quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

P143: ÚLTIMA COMPANHIA EM DULOMBI

Como o Mundo é pequeno e a blogosfera é imensa. Tive há poucos dias conhecimento que um conterrâneo meu (CANAS A CONCELHO!!!) esteve em Dulombi fazendo parte da Companhia que passou o testemunho ao PAIGC. Agradeço ao António Morais a disponibilização destas fotos onde poderemos ver alguns aspectos do nosso aquartelamento bem como os Homens Grandes de Dulombi (reconheço o Ansumane) e inclusivamente alguns elementos do PAIGC. Para melhor visualização das imagens clicar sobre: "Veja todas as imagens"

domingo, 10 de janeiro de 2010

P142: PARABÉNS TIMÓTEO


Hoje, 10 de Janeiro, o Timo faz anos. Congratulemo-nos, então, por esta efeméride que neste dia se comemora fazendo votos para que daqui a sete anos possamos, novamente, celebrar uma festa à maneira.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

P141: MAIS UMA DO TAVARES - Moniz na foto (Canto sup. esq.)


A minha 1.ª noite na Guiné foi passada no cais do Pidjiguiti em 01-05-1970... a guardar 21 caixas de whisky... era o sargento de reabastecimentos do BCAÇ 2912.
Chegados a Galomaro distribuiu-se o whisky só pelos oficiais e sargentos, segundo ordens expressas do comando.
Havia duas qualidades de whisky - velhos e novos - vendidos a 95$00 e 50$00 cada garrafa, respectivamente.
Só vendíamos nos bares - oficiais e sargentos – as garrafas de 50$00 por 65$00, porquanto medido o líquido dava 13 cálices ao preço unitário de 5$00.
A título de comparação refiro que uma bazuca - cerveja de 0,6 l - custava 6$50.
O principal consumidor era um major, que se deixou vencer pelo álcool... foi evacuado para a Metrópole... enquanto durava a bebida não existia oficial... quando lhe faltava até de noite vinha à minha procura... lá íamos os dois, no seu jeep, ao armazém levantar o whisky.
Certo dia, ao abrirmos uma caixa selada faltava uma garrafa... obrigou-me a fazer um auto da ocorrência e enviá-lo para a Intendência em Bissau... obviamente que nem resposta obtivemos, embora ele fosse testemunha no auto!
Outra vez precisou da bebida mas não havia em armazém... lá arranjam a bebida... foi feita uma sindicância ao whisky... o circuito – armazém, bares e venda – estava correcto.
Começaram a fazer um rigoroso controlo ao whisky quando começaram a vir menos caixas da Intendência.
Às escondidas vendia às praças cada garrafa a 65$00.
O whisky era vendido no Café/Restaurante do Francisco Augusto Regalla e em Bafatá quase pelo dobro do preço.
Recordo que após uma dificultosa e poeirenta picada, com um banho, uma coca-cola e um whisky sentíamo-nos jovens e sadios... era a cocaína com os seus efeitos... os guinéus mascavam a coca... nós bebíamo-la.
Esta foi uma história passada no mato – Galomaro 1970/72 – onde o whisky era uma estrela e brilhante... quem nunca esteve naquelas tórridas e frias terras e na guerra colonial não sabe o valor de tão precioso líquido... houve outros camaradas na Guiné que nunca o saborearam pelos mais diversos motivos!
A venda da coca-cola em Portugal Continental era proibida.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

P140: PRISIONEIRA EM GALOMARO


Com a devida vénia e agradecimento ao António Tavares pela autorização da sua publicação, passo a transcrever Post colocado no Blog do Luís Graça.

Guiné 63/74 - P5234: Estórias avulsas (55): O ar assustado de uma prisioneira de guerra (António Tavares)
1. Mensagem de António Tavares, ex-Fur Mil da CCS/BCAÇ 2912, Galomaro, 1970/72, com data de 5 de Novembro de 2009:

Uma das riquezas das obras de arte está na interpretação individual. Os artistas dizem que as fotos não devem ser legendadas, porém permito-me opinar sobre a foto inclusa:

Passados 40 anos já não sei qual das companhias do BCA 2912 - com a divisa EXCELENTE E VALOROSO - aprisionou esta mulher. Em Galomaro foi bem tratada embora apresente um ar assustado. Tinha razão!… Não deixava de ser uma prisioneira de guerra… Quem não estava triste era o Comandante do Batalhão!… Estaria a pensar nos seus próprios benefícios com a captura? Com o sacrifício, fome, medo, dor e morte dos subalternos o seu medalhário ficava mais rico… Em 02 de Outubro de 1971 o Comandante foi obrigado a alinhar numa Operação, após recusa de todo o pessoal para perseguir o IN que no dia anterior nos tinha emboscado em Bangacia/Duas Fontes. Após formatura e palestra lá seguiu na operação, mas chegados ao local do destino disse ao Furriel Miliciano para dispor o pessoal conforme entendesse porque já não estava muito actualizado… A vida dele também estava em perigo! … Estava na mata e na guerra de guerrilha!... Os galões não o protegiam das balas do IN…
Naquele momento deixaria de ser um militar que só pensava nele próprio? Era um ser humano igual a todos os outros que estavam sob as suas ordens! Os outros eram números que facilmente podia substituir. Para o final da comissão Janeiro/Fevereiro de 1972 era só louvores a sair em O.S. do Batalhão. Eu fui um dos muitos contemplados. O Comandante foi condecorado/louvado pelo General. Esteve presente num dos nossos convívios quiçá com outro pensamento!
Esta é uma das histórias passadas na mata do Leste da Guiné, em 1970/72, numa guerra de guerrilha que nunca será ganha por nenhum dos intervenientes.

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

P139: PUB DO BORGES


Para além de Cabo-Escriturário e como tal braço direito do Sargento Panóias, o Evaristo Borges como exímio leitor das carências do mercado observou uma janela de oportunidade ao constatar que a Cantina da Companhia encerrava bastante cedo impedindo que a partir do início da noite qualquer praça que pretendesse adquirir bens essenciais (fundamentalmente, tabaco, coca-cola ou basucas) via-se impedindo de os obter. Vai daí e ideia luminosa surge: a montagem dum bar numa palhota abandonada. Tal ideia foi um sucesso. Recordo-me que, por vezes, alguns espontâneos apareciam a cantar uns fadunchos e não há bela sem senão, pontualmente, alguns frequentadores, após ingestão de várias basucas, excediam-se e lá iam as mesas pelos ares. Perante tal panorama a ASAE esteve para intervir e encerrar aquela superfície comercial, única PME existente em Dulombi.
O Evaristo encontra-se emigrado em França e através do Timóteo fez-me chegar a foto onde podemos ver o Maricato (paz à sua alma), o Soares e o Barbosa.
Por acaso alguém terá uma foto do Bar do Borges?

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

P138: FELIZ ANO NOVO

domingo, 20 de dezembro de 2009

P137: FAMÍLIA 2912

Porque são testemunhos que sensibilizam, passo a transcrever mail recebido do António Tavares, Sargento de Reabastecimentos do nosso Batalhão. Agora que tenho autorização sua, em breve inserirei no nosso Blog duas histórias por ele publicadas no Blog do Luís Graça.
Na fotografia estão o Tavares - sobre a matrícula do unimog - Leandro e Amaro, ex-furrieis do SAM e todos do mesmo curso de Alimentação. O Leandro (muita fominha nos fez passar este malandro. Estou a brincar. Foi impecável) e o Amaro foram os Vagomestres de Dulombi e Galomaro.


Caro Fernando Barata,

Obrigado pelo seu interesse nos meus escritos de ocorrências vividas em 1970/72 na mata do Leste da Guiné que o BCAÇ 2912 tão bem conheceu!
O seu Blogue está nos meus favoritos e desde já envio-lhe parabéns pela sua qualidade.
A título de curiosidade informo-o que às 01:48:20 de 19-06-2009 fui o visitante nº. 014731 e às 00:16:17 de 11-07-2009 fui o visitante nº.015491.
Estive a rever fotografias e das MEMÓRIAS só conheço: - o comandante do batalhão e major Baptista Mendes, que gostavam de passear de Heli; o ex-capitão Carlos Gomes, ex-alferes Correia; os ex-furriéis Leandro, Barbosa, Moniz, Timóteo e Estanqueiro.
Das mais recentes reconheço o Adriano (da CCS), Leandro, Barbosa e Estanqueiro.
O Leandro foi meu colega de curso e os outros estiveram em Galomaro assim como toda a CCAÇ2700 passou por lá. Passados 39 anos e em especial na foto 31/33 - das MEMÓRIAS - ainda associo o nome de ex-furriéis, como por exemplo: - de pé e da Esq/Direita está o Moniz, Timóteo, Barbosa, e Leandro. Na 1ª. fila -E/D- está o Maricato e o Estanqueiro.
Envio uma foto do Leandro, que está à minha esquerda, e outra do Moniz, no Bar dos Sargentos, ambas em Galomaro.
Aquando das minhas férias na Metrópole vi na RTP o Tancredo Pedroso a rabejar um touro no Campo Pequeno! Tinha sido evacuado…mas aqui, no Continente, fazia e bem o que gostava!
Graças a Deus - e não interessa se é o meu ou o da criança que vi lá na mata, às costas da mãe, e chorou ao ver-me! De certeza que era o primeiro branco que via! - a nossa memória ainda funciona… há passagens que nunca mais esquecemos! Umas péssimas… outras menos más! Mas também é parte da guerra…
Não vejo qualquer inconveniente na transcrição dos escritos.
Dou conhecimento deste e-mail ao Carlos Vinhal, editor e administrador do blogue Tabanca Grande, que conheço há mais de 40 anos!
Para si e todos os ex-camaradas da CCAÇ.2700 e respectivas famílias desejo UM BOM NATAL E UM EXCELENTE ANO 2010.
António Tavares
Ex-Fur. Mil. SAM
Foz do Douro, 19-12-2009

sábado, 19 de dezembro de 2009

P136: CONDECORAÇÃO DE JUNSANA


Testemunhamos o momento em que Junsana Camará, é agraciada, pelo nosso camarada Carlos Correia, com a Grã-Cruz da Ordem da Limpeza, pelo denodo demonstrado ao longo dos 23 meses em que desempenhou as funções de lavadeira no Dulombi. Combateu sem trégua uma batalha contra toda a sujidade, ao mesmo tempo que se esmerava na cuidada apresentação de cada peça de roupa acabada de sair das suas mãos. Exímia na arte de passajar deixava como novos os diferentes artigos de vestuário que lhe fossem apresentados com qualquer tipo de rasgão.
Com este acto afirma-se o reconhecimento pelos notáveis serviços prestados.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

P135: A NOSSA COMPANHIA NO TERAWEB

Poderão consultar alguns elementos acerca da nossa Companhia no seguinte site:

http://carloscoutinho.terraweb.biz/Guine_Paginas/CTIG_Infantaria_Batalhoes_BCAC2912.htm

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

P134: JUNSANA

Provavelmente terá sido a lavadeira de alguns de vós. 37 anos após a nossa vinda, reparem como a Junsana mantêm aquele sorriso cândido.

O SORRISO

"Creio que foi o sorriso,

o sorriso foi quem abriu a porta.

Era um sorriso com muita luz

lá dentro, apetecia

entrar nele, tirar a roupa, ficar

nu dentro daquele sorriso.

Correr, navegar, morrer naquele sorriso."

Eugénio de Andrade

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

P133: FELIZ NATAL

Photo Frames. Freak Santa

terça-feira, 10 de novembro de 2009

P132: EXUMAÇÃO DE COMBATENTES





Relacionado com o Post anterior, transcrevo notícia do Correio da Manhã.








10 Novembro 2009 - 00h30

Ex-combatentes: Comitiva da liga parte para África no domingo
Corpos de soldados trasladados da Guiné
Uma comitiva da Liga dos Combatentes (LC), chefiada pelo general Fernando Aguda, parte no domingo para a Guiné-Bissau para mais uma missão de resgate dos restos mortais de antigos combatentes portugueses.
Segundo o general Chito Rodrigues, presidente da LC, os trabalhos desta equipa visam recuperar os corpos de dez soldados portugueses nas zonas de Catió, Quebo, Fulacunda, Bolama, Bedanda, Cacine – no Sul do país – e na ilha das Galinhas, arquipélago dos Bijagós.
Esta é a quarta missão do género na Guiné-Bissau, que se desenvolve ao abrigo do Programa ‘Conservação de Memórias’, criado há cinco anos. "Tem sido um trabalho complexo e sensível, de muita análise, estudo e planificação", reconheceu ao CM o general Chito Rodrigues.
No domingo voa para a Guiné apenas uma parte da equipa, que será reforçada no dia 20 com mais três especialistas em antropologia forense, entre eles a antropóloga Eugénia Cunha, a quem cabe a coordenação dos trabalhos nesta área.
"Os primeiros elementos irão efectuar a prospecção geofísica e preparar o terreno para nós fazermos a exumação e identificação" dos restos mortais, disse Eugénia Cunha ao CM. A missão é apoiado pelo governo guineense.

