quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

P289: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO FRANCISCO RIBEIRO

          Francisco Tomás da Silva Ribeiro, ex-1.º cabo atirador, pertencente ao 1.º pelotão, sob o comando do alferes Correia, mora em Lousada. (Lousada é uma vila no Distrito do Porto, região Norte e sub-região do Tâmega. É sede de um município com 95,98 km² de área, subdividido em 25 freguesias. O município é limitado a norte pelo município de Vizela, a nordeste por Felgueiras, a leste por Amarante, a sul por Penafiel, a sudoeste por Paredes e a oeste por Paços de Ferreira e Santo Tirso).

O Francisco Ribeiro é profissional no ramo dos seguros, possuindo uma agência de seguros da Fidelidade Mundial, em Felgueiras.

Também trabalha no ramo do Turismo, possuindo uma agência de Viagens e Turismo em Silvares, Lousada, sedeada na praça Dr. Francisco Sá Carneiro, nº 29. O nome da agência é Agência de Viagens e Turismo de Lousada, Lda. O nº de telefone da agência é: 255 814 009 e o Fax tem o nº 255 815 626.

Tem dois filhos.

Um abraço do Francisco Ribeiro para todos os Dulombianos.

O Francisco Ribeiro, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 10 de Outubro de 2011.


Francisco Tomás da Silva Ribeiro


Francisco Tomás da Silva Ribeiro


Em pé: Cunha Pereira, Francisco Ribeiro, Teixeira Pinto e Pina Bentes.
Em primeiro plano (deitado) o José Orlando Vicente, Alcino Leite, Ventura e Abílio Fernandes.


Eis uma relíquia do Bar Transmontano, Bafatá.


No Natal do longínquo ano de 1970, realizou-se uma pequena festa de variedades em Galomaro.
 Na foto, e na 1ª fila, visualizam-se as altas patentes a assistir ao dito espectáculo, já referenciado também no Post 244. Da esquerda para a direita: alferes Oliveira; alferes Guedelha, de óculos escuros; tenente Vitorino; o médico da CCS, alferes Veloso; de óculos escuros o Capitão Santos; de camuflado, o capitão Caetano (comandante da 2699); segue-se o Comandante do Batalhão de Caç. 2912, tenente-coronel Octávio Pimentel; depois o Major Sousa Teles.


O espectáculo: à esquerda o acordeonista Tino Costa, ao centro a cantora Eva Maria (mas que mini-saia, para delírio dos militares…), e no lado direito o apresentador Fernando Correia.
Reparem na atenção com que o Tino Costa fixa a pauta...

sábado, 24 de dezembro de 2011

P288: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO RICARDO LEMOS

          Ricardo Pereira Lemos, ex-furriel mecânico, mora em Matosinhos.
É Professor Efectivo do Ensino Secundário, pertencente ao quadro da Escola Secundária João Gonçalves Zarco, de Matosinhos, estando na situação de aposentado desde o ano de 2006. Também exerceu durante muitos anos a actividade de Formador Profissional no IEFP de Matosinhos e noutros centos de Formação.

Actualmente dedica-se ao ensino musical, dando aulas de acordeão e trabalhando como acordeonista no CCD da Câmara Municipal de Matosinhos e na Casa do Povo de Santa Cruz do Bispo. Também dirige 2 coros, um no Centro Social de Santa Cruz do Bispo e outro na Casa de Lordelo, no Porto.

É responsável por uma rubrica do Jornal da freguesia, trabalhando o tema de Toponímia. Como mecenas, é autor do livro “Monografia de Santa Cruz do Bispo” onde aborda diversificados temas da história da freguesia ao longo das suas 750 páginas.

Dedica-se, também, às Danças de Salão e à pesca desportiva apeada.

