Encontra-se na situação de reformado desde 1997, tendo exercido a profissão de sapador bombeiro (B.S.B. do Porto).
É pai de 3 filhos.
Continuamos com o tema proposto no Post 240 e esperamos que a continuidade seja duradoura. O Paiva Guimarães gentilmente cedeu algumas das suas “relíquias fotográficas” para publicação no nosso Blog.
Um abraço do Paiva Guimarães para todos os Dulombianos.
O Paiva Guimarães, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 15 de Fevereiro de 2011.
Em pé: condutores “Fafe”, Vieira, Cardoso e Veras (já falecido). Pelo meio está um indígena, o célebre Semba, depois visualiza-se o enfermeiro Santos (já falecido), o condutor Luís Maria e o enfermeiro Cunha. Por fim, aparece-nos o Santos mecânico e o Ventura.
À frente: condutores Paiva, Ferreira (já falecido), Carvalho (já falecido) e o “Estraga” com um macaquinho na mão. Com uma caneca na mão encontra-se o enfermeiro Gaspar e por fim o corneteiro Gaspar.
Deitados: o Rosas mecânico e Serafim (Eng.ª).
Conserto da moto-bomba
Na foto: condutores Paiva e Sá, Victor mecânico, condutores Luís Maria e Cardoso e por último o furriel Lemos.
De salientar, os 10 condutores que aparecem nesta foto e na foto acima, de um total de 14 elementos. Faltam: “Professor”, Rodrigues, Calado, que já se visualizaram nos Posts nºs 241, 248 e 249 e o Amaral.
A Berliet distribuída ao Paiva.
O trabalho de reabastecimento e transporte de tropas era feito principalmente para o Saltinho, para Cancolim, para Dulombi e para Nova Lamego. Para conduzir esta viatura, o Paiva estagiou em Bissau durante algum tempo, ficando depois destacado na sede do batalhão durante os últimos 7 meses da Comissão.
A EMBOSCADA DE DUAS FONTES
O Paiva também conduzia, esporadicamente, um Unimog 411. Certo dia, foi escalado para participar numa operação de patrulhamento a Duas Fontes, onde sofreu uma emboscada, na noite de 1 de Outubro de 1971.
As duas secções constituintes da patrulha e transportadas por dois Unimogs, foram interceptadas nas proximidades da localidade designada por Duas Fontes, situada a cerca de 8 km da sede do Batalhão. O grupo inimigo constituído por cerca de 50 homens atacou a coluna de patrulhamento tendo atingido o Unimog dianteiro com uma granada anti-carro, causando 5 mortos e outros tantos feridos. Dois destes pertenciam à nossa Companhia e estavam destacados no Batalhão. Eram o Rogério António Soares e o José Guedes Monteiro.
A segunda viatura conduzida pelo Paiva Guimarães não foi atingida nos primeiros instantes, pois seguia a uns 40 metros da primeira viatura. Este pormenor valeu a fuga de todos os elementos que seguiam na citada viatura, um Unimog 411, que se puseram a salvo, em direcção à CCS.
Eram sensivelmente 20 horas, Já a noite tinha descido há muito tempo sobre a região. O Paiva fugiu mato fora, paralelo ao caminho, para se orientar. Outros fizeram o mesmo. A meio caminho encontrou um indígena que lhe deu boleia na sua pequena viatura.
Os feridos da primeira viatura refugiaram-se em Duas Fontes, o que lhes salvou a vida.
O grupo inimigo descarregou as suas armas ligeiras em fogo cruzado. Nada havia a fazer senão o que foi feito. Os dois Unimogs foram fortemente atingidos pelas armas de fogo do grupo inimigo. O primeiro, com o impacto da granada anti-carro, incendiou-se ficando completamente destruído. O segundo Unimog, conduzido pela Paiva, ficou cravejado de balas.
A notícia chegou célere a Galomaro. Logo foi enviada uma coluna militar fortemente armada, para recuperar os feridos e mortos. Quando esta chegou ao local da emboscada, já o inimigo tinha retirado.
O Paiva Guimarães ficou traumatizado psicologicamente, ficando impedido de conduzir durante largas semanas.
Recordando
Homenagem da 2700
José Augusto Dias de Sousa, de Amarante, falecido a 18 de Fevereiro de 1971, por acção de uma mina anti-carro.
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