MAIORIA NÃO VAI REGRESSAR A PORTUGAL
O objectivo da Liga dos Combatentes é localizar os restos mortais dos antigos soldados e concentrá--los no talhão português de cemitério de Bissau. Até agora, foram resgatados e identificados "55 corpos" na Guiné-Bissau. Destes, houve oito famílias que manifestaram intenção de fazer a trasladação para Portugal. Primeiro vieram cinco, nos próximos dias chegarão os restantes três, que serão homenageados no dia 14, numa cerimónia junto ao Monumento dos Combatentes do Ultramar, em Lisboa, disse Chito Rodrigues. A homenagem integra-se nas comemorações do Dia do Armistício e do aniversário da Liga.

PORMENORES REFERENCIADOS
A Liga dos Combatentes já referenciou perto de quatro mil antigos combatentes das Forças Armadas espalhados pela Europa e África. Falta a Ásia.

DISPERSÃO
Só na Guiné-Bissau foram identificados 110 locais onde podem estar restos mortais de combatentes portugueses. Os trabalhos desta missão terminam dia 28.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

P131: MISSÃO DE RESGATE DE MILITARES


Porque fará parte desta missão o nosso colega Tenente-coronel Correia, com a devida vénia, passo a transcrever notícia inserta no Diário de Notícias de hoje.






Missão para resgatar militares mortos na Guiné-Bissau
A Liga dos Combatentes realiza este mês, no Sul da Guiné, uma quarta operação para recuperar e identificar duas dezenas de soldados lusos
A Liga dos Combatentes (LC) vai iniciar na Guiné-Bissau, no próximo dia 15, uma quarta missão de resgate dos restos mortais de soldados portugueses que ali caíram durante a guerra colonial.
O presidente da LC, general Chito Rodrigues, adiantou ao DN que a operação vai realizar-se no sul da Guiné. Trata-se de localizar, recuperar e identificar duas dezenas de corpos para, depois, os trasladar para o talhão português existente no cemitério de Bissau.
A operação vai realizar-se nos mesmos moldes das três anteriores: avança uma equipa de militares da Liga para se encarregar dos trabalhos preparatórios que antecedem a chegada do grupo de especialistas liderados pela antropóloga Eugénia Cunha, referiu o general Chito Rodrigues.
A missão de reconhecimento da LC no sul da Guiné decorreu no final de Março desde ano - à margem dos trabalhos de recuperação de 17 corpos de militares portugueses que então teve lugar em Gabu - e permitiu identificar sete lugares diferentes onde se estima que estejam duas dezenas de soldados.
Esta missão, que vai ser liderada pelo major-general Fernando Aguda, termina no próximo dia 28, acrescentou Chito Rodrigues.
A Guiné-Bissau foi o país onde a Liga dos Combatentes, no âmbito do seu programa "Conservação das Memórias", realizou as missões de recuperação dos corpos militares mortos durante a guerra colonial e que ficaram nos territórios das antigas colónias portuguesas.
Segundo as estimativas, o conflito colonial - de 1961 a 1975 - deixou cerca de 4000 militares espalhados pelos territórios de Angola, Moçambique e Guiné- -Bissau, embora só cerca de 1300 sejam naturais de Portugal.
Por enquanto, os esforços da LC para fazer missões de reconhecimento em Angola e Moçambique têm-se revelado infrutíferos. Mas, no caso deste último país lusófono e durante a visita oficial que o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas portuguesas ali fez em Março, o general Valença Pinto presidiu a uma cerimónia de homenagem aos soldados lusos enterrados no cemitério de Lhanguene, Maputo.
Quanto à Guiné-Bissau, a primeira das missões decorreu em Guidaje (norte do país), em Março de 2008, e permitiu à Liga recuperar 11 corpos,.
A segunda das missões concretizou-se em Dezembro do mesmo ano em Farim (também no norte da Guiné-Bissau), envolvendo também a equipa do Instituto de Medicina Legal chefiada pela antropóloga Eugénia Cunha, que permitiu recolher mais 13 corpos do cemitério local.
A terceira e última das operações já realizadas pela Liga dos Combatentes na Guiné-Bissau realizou-se em Março deste ano, em Gabu (nordeste do país), permitindo trasladar para Bissau mais duas dezenas de ossadas.
Um aspecto delicado do projecto da Liga diz respeito ao local onde deixar os corpos desses militares.
O Estado e, por extensão, a Liga dos Combatentes, defendem que os corpos dos combatentes portugueses devem ficar nos cemitérios dos países onde morreram - como sucede, por exemplo, em França, com os soldados que caíram durante a II Guerra Mundial. A essa opção não é estranha a factura a pagar por trasladar esses restos mortais.
Porém, há quem defenda - associações pára-quedistas, por exemplo - que o Estado deveria assumir a responsabilidade de trazer os seus militares "para casa", até porque os custos "não são tão elevados" como se diz.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