Do seu acervo pessoal já foram disponibilizadas para o nosso site 236 fotografias coloridas, distribuídas por vários Posts, que recordamos:
P156 – Agrupamento musical d’arrasar (1) P159 – Mecânicos (1) P161 – Furriéis (1) P186 – Alferes (1) P188 – O último Derby (4) P192 – Missão Dulombi (1) P197 – Adam, mãe do Mussa (1) P200 – Rostos femininos de Dulombi (16) P203 – Rostos masculinos de Dulombi (10) P205 – Lança granadas (1) P206 – A nossa alimentação (6) P208 – Fauna de Dulombi (13) P209 – Abastecimento de água (4) P210 – Funeral de uma criança (10) P212, P213, P214, P216 e P219 – Viagem virtual Dulombi-Bafatá, onde se recorda picadas, caminhos, tabancas, etc., do ano 1971. (55 imagens). P220 – Lavadeiras de Dulombi (7) P222 – A oficina-auto (7) P223 – Ritual do nascimento em Dulombi (4) P224 – Dulombi gourmet (4) P225 – O Pub do Borges (2) P226, P227, P228 – O quotidiano de Dulombi (20) P230 – As mães de Dulombi (4) P232, P234, P235, P236, P237, e P239 – O regresso Dulombi – Lisboa, com imagens coloridas desde a nossa partida de Dulombi, estadia em Bissau e no Cumeré e vistas aéreas da Guiné a bordo do Boeing 707.
(63 fotografias).

Um abraço do Lemos para todos os Dulombianos.

O Lemos, com as suas 64 primaveras, comemoradas no dia 24 de Novembro de 2011.

2011

1971
Seguidamente, apresentamos algumas das suas relíquias fotográficas, principalmente a preto e branco:


O embarque no Carvalho Araújo


Furriel Rodrigues (falecido) e furriel Lemos, a bordo do Carvalho Araújo.


1.º Cabo Carrasqueira (falecido em combate) e furriel Tancredo Pedroso (evacuado por doença).
O barrete de campino que ambos agarram simboliza o gosto comum pela arte taurina. O Pedroso chegou a ser cabo do Grupo de Forcados de Santarém.


A FERRUGEM


Condutor Cardoso, mecânico Rosa e furriel Lemos às voltas com um motor de um Unimog 404.


O dito Unimog sem o seu motor. A equipa de trabalho posa para a foto.


Aspecto geral da oficina auto


Furriel Lemos e mecânico Victor consertando a moto-bomba


Patuscada na oficina auto. Convidado especial: Capitão Carlos Gomes


Mais um aspecto da oficina auto, com vistas das bancadas com as ferramentas de serviço mecânico


Aspecto impressionante dos estragos causados pela mina A/C na picada do Jifim.
A foto tem a seguinte inscrição no verso: “ 10 de Agosto de 1970. Às 8H15 min uma mina rebentou accionada pelo rodado traseiro da viatura em foco. Aspecto geral traseiro do Unimog 404, quando já rebocada na Companhia -5 mortos e 5 feridos”


Local onde a mina estava colocada

RECORDAÇÕES VÁRIAS


Furriel Rodrigues dando instruções ao furriel Lemos e Luís Vasco Fernandes (falecido), sobre o funcionamento da metralhadora HK-21 (a sempre preciosa correcção do "pira" Luís Dias).


Furriéis Soares, Coelho, Lemos e Gonçalves. Acocorado o Barreiros. No lado direito visualiza-se o condutor Sá e alguns soldados milícias.


Rara foto onde aparece o 1.º sargento Hélder Antunes Panóias. Visualizamos também os furriéis Rico, Barbosa, Rodrigues, Lemos e Soares. Com o menino nos braços temos o 2.º sargento José Teixeira (falecido)


A “discoteca” de Dulombi”
Por falta de “damas” o bailarico era só de homens!!! O furriel Gonçalves parece entusiasmadíssimo, mas sob o olhar atento do alferes Correia…


Outro aspecto da “discoteca”, onde se podem visualizar as pautas musicais do artista convidado, ou seja, o furriel Lemos com o seu acordeão. De serviço, está o 2.º sargento Teixeira…

CURIOSIDADE
Foto de 1969: Foto da minha recruta (Lemos) nas Caldas da Rainha, tendo sido o Coronel Carlos Gomes o meu instrutor. Encontra-se no centro da foto e no seu lado direito, o Lemos.


