terça-feira, 23 de março de 2021

P810: CONVERSAS COM GIL RAMOS (PARTE II)

Num país em que tudo é possível, mas nada acontece, “onde pode realmente tudo correr mal”, Gil Ramos levou apoio através da Missão Dulombi. Por contraponto diz que trouxe sempre mais do que levou.

O hospital que serve 127 aldeias e “para onde as pessoas iam para morrer”, foi o gatilho para esta missão, traduzida na multiplicidade de dons de todos os voluntários que dela fazem parte.
Por mais de 10 anos, África confrontou-o com jogos de paciência. Muitas viagens reconfiguraram-se como um começo. A quente pulsação da vida, do Gil e de todos os voluntários da Missão Dulombi, fez-se nestas expedições humanitárias à Guiné-Bissau. Quem soube ir, soube encontrar algo. Porque Dulombi é instauradora de reciprocidade. As histórias que o Gil traz são fáceis de emocionar, são duras, difíceis de imaginar sequer. Mas importa não esquecer que “também há histórias bonitas”.
A nova geração de voluntários locais, por exemplo, são a garantia de continuidade futura desta missão. Muitos eram crianças quando o Gil chegou a Dulombi. O seu super voluntário, o Amadu, tinha 10 anos e, atualmente, é o professor do jardim de infância. Hoje, o Gil não faz nada sem o conselho deste menino homem de 20 anos.
Neste livro de imagens, na itinerância do Gil, lá onde os ruídos se acalmam, ele foi capaz de aproximar os distantes. Mas, tenho também para mim que o Gil não tem total ideia do real tamanho deste seu pequeno milagre. 
 Assista aqui à continuação da entrevista: https://www.facebook.com/narrativashumanas/videos/498674154471923

Sem comentários: