terça-feira, 7 de abril de 2015

P564: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS (V PARTE)


            Com 109 Relíquias Fotográficas conseguidas e descritas nos temas anteriores, falta apenas narrar as peripécias por que passei até encontrar os três camaradas emigrados em falta, para concluir as RF’s conseguidas através do correio normal e via electrónica, sem antes ter de me deslocar aos locais indicados por diversas fontes até chegar ao contacto dos elementos procurados.
Temos o caso do Arlindo Ferreira Gonçalves. Nas publicações das Relíquias Fotográficas no nosso Blogue, aparecia de quando em vez, um camarada com a alcunha de “Boticas”.
Ora, Boticas, é uma vila portuguesa do Alto Trás-os-Montes, fazendo fronteira com Montalegre, Chaves, Vila Pouca de Aguiar, Ribeira de Pena e Cabeceiras de Basto.
Entretanto, não sabíamos que o “Boticas” era o Arlindo Ferreira Gonçalves. Tive a informação que o Arlindo tinha residência em Viseu, já não morando em Boticas há muito tempo. Depois soube que tinha emigrado para a Alemanha. Este é um caso que não posso descrever como o encontrei, pois já não me lembro. Como consegui o número de telefone da Alemanha? Vagamente, recordo-me que talvez fosse o Fernando Fernandes que mora a cerca de 30 km de Frankfurt, onde reside o Arlindo, que mo conseguiu arranjar.
Conheci o “Boticas” quando veio de férias a Portugal, e aterrou no Aeroporto Sá Carneiro, no Porto. Vinha acompanhado de sua filha e esperava-o um irmão. À mesa de um café do aeroporto, dialogamos sobre a “Vida”, tirámos umas fotos, e o Arlindo seguiu viagem para a sua “Viseu”, já que Boticas, foi onde nasceu.
Um abraço, Arlindo, pela simpatia com que fui recebido.
Relativamente ao Fernando Fernandes, a primeira informação que tive foi do Maciel. Este tinha uma direcção de Viseu, nomeadamente de Silgueiros.
Nas minhas viagens de Janeiras e Reis como apreciador destes costumes, em Janeiro de 2012 ou 2013 fui até Passos de Silgueiros assistir ao Encontro das Janeiras organizado pelo Grupo Etnográfico da freguesia.
Ora, aproveitei para fazer averiguações sobre o Fernando Fernandes, nomeadamente junto do meu amigo Inspector Lopes Pires, conhecedor profundo das gentes de Silgueiros. Só que fui informado que havia várias freguesias com o nome de Silgueiros. O Senhor Inspector sugeriu-me que o melhor seria perguntar ao “Homem Correio” da terra, mais conhecedor das pessoas das aldeias. Pois foi este Senhor, cujo nome já me varreu, que descobriu, pelos dados fornecidos por mim, que havia um Fernando Fernandes emigrado na Alemanha, mas que morava na freguesia de Silgueiros de Bodiosa, e que tinha uma residência nessa freguesia. Por este processo consegui o número de telefone do Fernandes e quando telefonei…era mesmo ele.
Por último, temos o caso do Valdemar Ferreira. As listas do Timóteo indicavam uma direcção de Chaves. Lá arranjei o telefone dessa direcção e o atendimento foi feito por uma sua irmã. Mas não consegui o contacto do Valdemar, visto que não obtive a confiança por parte dos seus familiares. Talvez pensassem que os objectivos do meu telefonema fossem outros. Então, pedi a colaboração do Manuel Parada, morador nas terras das “bruxarias”, para ir pessoalmente à residência da irmã, para explicar os objectivos das minhas pesquisas. Assim consegui saber a direcção e o contacto telefónico do Valdemar, cuja família mora em Castro D’Aire, estando ele, nessa altura, na Suíça, como emigrante.
Fui muito bem atendido pelo Valdemar, já que ele não tinha contactos com elementos da 2700. Já regressou definitivamente a Portugal.

Algumas das RF’s foram conseguidas com a ajuda de terceiros:

Fernando Barata: Tratou das RF’s do Fernandino da Silva Almeida, do Henrique Manuel da Rocha Soares, do José Orlando Vicente, do Manuel Carlos Candeias Ravasco, do Carlos Manuel Oliveira Costa e das suas próprias RF’s.

Manuel Ventura: Tratou, a meu pedido, das RF’s do cozinheiro Patão, com residência em Lagos. Obrigado Ventura, pela colaboração prestada.

Trabalhei seguidamente em casos de camaradas que não faziam parte da lista do Timóteo, mas faziam parte da lista de embarque do Carvalho Araújo. Não sei por que razão os pioneiros desta lista não os colocaram ou não os procuraram ou ainda por que não os encontraram.
Também segui o rasto de camaradas que não respondiam às cartas do Timóteo ou estas vinham devolvidas por desconhecimento do seu paradeiro.
Tenho onze pesquisas realizadas nestas circunstâncias ao longo de muitos meses e, cada uma, com a sua história:

1.      Alfredo Azevedo - Amares

Foi em Janeiro de 2012 que segui rumo a Amares para tentar saber notícias do Alfredo Azevedo, já que as cartas que o Timóteo enviava vinham sempre devolvidas. No primeiro café que encontrei, parei e perguntei pelo Alfredo. Por coincidência, aí se encontrava um seu irmão a jogar uma partida de sueca com os amigos. E a infeliz notícia veio logo a seguir: O Alfredo tinha falecido em Agosto de 2007, em França.
A notícia foi publicada no nosso Blogue.           

2. António Joaquim Rodrigues Torres - Arcos de Valdevez.

     Resolvi dar um passeio até Arcos de Valdevez. Depois de visitar esta belíssima vila raiana do distrito de Viana do Castelo, segui rumo ao lugar de Casal do Vale. Era um Domingo. O lugar parecia um deserto. Pelas suas sinuosas vielas encontrei finalmente um habitante. Aproveitei a oportunidade para perguntar pelo Torres. Sorte a minha: tinha estacionado o Jipe a 10 metros da casa da mãe do Torres. Esse amigo apresentou-me à D. Maria Rodrigues, mas a desconfiança demonstrada pela D. Maria foi notória. Contudo, como ia acompanhado pela minha esposa e por um habitante da aldeia, o diálogo foi possível. Logo mostrei fotografias do Torres e a confiança subiu ao ponto de a D. Maria Rodrigues nos convidar para jantar. No início a D. Maria não tinha o telefone do filho nem a sua direcção, mas no final da visita, lá mo arranjou. Não consegui fotos recentes do Torres. Já o contactei várias vezes. Está emigrado na Bélgica. Espero que me envie uma foto recente.
Talvez, um dia, o encontre de férias em Portugal….

3. Manuel Gonçalves da Costa, “Vila Pouca” - Ponte de Lima

 Este nosso camarada não se encontrava nas listas do Timóteo, apenas era mencionado na lista de embarque do Carvalho Araújo.
 Sendo assim, não fazia a mínima ideia onde morava.
Por outro lado, nas fotos que iam aparecendo nas RF’s, aparecia um camarada com a alcunha de “Vila Pouca”.
Afinal o “Vila Pouca” era o Manuel Gonçalves da Costa.
Com a preciosa colaboração do saudoso Tenente-Coronel Correia e através do número mecanográfico, consegui saber a residência do “Vila Pouca”, aquando da sua partida para a Guiné. Talvez morasse no mesmo lugar!
Segui rumo a Ponte de Lima, mais propriamente à freguesia de Vitorino de Piães, com a esperança de o encontrar.
Fui bem sucedido e logo demos um abraço, exclamando o Manuel Costa: Pensei que já todos tinham morrido”… pois há mais de 40 anos que não tinha notícias da 2700.
Como curiosidade, perguntei ao Manuel da Costa porquê o apelido “Vila Pouca”, já que ele morou sempre em Ponte de Lima e Vila Pouca de Aguiar fica a cerca de 90 km de distância!
E a resposta foi: “não sei porquê, alguns colegas do meu pelotão começaram-me a chamar por esse apelido, talvez por confusão da minha terra natal… e assim fiquei com essa alcunha inapropriada”.


4. Delmar M. Sobreira, “Faiões” - Chaves

Nas fotos que iam aparecendo, aquando das publicações das RF’s, de quando em vez aparecia o nome “Faiões”. Mas quem era o “Faiões”?
Ora, Faiões, é uma freguesia do Concelho de Chaves.
Acabei por descobrir que o “Faiões” era o Delmar M. Sobreira, natural da freguesia de Faiões. O Delmar também não vinha nas listas do Timóteo. Obtive informações sobre o Delmar através dos camaradas a viverem em Chaves, nomeadamente o Elias e o Parada. Soube então que o Delmar tinha falecido num brutal desastre de motorizada contra um camião.
Foi mais uma triste notícia obtida nestas pesquisas.