Pormenor

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

P287: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO GASPAR RIBEIRO

          Gaspar Almeida Ribeiro, ex-1.º cabo corneteiro, mora em Guimarães.
Apesar da sua especialidade (tocador de clarim), apenas exerceu essa actividade algumas vezes pois, por ordem do Comandante da Companhia, deixou de haver toque de clarim, tal poderia ser um sinal perigoso dado ao inimigo. Foi então designado para ajudante do vagomestre furriel Leandro Gonçalves.

O Gaspar Ribeiro encontra-se na situação de reformado desde o ano de 2008, tendo tido a profissão de urdidor no ramo têxtil.

Desde sempre pertenceu ao CNE, de S. Martinho de Candoso, do qual ainda faz parte.

Tem três filhos e um neto.

Um abraço do Gaspar Ribeiro para todos os Dulombianos.

O Gaspar Ribeiro, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 23 de Fevereiro de 2011.

2011
1971


Ora vamos lá ver se o vinho está bom!
Gaspar Ribeiro, José Ribeiro e furriel Leandro


O Gaspar Ribeiro e as suas cabritinhas


Personagens: Semba, mec. Rosa, cond. Veras (falecido), cond. Guimarães, cond. “Estraga” às cavalitas do mec. Santos, cond. Luís Maria, cond. Domingos Ferreira (falecido), Gaspar Ribeiro e o cond. Vieira.


De pé: mec. Santos, enf. Santos (falecido), Gaspar Ribeiro; sentados: mec. Rosa, enf. Gaspar e enf. Cunha. Ao fundo, acendendo o seu cigarro, o cond. Luís Maria.


Cond. Vieira, enf. Gaspar, condutores Luís Maria e Carvalho, Semba com uma garrafa na mão e o Gaspar Ribeiro.


A matança do porco
Cozinheiro Machado, Brilha, Gaspar, Alfredo Ribeiro, Maia da Cunha, Ramos, Luís Carvalho e enf. Gaspar.


Vaquinhas, Gaspar e Vítor Veras

A História das Cobras

No abrigo designado por “Hotel Ritz” começaram a aparecer muitas cobras, que se escondiam em buracos dentro do próprio abrigo e que, de noite eram sentidas pelos seus ocupantes, rastejando e bufando.

Ora, e na impossibilidade de as apanhar e com receio de serem atacados pelos ditos animais, que eram altamente venenosos, os ocupantes desse abrigo resolveram, utilizando uma estratégia invulgar, retirar todos os haveres de dentro do dito abrigo e, vai daí, lançaram umas granadas para dentro do abrigo, matando todos os “rastejantes” mas também destruindo a cobertura do abrigo. Com a chuva que caiu na altura, o abrigo ficou tipo piscina, aproveitando os utentes para dar umas banhocas, conforme se pode observar na imagem acima. Ao centro está o Gaspar Ribeiro.
Passado algum tempo, o abrigo ficou seco e foi reconstruído.


Os petiscos dos oficiais
Alferes Barros, Ravasco, Balsa, Capitão Carlos Gomes, alf. Correia e Barata.
Era uma noite de Natal.


Excelente foto, pela nitidez, da maioria dos furriéis da Companhia 2700
Esta foto já foi publicada no Post 271 – RFs do Furriel Fonseca, mas muito deteriorada.