P130: 19.º ENCONTRO DA COMPANHIA

A isto chama-se eficiência.
Como devem estar recordados, no último Encontro foi anunciado pelo Timóteo que o Correia, Mota e Soares acabavam de se disponibilizar para organizarem o Convívio de 2010. E como homens de acção já começaram a dar os primeiros passos.
Vai já marcando na tua agenda o dia 24 de Abril de 2010 (Sábado), como indisponível para qualquer outro compromisso.
O local escolhido foi FIÃES e o repasto terá lugar no Restaurante FLOR DO BOLHÃO, junto ao estádio do Bolhão.
A nova organização enviará convocatórias com os restantes pormenores, incluindo ponto de encontro e horário.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

P129: MAIS UM CONTRIBUTO DO PINTO DE ALMEIDA


O Coleccionador

Aconteceu no Complexo Habitacional do Dulombi. No polo designado por Abrigo 3, parte do condomínio fechado de que faziam parte mais seis ou sete polos, o pormnenor mais importante desta urbanização era relacionado com a segurança. De facto, este complexo era guardado por duas "empresas de segurança". Uma do lado de dentro, a nossa, outra do lado de fora a "PAIGC", de tal forma que não conseguiamos sair de casa sem trazermos a arma na mão. Mas como acontece sempre nestas situações havia contactos secretos dos dois lados da barricada. Havia no Abrigo 3 o Russo que coleccionava tiros de morteiro que acertavam sempre na mouche; invariavelmente, a seguir às flagelações ele jurava que a granada tinha caido num local previamente, por ele, identificado. Para mim ele era o contacto dos turras e envia-lhes mensagens via morteiro 82. Mas além de coleccionar de tiros certeiros o Russo tinha uma colecção muito mais preciosa: relógios. Não sei por que motivo mas todos os relógios quando chegavam à Guiné paravam. Julgo não andar longe da verdade se disser que no Abrigo 3 apenas o Lancia do Manuel da Silva Azevedo nunca parou, facto que fazia espevitar a vaidade do Azevedo que repetia quase diariamente o spot publicitário da época: "Se o seu relógio não é um Lancia, lance-o fora e compre um Lancia".
Quanto aos que avariavam o Russo comprava-os todos a 50 paus cada um. Gostava que ele explicasse o que fez a todos os relógios que adquiriu. Bem, quanto aos 50 paus recebidos por cada um de nós sempre davam para pagar à lavadeira por lavar a roupa um mês inteiro.

António Fernando Pinto de Almeida

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

P128: NÓS JÁ!

Quantos guineenses se poderão vangloriar de já ter estado em: Bantanforu, Bugalal, Cajedaneje, Cancoli, Canfarã, Canhanque, Contabane, Cutamara, Dembaló, Duas Fontes, Dulombi, Dulombi Delta, Fanda, Galangoi, Gobije, Ieiel, Jifim, Legi Jifim, Mondajane, Nhagama, Padada, Paiai Gaidé, Paiai Lemenei, Paiai Numba, Quigiba, Quirafo, Samba Árabe, Samba Candé, Sele Sele, Sinchã Samba Já Já, Suduotro, Umaro Jai, Vendu Bambadalá, Vendu Cantoro, Vendu Coima, Vendu Culambai, Vendu Jangalá. E se algum dia vos perguntarem se estiveram em Sinchã Samba, respondam: Já, Já!!!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

P127: RUSSO! O MAIOR!!!

Efeitos de Fotos. Holly Hunter

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

P126: UM POUCO DE NÓS, TAMBÉM


Soube através do Blog da C. CAÇ. 3491 (Companhia que nos rendeu) que uma das pessoas que pereceu no trágico acidente da Praia Maria Luísa, foi precisamente, o ex-Furriel Vagomestre daquela Companhia. Porque, por razões óbvias, existe uma ligação, como que uma extensão da nossa Companhia (sentimento repartido com a C. Caç. 2405 - Companhia por nós rendida), aqui fica a homenagem ao nosso companheiro. Que descanse em paz, bem como sua esposa e duas filhas, também elas, vítimas deste lamentável acidente.