5. Joaquim Azevedo Costa, “Reguila" - Trofa

Este nosso camarada também não se encontrava na lista do Timóteo. A primeira informação foi-me dada pelo Maciel. Segundo o Maciel este nosso camarada tinha falecido num desastre quando se dirigia para Fátima. Certo dia, o Fernando Barata recebeu um e-mail de seus familiares, depois de terem visto o nosso Blogue e o nome dele. O falecimento do Joaquim Costa afinal foi devido a uma grave doença de estômago, tendo falecido em Agosto de 1980.


Continuarei no próximo capítulo, já que o tema de hoje vai longo.

Até à data foram descritas 121 RF’s.

Até breve.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

P563: EM ABRIL FAZEM ANOS

01 - Antero Fonseca









08 - Alfredo de Sá








10 - Firmino Pereira "Russo"






11 - Carlos Alberto Moniz
12 - Alcino Sousa




12 - Vítor Gonçalves





13 - Valdemar Chaves Ferreira








14 - Carlos Pina Bentes

15 - Américo Estanqueiro





18 - Carlos Silva "Mesquinhata"






19 - Carlos Amaral





27 - Fernando Machado





28 - José Luís Monteiro







28 - António Silva Cunha




29 - Carlos Calado







30 - Coronel Carlos Gomes






30 - Fernando Luís







terça-feira, 24 de março de 2015

domingo, 22 de março de 2015

P561: HOMENAGEM DA "FERRUGEM" AO DAVID JORGE - RICARDO LEMOS



HOMENAGEM DA “FERRUGEM” (MECÂNICOS E CONDUTORES)

AO CAMARADA DAVID JORGE NO 30º DIA DO SEU FALECIMENTO

19 de Fevereiro de 2015

A Igreja adoptou a tradição de celebrar missa no 7.º dia, no 30.º dia e no dia do aniversário do falecimento do membro da comunidade, dando-lhe, é claro, um sentido espiritual. A celebração do 7.º dia é associada à criação operada por Deus ao longo de seis dias, sendo que no sétimo descansou.
No 30.º dia ou no aniversário de um ano de falecimento, não há associações especiais. Simplesmente são datas que sinalizam a marcha do tempo que vai passando. A saudade, entretanto, está presente no coração de quem fica.

Sendo assim, a saudade está presente em todos os camaradas da “Ferrugem”, designadamente os Mecânicos e Condutores com quem o David Coelho Jorge mais conviveu como ajudante dos mecânicos da nossa Companhia, apesar de, nos primeiros meses de comissão exercer a sua especialidade de atirador do 1.º pelotão.









 
Exma. Senhora Irene (Esposa), filho e neta do David Jorge

Em nome dos camaradas mecânicos e condutores da 2700, vimos por meio desta mensagem expor todo o nosso sentimento pela vossa perda recente e relembrar o 30.º dia do falecimento do David com pesar e saudade.
Que Deus ilumine e console a vossa vida.

segunda-feira, 16 de março de 2015

P560: FALECIMENTO DO CHEFE DE TABANCA DE DULOMBI



Culubali, ao centro, ladeado por dois elementos do PAIGC

Acabo de ter conhecimento, através do notícia transmitida pelo Gil Ramos e corroborada por seu neto, Ussumane Culubali, que faleceu o Chefe de Tabanca de Dulombi, Ousmane Culubali.
Era o nosso interlocutor sempre que alguma directiva tinha que ser transmitida à população.
Paz à sua alma
Chefe Culubali na companhia do seu filho Mussa, também, já falecido

sexta-feira, 13 de março de 2015

P559: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS (PARTE IV)


            Com 79 Relíquias Fotográficas conseguidas e narradas nos temas anteriores, continuei a receber via correio normal e via correio electrónico mais fotografias da vida quotidiana de Dulombi, das suas gentes, das peripécias dos nossos combatentes, das paisagens de Dulombi, Galomaro e Bafatá, das acções militares dos nossos pelotões, dos momentos de lazer e descanso da Companhia, entre outros temas muitos diversificados.
As participações restantes por estas vias, foram as seguintes:

De Setúbal, o Carlos Calado
Da Moita, o Manuel Portugal
Do Caramulo, o Fernando Silva “Cangalheiro”
De Borba, o Baltasar Bilro
De Ponte de Sôr, o Leandro Gonçalves
De Vendas Novas, o Luís Telha
De Vila Nova da Barquinha, o João Costa Fernandes
De Barcarena, o José da Silva Guerra
De Santarém, o João Fonseca Costa
Da Amadora, o Joaquim Alves
De Coimbra, o Hélder Balça
Dos Açores, o António Silva, o Carlos Barbosa e o Timóteo
De Lagoa, o Pina Bentes, o José Franco e o Serafim Silva
De Queluz, o Domingos Lemos

E do estrangeiro:

De França, o Arnaldo Costa, Custódio Presa, Luís de Carvalho, Serafim
                    Vieira, André Correia, Eduardo Francisco e o Belarmino
                    Vaz Pereira.
Da Alemanha, Arlindo Gonçalves e o Fernando Fernandes.
Dos Estados Unidos da América, o Francisco Pinheiro e o José Santos.
Da Suíça, o Valdemar Ferreira.