DULOMBIANOS


O Gaspar e a sua lavadeira


A Binta e a Bela


Uma aluna do Professor Marinho

Tabanca de Dulombi
Mulheres-grandes separando o amendoim da rama

sábado, 17 de dezembro de 2011

P286: CONVERSANDO COM O CARNEIRO AZEVEDO - RICARDO LEMOS

No dia 13 de Dezembro de 2011 fui a Requião para me inteirar da situação do nosso camarada Carneiro Azevedo.
Por volta das 11 horas da manhã dirigi-me à sua residência, onde já me aguardava o Carneiro Azevedo.

RPL: Então Carneiro Azevedo, o que pretendes para resolver a situação em que vives?
JCA: Em princípio, queria sair desta casa, porque não tenho condições, é uma casa “desgradada”, sem condições para eu viver. Não tenho água na casa, tenho que a ir buscar a um fontanário que fica a 100 metros da minha casa, e transportá-la aos baldes.
Não tenho quarto de banho, apenas uma sanita, que fica num barraco no exterior da casa. À porta de casa tenho uma bacia onde me lavo.
Por isso, desde Março de 2011, no tempo que estive internado no hospital de Braga, para fazer uma recuperação psicológica, que não tomo banho. Apenas passo água pelo rosto e mãos.
Também não posso lavar a roupa nem os lençóis da minha cama. Eu tenho uma máquina de lavar, mas não a uso. (Nota do autor: como a máquina de lavar podia funcionar se não existe água canalizada em casa?).
RPL: E a tua cozinha funciona?
JCA: Não, a minha cozinha não funciona, nem eu posso fazer nada, pois a minha doença não me deixa. Não me “puxa”. O fogão a gás não funciona, está velho. Também tenho na cozinha um fogão a lenha, mas que está velho e podre. Mas se funcionasse não tinha lenha. Como é que eu podia trazer lenha? Não posso, porque a minha doença não me deixa fazer nada em casa. A banca da cozinha está sempre com as mesmas coisas em cima porque não me “puxa” para arrumar nada. Mas se quisesse lavar loiça era muito complicado porque tinha que pôr um balde por baixo da banca, para aparar a água, pois não há esgotos. O meu frigorífico está desligado, mas, sabe, está quase novo! Mas não o uso porque nem sei, nem posso, nem consigo cozinhar.
RPL: Então, Carneiro Azevedo, para onde queres ir?   
JCA: A minha ideia era ir para um Lar, onde tivesse todas as condições. Ou, então, arranjar uma companheira. Sabe, eu estou inscrito numa agência, que se chama “amore nostrum “  sedeada em Braga, e já tive que pagar cerca de 300 euros mas ainda tenho que pagar mais outro tanto, para arranjar ou tentar arranjar uma companheira. É uma agência oficial, e eu estou à espera de resposta. Já estive na agência mais do que uma vez, e eles lá tiraram-me fotografias. Já estou inscrito já passa de um ano, e eles já me telefonaram para ter que dar mais dinheiro. Nunca falei com nenhuma pretendente pessoalmente.  Sabe, Sr. Lemos, eu também telefono todas as semanas para uma senhora da Régua, uma senhora solteira e com 59 anos. Arranjei este contacto também por uma revista chamada “Ana”. Eu se tivesse possibilidades, ia lá ter com ela. Também estou à espera desta situação à cerca de um ano!                                          

Introdução à próxima pergunta:
O nosso camarada Adão Sá, fez vários contactos no sentido de minorar o sofrimento do nosso camarada.
Contactou o Doutor Duarte, assistente social em Requião, o qual não se mostrou disposto a colaborar, alegando falta de vontade por parte do Carneiro Azevedo.
Reuniu com o Presidente da Junta, o qual mostrou interesse em ajudar em tudo o que lhe fosse possível, inclusive fazer casa de banho, limpeza e apoio domiciliário.

