnaldo Seabra da Costa









14 - José Gonçalves Mestre









20 - Solcélio do Nascimento Mateus










22 - Fernando Mota











24 - Carlos Medeiros Barbosa









27 - Isidro Silva Vaquinhas







                                 

27 - Evaristo Faria Borges


29 - Alberto Espírito Santo