Foram mais 30 participações, muitas delas com contornos de pesquisa difíceis, relativamente às novas moradas dos nossos camaradas emigrantes.
De Portugal, consegui encontrar o José da Silva Guerra, em Barcarena. Já corria o boato do seu falecimento.
Decorriam as publicações das Relíquias Fotográficas no nosso Site e, de quando em vez, aparecia nas fotografias o Franco, do reordenamento, elemento que já se encontrava em Dulombi, aquando da nossa chegada. Cheguei a pensar que seria impossível encontrar este elemento, visto que só se sabia que se chamava Franco e nada mais. Quando enviei umas fotos para o Pina Bentes com a esperança de ele identificar alguns elementos não reconhecidos por mim nem pelo Barata, qual o meu espanto quando o Pina Bentes me disse que reconhecia o Franco e que morava perto dele, em Lagoa. E mais, também reconhecia o Serafim Silva, que esteve em Dulombi cerca de 1 mês, também pertencente à Engenharia e… era mais um elemento que morava em Lagoa…
Obrigado, Pina Bentes, pela ajuda.
Dos Açores, consegui contactar o António Silva pertencente à Engenharia, elemento descrito nas memórias do Fernando Barata. Segundo me lembro, foi pela Internet que consegui alguns nomes idênticos. Por tentativas, fui telefonando e questionando os “Antónios Silvas” que me atendiam até que…acertei, quando me atenderam da Praia do Almoxarife, Faial. Obrigado António Silva pela forma como fui atendido e pela colaboração e simpatia com que fui presenteado. Ficámos amigos.
Mais difícil foi encontrar o Domingos Lemos. A lista do Timóteo referenciava que ele morava em Ribeira de Pena, lugar de Friume. Organizei um passeio a esta Vila, pertencente ao distrito de Vila Real. Cheguei a Friúme, por caminhos estreitos e montanhosos e logo procurei o Domingos Lemos. Até que encontrei um café, na aldeia, pertencente a uma sua irmã. Fiquei a saber que o Domingos Lemos já não morava em Friume, mas sim em Oeiras. Os contactos  foram-me cedidos depois de um diálogo explicativo relativamente aos meus objectivos.
Os meus agradecimentos aos familiares do Domingos, moradores em Friume.
Relativamente aos camaradas emigrantes as dificuldades redobraram. Cada um tem a sua história. Ora vejamos:
Encontrar o “Estraga”, o nosso condutor dos Unimogs, foi complicado. A direcção que dispunha era de uma rua da cidade da Maia, distrito do Porto. Lá me desloquei à residência indicada, mas já lá não morava. Contudo, perguntando nas casas vizinhas pelo Arnaldo Costa, recebi a informação que familiares dele moravam numa rua próxima, onde me dirigi. Fiquei sabendo que não seria fácil obter dados dele, pois havia desavenças entre as famílias. Contudo e com diplomacia, lá consegui trazer um número de telefone de uma irmã, que morava numa freguesia vizinha. Passados alguns dias telefonei para esse número e lá consegui obter o número do telefone do “Estraga”, que se encontrava emigrado em França. A forma como o Arnaldo me atendeu foi de surpresa e de contentamento pelo contacto com o seu antigo furriel mecânico. Foi extremamente simpático e, hoje em dia, temos contactos por e-mails. Um abraço, Arnaldo, e um muito obrigado.