RPL: Então, Carneiro Azevedo, o que dizes sobre as propostas do Presidente da Junta, nomeadamente, limpar a casa, falar com o Senhorio para se fazer um quarto de banho e colocar a água dentro de casa e frequentares um Centro de Dia em Vermoim, onde podias almoçar, fazer higiene pessoal e conviver com os outros utentes. Além disso, o nosso camarada Sá pensava arranjar verbas para aqui colocar umas mobílias, nomeadamente na sala.
JCA: Isso é muito confuso para mim, são coisas muito complicadas, porque o meu problema é psicológico. Eu não podia fazer nada, nada me “puxa”, a minha doença não deixa.

(Nota do autor: O Senhorio, em tempos, propôs colocar a água em casa, arranjar as portas e umas persianas e fazer um quarto de banho. Em troca o Carneiro Azevedo teria que se sujeitar a um aumento da renda mensal em cerca de 40%. Mas as negociações falharam. Também penso que o Carneiro Azevedo, nessa altura, andava em tratamento psicológico e não devia ter condições para resolver seja o que fosse).

RPL: Azevedo, tens amigos em Requião?
JCA: Tinha amigos quando tinha dinheiro.
RPL: Carneiro Azevedo, fala-me da tua família.
JCA: Tenho dois filhos, um a viver na Alemanha, mas não o vejo nem contacto com ele há mais de 2 anos, e até sei que ele veio a Portugal, mas não me veio visitar.
O outro filho, o mais novo, nem sei aonde ele vive. Ele comprou um Jeep de 6 lugares e eu assinei como fiador. O banco continua-me a mandar cartas de débito das prestações, mas não pago, porque não ponho lá o meu dinheiro, pois senão ficava sem nenhum. Há um processo em tribunal, colocado pela minha advogada, que eu arranjei pela segurança social.
Tenho também um irmão e uma irmã, em Cabeçudos, donde eu sou natural, Fui visitá-los à cerca de 1 ano, mas já lá não ia há mais de 7 anos. Mas eles não me contactam.
Não tenho mais família, além de netos, sobrinhos e primos.
RPL: Para concluir, o que queres dizer mais?
JCA: Eu tenho um problema psicológico, e tenho uma depressão crónica, e é o que me obriga, o que me impede, de fazer as coisas, a solidão é o principal, faz criar ansiedade, vou ver as coisas e não faço, e como esta doença é psicológica, não deixa fazer nada, ando ao redor, ando ao redor, e a gente foge das coisas. Queria libertar-me, mas aqui a gente está-se a enterrar no lixo. Não faço nem lavo os lençóis desde o mês de Agosto, porque não tenho vontade. Não lavo a roupa agora, mas tenho a máquina de lavar a funcionar no barraco! Estou nesta situação porque a medicação me influencia…

Por outro lado há quem se interesse há bastante tempo por este caso e que está a lutar pela sobrevivência do Carneiro Azevedo. As coisas não são assim tão lineares, relativamente à proposta do Presidente da Junta e à recusa do Carneiro Azevedo e também sobre o tipo de ajuda que a Junta parece propor dar. As questões são mais complicadas, mais complexas.
 