Relativamente ao condutor Serafim Vieira, também andei perdido por Vilar de Andorinho, Vila Nova de Gaia. Percorri ruas e vielas indicadas na lista do Timóteo, mas nessas ruas e vielas só havia ruínas…nada do Serafim. Na localidade ninguém se lembrava dele. Considerei um caso perdido…até que recebi uma informação confidencial de uma morada em França. Lá escrevi para essa morada, mas…o Serafim também já lá não morava, tinha mudado de residência. Contudo, a competência dos Correios Franceses foi tal, que me descobriram a nova morada. Assim houve o primeiro contacto com o Serafim, por telefone. Depois, por carta. Finalmente houve um encontro em Matosinhos, para bebermos uns copos. Temos contactos regulares por telefone. Um abraço, Serafim, pela simpatia e colaboração prestada.
O André Correia e o Francisco Pinheiro também eram mencionados na lista do Timóteo. O primeiro com uma direcção em Braga e o segundo com uma direcção no Porto. Como já referenciei, percorri Braga inteira à procura do André Correia sem nenhum resultado. Quanto ao Pinheiro, de quando em vez o Timóteo perguntava-me por esta “alma”, pois naquela lista antiga em arco-íris (o Timóteo coloria as direcções dos camaradas quando cartas vinham devolvidas, em função das diversas situações verificadas), já que a direcção dele era a de uma rua do Porto. Mas, não o encontrei, nem ninguém conhecia o Pinheiro…ainda me lembro de percorrer um prédio de 4 andares, parecia um detective à procura de alguém perigoso!
Mas, certo dia, telefonei ao Alcino da Silva e Sousa de Vila Boa do Bispo, Marco de Canaveses…e fez-se luz! O Alcino conhecia as famílias, destes dois camaradas, que moravam no Marco. Logo se prestou para se deslocar às residências respectivas e conseguiu-me os contactos destes dois camaradas. O Pinheiro, a morar na Florida ficou surpreendido pelo meu telefonema e, ao mesmo tempo, muito sensibilizado por ter um contacto com a 2700. Presentemente, contactamo-nos de quando em vez, por telefone, já que a “NOS”, e o meu contrato permite chamadas gratuitas para a América. Como novidade, está previsto o Francisco Pinheiro vir de férias a Portugal e a tempo de participar no nosso convívio em Fátima a 2 de Maio. Atenção, camaradas do 1.º Pelotão – poderão rever o Francisco após tantas décadas de ausência!
Fica aqui um obrigado ao André a ao Francisco pela forma como fui atendido, via telefone, e pela colaboração prestada nas RF’s.
Relativamente ao Luís de Carvalho, havia uma direcção que indicava a sua morada em Cancela, Cabeceiras de Basto. Mais um passeio até esta bela vila portuguesa do distrito de Braga. Fui até ao lugar de Cancela onde consegui descobrir que o Luís tinha uma sobrinha de nome Susana, em Cabeceiras, trabalhando no Restaurante “Bom Paladar”. Naturalmente, lá me dirigi, aproveitando a oportunidade para almoçar. Fiquei sabendo que o Luís era emigrante em França e logo obtive os seus contactos. Assim consegui as suas RF’s, tendo sido atendido com muita simpatia. Obrigado, Luís, pela colaboração prestada.