Parecer sobre este assunto:
Após mais esta visita ao Carneiro Azevedo e com os dados entretanto recolhidos, e após os contactos feitos com o nosso camarada Adão Sá, é minha opinião que o problema do Carneiro Azevedo é de difícil resolução, conforme estão os dados em cima da mesa.
Por um lado, o que o Carneiro Azevedo precisava imediatamente era uma consulta com um psicólogo e também com um psiquiatra, para tentar perceber o seu estado mental.
A Junta de freguesia e, nomeadamente, o Sr. Assistente Social já fez isso? As recusas do camarada Azevedo, para aceitar as soluções impostas pelas entidades locais não podem ser vistas de ânimo leve, pois não estamos em presença de uma personalidade de comportamento tipo normal!
Por outro lado, as obras em casa propostas pelo Sr. Presidente da Junta são assim tão viáveis e fáceis? Eu penso que não. A casa, como se pode ver pelas imagens acima, está num estado deplorável! As paredes estão cheias de humidade! As janelas e portas parecem mais de um curral! Não há canalizações de água! Não existem esgotos, nem para uma simples banca de cozinha! Tudo é lixo! Tudo o que está na cozinha é para a sucata, está tudo velho e a não funcionar! Não há quarto de banho! Enfim, estas obras iriam ficar caríssimas! Era como reconstruir a casa de novo, se se quisesse que a habitação tivesse o mínimo de condições para ser habitada. Por outro lado, havia a necessidade de negociações com o Senhorio. E para onde iria o Carneiro Azevedo durante as remodelações? Quem pagava tudo isto?
Temos também o grave problema de saúde do Carneiro Azevedo. Ele não consegue fazer nada! Colocar manteiga num pão, já é um problema para ele! Então este homem poderá viver sozinho, num palácio? Claro que não.
Foi-lhe prometido pelas entidades de Requião, um Lar.
Agora, já não há essa possibilidade.
Ele está muito confuso, e por tal motivo, não aceita as propostas da limpeza da casa, nem as obras. Tem medo da situação, conforme se pode tirar por conclusão das suas palavras.
Para este nosso camarada, o 1º passo eram as tais consultas de especialidade, e depois avaliar a sua situação e encaminhamento para a solução proposta pelos médicos.
Também, é minha opinião que este homem não pode viver sozinho, durante as 24 horas por dia. Ele não toma os seus medicamentos a horas (e são 6), outros deixa de tomar, nomeadamente os das tensões, o que é grave. Reparei que este medicamento é da dose mais elevada!
Se nada for feito, vai piorar de dia para dia, e o seu fim vai ser muito amargo com o avançar da idade!

Ricardo Lemos

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

P285: RELÍQUIAS FOTOGRÁFICAS DO JOSÉ RIBEIRO

          José da Silva Ribeiro, ex-soldado atirador, pertencente ao 4.º pelotão, sob o comando do alferes Barros, mora em Tabuadelo. (Tabuadelo é uma freguesia do concelho de Guimarães, com 3,41 km² de área).
Exerceu durante os 23 meses de Comissão em Dulombi, a arte de padeiro sem ter nenhuns conhecimentos iniciais. Passado algum tempo já era mestre-padeiro.

O José Ribeiro teve múltiplos AVCs e, segundo a esposa, começou a acontecer por volta do ano de 2002. Como lhe afectavam as pernas e o equilíbrio, o Ribeiro ia ao hospital e mandavam-no embora. Depois aconteceu o inevitável. A má circulação no membro inferior esquerdo, levou a que um dedo do pé ficasse negro, e tiveram que lhe cortar esse dedo do pé. Passado algum tempo, o peito do pé ficou também preto como carvão, e então os médicos resolveram amputar a perna esquerda até ao joelho.

O José Ribeiro encontra-se na situação de reformado desde o ano de 2006, tendo tido a profissão de esticador de curtumes, na Fábrica de Curtumes da Ramada.


Tem dois filhos e quatro netos.

Um abraço do José Ribeiro para todos os Dulombianos.

O José Ribeiro, com as suas 63 primaveras, comemoradas no dia 4 de Junho de 2011


2011
1971


Apesar de ter necessidade da ajuda de canadianas para se locomover, o Ribeiro tem a força de vontade para, todos os dias, ir ao café perto da sua residência, tomar o seu “cafezinho”, fazendo assim, a sua ginástica diária.
O José Ribeiro junto a uma bananeira

O José Ribeiro junto a uma enorme termiteira ou baga-baga


Malandrice do fotógrafo


O José Ribeiro, "Taipas", Franco e Alfredo Lopes Ribeiro.

O José Ribeiro posando junto de um helicóptero das Forças Armadas.


O José Ribeiro e o Maciel na bolanha e mais alguns jovens de Dulombi.


O José Ribeiro, Semba e Cândido Nunes.


Transporte de uma vaca abatida em Dulombi para a alimentação da Companhia.
Torres, Prata, Ribeiro, Anselmo Natalino e Brilha.