No próximo capítulo, já que o tema de hoje vai longo, continuarei a descrever as peripécias destas andanças.

Até breve.

segunda-feira, 9 de março de 2015

P558: RESCALDO DAS RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS (III PARTE)

            O primeiro tema das RF’s foi publicado a 25 de Junho de 2011. 
No primeiro ano de recolhas visitei 44 camaradas, conforme descrição feita na 1.ª e 2.ª parte deste historial.
Em 2012 continuei a trabalhar nas pesquisas e em busca de combatentes da 2700, que não estavam mencionados na primitiva lista do Timóteo.
Foi, com sucesso, que consegui obter as moradas e os contactos de alguns camaradas emigrantes em França, Bélgica, Suíça e Estados Unidos da América.
Aproveitando o Verão e Outono de 2012, continuei as visitas pelo Norte do País. Assim, fui até Castelo de Paiva visitar o Firmino da Rocha mesmo na altura das vindimas. Industrial da lavoura, o Firmino juntou à mesa todos os seus trabalhadores do campo, depois de uma manhã de intenso trabalho na apanha das uvas. A Dona Rosa, sua esposa, apresentou um cozido à portuguesa, que não mais esquecerei o sabor delicioso das suas carnes!
Segui para o Marco de Canavezes onde visitei o Alcino e o Alfredo Azevedo, este encontrando-se de férias em Portugal, vindo de Angola, onde trabalhava na altura.
Seguiram-se outras viagens de visita e recolha de fotos: em S. Pedro da Cova visitei o Maia da Cunha. Em Rebordosa fui encontrar o meu ajudante de mecânica, o saudoso David Jorge, recentemente falecido, e em Riba de Ave, depois de perguntar ali e acolá e de mostrar fotos a quem encontrava pelo lugar, consegui localizar o Alfredo Ribeiro.
Mais para o litoral do Norte do País, e depois de uma pequena pausa nestas andanças, fui até Esposende visitar o Neiva Sampaio, ex-emigrante em França, Não foi fácil encontrá-lo. Muitas voltas dei até conseguir uma informação correcta, visto que a direcção que dispunha estava desactualizada. Mais fácil foi encontrar o António Barreira, em Esposende. Este nosso camarada é industrial de hotelaria, organizando almoços, jantares, casamentos, etc. Fica aqui uma sugestão: poderia ser um próximo organizador dos nossos convívios? A sua esposa, D. Elvira possui um atelier de alta-costura, que visitei.
Em Vila Frescainha S. Martinho encontrei-me com o João Marinho.
Noutro fim-de-semana fui até à região de Viana do Castelo encontrar-me com o ex-cozinheiro Manuel Torre ex-emigrante em França. Segui mais para Norte para visitar o Nuno Martins em Valença do Minho onde, com a sua família e durante o almoço, que o Nuno teve a gentileza de me oferecer, recordámos alguns momentos vividos na Guiné, escolhendo fotos do seu álbum e relembrando camaradas há muito tempo esquecidos. Como o Nuno possui uns campos para cultivar, não abandonei o Lugar da Bouça Velha sem que a Dona Armanda, sua esposa, colhesse produtos da sua quinta, para gentilmente me oferecer.
Além destas visitas, também comecei a receber algumas Relíquias Fotográficas por correio normal e também via electrónica, graças aos contactos por telefone, por e-mail e por via postal que ia realizando ao longo dos meses. E assim, ao longo de 2012 e 2013, e com agrado pela participação que muitos camaradas resolveram dar, consegui obter muitas fotografias inéditas que se encontravam espalhadas pelo País.

 São exemplo dessas primeiras participações pelo correio e por E-mail:
 
De Gouveia, o Amaral Simões.
De Rio Maior, o Albino Piedade e o António Diogo.
De Meda, o Solcélio Mateus.
Da Guarda, o Hélder Panoias.
De Cacém, o Fernando Machado.
De Trancoso, o Cândido Nunes.
De Portimão, o Manuel Ventura.
Do Seixal, o José Luís Monteiro.
De Mirandela, o João Matos.
Da Amora, o Luís Correia Maria.
De Avelãs do Caminho, o Joaquim Quintas.
De Venda do Pinheiro, o José Prata.
De Sabrosa, o Euclides da Silva e o Firmino “Russo”.
De Unhais da Serra, o José Gaspar.
De Vide, o Carlos Amaral.
De Vale da Amoreira, o José Mestre.
De Lisboa, o Carlos Moniz, o Cor. Carlos Gomes, o Hélder Coelho e o
                    Manuel Brunheta.
De Alhandra, o João Teixeira Pedrosa.

A importância destas recolhas assenta no facto de o Américo Estanqueiro ter destruído os cerca de 6.000 negativos realizados durante o serviço militar, considerando que se tinham tornado inúteis devido a ter perdido o contacto com os camaradas da 2700.
Reza o ditado: “Em casa de ferreiro, espeto de pau” e, assim, quando contactei o Estanqueiro para solicitar as suas RF’s, qual o meu espanto quando me disse: “Ricardo, não tenho fotos de Dulombi”.
Como o Estanqueiro publicou o livro “Memória, Guerra Colonial” – fotografias de Américo Estanqueiro – C. Caç. 2700 – Fundação Mário Soares, datado de Novembro de 2007, aproveitei algumas fotos desse livro para realizar as suas RF’s, com a devida autorização do autor.
Termino esta 3.ª parte, contabilizando as RF’s já mencionadas até à data:
- 55 visitas a camaradas.
- 24 RF’s por correspondência.

Até breve.

domingo, 1 de março de 2015

P557: EM MARÇO FAZEM ANOS

 01 - António Bessa Nunes










02 - António Marinho Alves









05 - José Orlando Vicente









09 - Joaquim Moura Quintas









12 - Joaquim Queiroz Fernandes









13 - Arnaldo Seabra da Costa









14 - José Gonçalves Mestre









20 - Solcélio do Nascimento Mateus









22 - Fernando Mota









24 - Carlos Medeiros Barbosa









26 - Manuel Gonçalves da Costa









27 - Isidro Silva Vaquinhas









27 - Evaristo Faria Borges









29 - Alberto Espírito Santo